capítulo 21

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Deixe seu voto para ajudar!

[ Bruno ]

Eu não sabia o que estava acontecendo e nem o motivo da Lia estar naquele desespero. Eles fizeram algo com ela? Deus queira que não, Luccas seria capaz de tudo para defender sua namorada.

- Mais rápido, Bruno. - Disse o velho ao meu lado.

Revirei os olhos e pisei fundo no acelerador. Seja o que for, o Luccas precisa de todos nós como apoio, e tenho certeza que a Lia também.

- Você me acha um péssimo pai? - Thomaz perguntou e eu amoleci.

Eu me fazia perguntas desse tipo desde que descobri que a Luana estava grávida. Eu seria um péssimo pai? Claro, eu sempre sonhei com isso, mas quando você é famoso e ainda jogador de futebol parece que coisas assim nunca vão acontecer com você. Mulheres interessadas no seu dinheiro e vazias, é apenas isso que recebemos.

- Não, Thomaz. A Lia é essa menina gentil por sua causa. - Respondi. - Ela é bem parecida com você, na verdade.

Ele me olhou como se digerisse nossas palavras.

- Eu nunca tive uma amiga. - Continuei. - Ser famoso é viver cheio de pessoas superficiais e mesquinhas. Sua filha não se importou com quanto de dinheiro nós tínhamos ou se o Luccas podia dar tudo que ela quisesse. A Lia viu nosso coração, viu nossa personalidade e ama a gente assim. Ela é o ser mais puro que já conheci.

- Muito obrigado. Eu tenho tanto medo de julgarem ela pelo seu problema que...

- Não é um problema. - Cortei-o no meio de sua frase

- É, não é mesmo, mas para algumas pessoas sim. Desde sempre exigiram que minha filha crescesse mas ela é assim. Essa é a minha Lia, minha filha.

- As pessoas sempre vão julgar o desconhecido e nem sempre vão procurar entender, senhor. - Falei enquanto virava a rua. - Mas ela tem a gente, isso é suficiente não acha?

- Concordo, garoto. - Ele disse e me deu um tapa leve no ombro.

- Pois é, o que podemos fazer por ela é apoiar.

- Com certeza.

Virei na rua seguinte e já podia ver uma ambulância e dois carros chiques parados na garagem escancarada do Luccas. Como ela devia estar? Eu estava aos nervos de preocupação então estacionei de qualquer jeito e entrei correndo, avistei Luccas sentado no sofá com seu braço enfaixado.

- Que porra é essa, moleque? - Falei me aproximando.

- Tomei um tiro de raspão. - Falou de forma seca.

- Cadê a Lia? O que aconteceu lá? - Disse o Thomaz entrando correndo.

- Eles... eu acho que iam estuprar a Lia. - Ele sussurou e seu rosto era puro nojo.

- O que? - Thomaz gritou. - MALDITOS!

- Ela está drogada, muito na verdade... E o Andrez disse que fez isso para relaxar... Ele é nojento, um aproveitador. ELE TENTOU ME MATAR! - Disse apontando para o curativo.

Thomaz sentou ao lado do Luccas.

- Obrigado por proteger minha filha. - Disse. - Você é um bom menino, eu nunca duvidei.

Luccas abriu um sorriso de canto e me encarou.

- Obrigado por se preocuparem comigo mas - Ele se levantou e nos chamou com as mãos. - A preocupação é a Lia.

[ Luccas ]

- Flashback quando chegaram em casa -

Eu jamais deixaria a Lia na fila do hospital, a coloquei no carro urgente e corri máximo que pude. Ela chutava o banco e chorava agoniada, parecia estar vendo coisas que não estavam ali.

Um jogo Perfeito [Infantilismo] - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora