38- Trinta e oito☁️

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Yang Jeongin | POV

Manhã de terça-feira, nunca pensei que um dia poderia ser pior do que a segunda, vou acabar pegando ranço de todos os dias da semana nesse ritmo.

Olho ao meu redor e vejo que todos ainda estão aqui, na mesma sala em que fomos postos ontem, e até o momento sou o único acordado.

Passo a mão em meus fios e começo a me espreguiçar.

Estou exausto.

Assim que me sinto totalmente acordado, a porta da sala é aberta pela mesma enfermeira de ontem, só que agora ela está acompanhada.

— Leoinha.— a chamo de forma inconsciente, e ela vem correndo até mim, me abraçando com toda força que seu corpo a permite.

— Meu amor, eu fiquei tão preocupada.— ela diz deixando um beijo em meus lábios, logo passando por todo meu rosto, parando para encarar meus olhos— Você tá bem? Se machucou? Desculpa não vir antes, eu só soube do feedback agora de manhã, vim correndo, onde o Seungmin está?— ela me questiona de todas as formas possíveis, claramente nervosa e preocupada.

— Eu estou bem, não machuquei nada sério, e o papai está internado.— respondo sentindo um aperto em meu peito me consumir.

Eu não posso perder ele.

— Se vocês quiserem eu posso levá-los até ele, mas só dois podem entrar.— ela diz apontando para Jina com seu rosto, ela ainda está dormindo, mas que com certeza iria querer ser a primeira a ver nosso pai.

— Acha melhor acordar ela?— minha noiva me questiona genuinamente enquanto me encara nos olhos, mas não sei reagir a sua beleza.

— Ela estava muito instável ontem, deixar ela dormir mais um pouco é melhor.— a própria enfermeira responde, então concordo com ela.

Em silêncio, eu e Heejin nos retiramos da sala e nos dirigimos até o quarto onde meu pai está, e assim que adentramos ele, vemos o mesmo sentado, tomando seu café da manhã com o auxílio de outra enfermeira, que logo saiu da nossa presença.

— Não é o cappuccino da minha filha Jina, mas esse café da manhã está ótimo.— ele comenta ao nos ver entrar, e por mais que eu queira me mostrar forte, me permito chorar automáticamente.

— Pai.— o chamo já indo abraçando o mesmo com todos os sentimentos possíveis, e como sempre, ele retribui da mesma forma— Eu fiquei com tanto medo de perder o senhor.— confesso me permitindo chorar mais, descompassando minha respiração e soluçando como uma criança de colo.

Você achou mesmo que eu iria sem ver meu filho se casar?— ele me questiona sério, mas isso é quebrado quando ouvimos a risada de Heejin preencher a sala de um jeito único, assim como tudo nela.

Eu amo a minha garota.

— Nós te amamos tanto.— ela diz chegando mais perto de nós, segurando a outra mão de Seungmin, já que a destra eu já estou segurando.

— Ocorreu tudo bem ontem? Não precisamos mais nos preocupar com a máfia? Nem com o Jihoon?— meu pai pergunta realmente sério e no aguardo de boas notícias, então afirmo silenciosamente— Minha filha, onde está?— ele pergunta se referindo a Jina, e um sorriso mínimo se faz em meu rosto.

Amo nossa família.

— Ela ainda está dormindo, ainda é cedo, pai.— respondo o abraçando de novo— Nunca mais nos assuste assim, por favor.— peço pendendo minha cabeça em seu ombro, não ligando para postura ou demonstração de força.

Soulmates, When The Truth Comes | Hwang + YangOnde histórias criam vida. Descubra agora