Soulmates, When The Truth Comes | Hwang + Yang

27- Vinte e sete🦋

Procuração do Jisung ~ dia 2

Hwang Yeji | POV

Assim que entramos no carro, Jisung e Niki me olham confusos, ofegantes, esperando eu começar a explicar o que aconteceu.

— Por que precisamos correr do policial?— Niki questionou em voz alta, apesar da feição dos dois estar com essa pergunta na testa.

— Eu tenho medo de, de policiais e me, me assustei com ele, mas eu, eu não sei explicar.— respondo gaguejando, não conseguindo me concentrar em algo fixo.

Isso não vai dar certo.

— Calma amor, você parece tensa, nervosa, respira um pouco, vem aqui.— Jisung diz me abraçando, e eu involuntariamente me ponho a chorar, pois nada disso estava nos meus planos.

Quando decidimos sair hoje cedo, era apenas para espairecer e quebrar o clima tenso de prisão que lá em casa parecia ter, mas agora tudo pode dar extremamente errado, mais do que antes.

As mãos do Jisung começaram a acariciar meus fios longos enquanto eu me acalmo, e também, o motorista manteve conversa com Niki, que passou o endereço da nossa casa.

Eu não mereço passar por isso desse jeito, mas as forças para ir contra isso é menor do que eu.

E eu me odeio por isso.

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Assim que chegamos em casa, Niki pediu para caminhar um pouco, e logo saiu para fazer o proposto após beber um pouco de água.

Quando ele fechou a porta, eu me sentei no sofá e me pus a pensar no que inventar para não levantar suspeitas no Jisung.

Enquanto eu continuo pensando sobre isso, o próprio Jisung vem até mim, com um copo de água em mãos, e um sorriso meio tristonho no rosto.

Por que eu sinto isso doer tanto?

— Obrigada, meu bem.— digo tomando um pouco da água, deixando o copo na mesa de centro.

— Amor, eu queria saber uma coisa.— ele diz segurando minha mão de um jeito terno, me encarando com uma doçura incrível no olhar.

Sinto meu coração acelerar.

— Pode perguntar.— digo nervosa, e ele sorri com isso, talvez seja notória minha tensão.

— Você disse que nós já namoramos tem um tempinho, tipo, quatro meses, não é?— ele pergunta, e eu confirmo meio hipnotizada pelo jeito dele falar— Então nós já... nos beijamos alguma vez?— ele pergunta um pouco bobo, e eu não sei exatamente o que sentir.

Confusão, borboletas, nervosismo, arrependimento, carinho e pena.

Pena de mim, por ser tão indecisa.

— Por que você está me perguntando isso?— questiono um pouco avoada, e ele começa a sorrir mais um pouco.

— Porque se já nos beijamos, poderíamos...— ele diz induzindo uma repetição de um ato que nunca aconteceu, e isso me deixa internamente desesperada, eu não devo, mas eu quero.

Isso será uma cura momentânea, mas uma morte permanente.

Eu não posso, Han Jisung, mas é minha maior vontade.

— Sim... poderíamos.— respondo nervosa, e ele parece feliz pela minha afirmação.

Nos aproximamos aos poucos, o sorriso doce nos lábios dele me parte o coração, seu jeito bobo e atrapalhado em tudo é encantador e fascinante, mas eu não deveria.