capítulo 20

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[ Luccas ]

Me despedi de Bruno e Luana, eu via o nervosismo nos dois claramente. A Lia sempre foi importante para Luana, e agora era como uma irmã mais nova para o Bruno e para mim, minha futura esposa. Lia nunca desistiu de mim, apesar dos meus defeitos.

- Senhor. - Chamou meu motorista. - Tem certeza que arriscar sua vida por uma garota é certo?

Uma garota? A Lia não é SÓ uma garota.

Me veio em mente todos os meses que minha Lia passou no hospital cuidando de mim e de cada detalhe. Lia não deixou de cuidar do meu cabelo, minha barba, minha sonda e tudo que estava ligado em mim. Ela deixou sua vida para trás para cuidar de outra, nada mais justo que, retribuir isso. Eu daria minha vida para deixa-la segura.

- Não é só uma garota. - Falei. - Futuramente ela que vai mandar naquela casa, é bom se acostumar logo.

- Sim, senhor. Perdão.

Olhei pela janela novamente e lembrei da minha carta coringa. Havia uma arma por dentro do meu casaco. Andrez pode se achar esperto, mas não tanto quanto eu. Ele não deixaria a Lia sair só por dinheiro, ele a machucaria e tentaria me machucar também.

Só de imaginar minha pequena sozinha, sem comida, sem suas pelúcias e objetos de conforto meu coração aperta. Eu a amava tanto, as últimas semanas estavam super difíceis para ela, ela estava mais infantil e agora passa por outro evento traumático.

De qualquer forma, seus objetos de conforto estavam na minha mochila caso precisasse. Mas daqui iríamos para o hospital, mesmo que ela estivesse bem.

Telefone toca e saio dos meus pensamentos.

- Luccas? Aqui é o policial Paulo. Estamos posicionados estrategicamente e esperando o senhor.

- Estou a quatro quarteirões de distância, em um Civic preto. - Falei.

Ele assentiu e logo chegamos.

De cara, era um comércio abandonado, eu ficava cada vez mais nervoso com as condições que deixaram a minha namorada. Lia sempre teve tudo do bom e do melhor, imagino quanto ela está com medo e assustada neste lugar.

Peguei a mala vazia e trancada, fingiria que o dinheiro estava ali. Saí do carro e vi meu motorista sumir no fim da rua. Olhei de relance para um telhado e havia um sniper que fez um sinal para mim.

Eita porra, tem até sniper. O pai tá blindado.

Abri a porta e comecei descer as escadas, era quase escuro e o cheiro de mofo com lugar úmido e velho era insuportável. Bando de filhos da puta, vão se arrepender por colocar minha Lia aqui.

Havia muitas portas, mas apenas uma tinha luz. Abri levemente e vi minha Lia dormindo encolhida num colchão sujo e acorrentada. Larguei a mala no chão, eu estava chocado, fazendo ela acordar, corri até ela que começou no mesmo momento a chorar.

- Lia, o que eles fizeram com você? - Perguntei tentando soltar as correntes dos seus braços.

- Lia, casa. Lia quer casa. - Falou entre lágrimas.

- A gente vai, Lia. Onde está a chave? Cadê eles?

Lia olhou para a porta e se encolheu no meu colo. Ela estava suja mas seu cheiro doce ainda exalava de seus cabelos lisos e castanhos.

- Homem malvado. - Falou.

Me virei e havia 3 homens mascarados nos encarando, mas apenas um armado. Bom para mim.

Um jogo Perfeito [Infantilismo] - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora