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[ Bruno ]
Eu não sabia o que estava acontecendo e nem o motivo da Lia estar naquele desespero. Eles fizeram algo com ela? Deus queira que não, Luccas seria capaz de tudo para defender sua namorada.
- Mais rápido, Bruno. - Disse o velho ao meu lado.
Revirei os olhos e pisei fundo no acelerador. Seja o que for, o Luccas precisa de todos nós como apoio, e tenho certeza que a Lia também.
- Você me acha um péssimo pai? - Thomaz perguntou e eu amoleci.
Eu me fazia perguntas desse tipo desde que descobri que a Luana estava grávida. Eu seria um péssimo pai? Claro, eu sempre sonhei com isso, mas quando você é famoso e ainda jogador de futebol parece que coisas assim nunca vão acontecer com você. Mulheres interessadas no seu dinheiro e vazias, é apenas isso que recebemos.
- Não, Thomaz. A Lia é essa menina gentil por sua causa. - Respondi. - Ela é bem parecida com você, na verdade.
Ele me olhou como se digerisse nossas palavras.
- Eu nunca tive uma amiga. - Continuei. - Ser famoso é viver cheio de pessoas superficiais e mesquinhas. Sua filha não se importou com quanto de dinheiro nós tínhamos ou se o Luccas podia dar tudo que ela quisesse. A Lia viu nosso coração, viu nossa personalidade e ama a gente assim. Ela é o ser mais puro que já conheci.
- Muito obrigado. Eu tenho tanto medo de julgarem ela pelo seu problema que...
- Não é um problema. - Cortei-o no meio de sua frase
- É, não é mesmo, mas para algumas pessoas sim. Desde sempre exigiram que minha filha crescesse mas ela é assim. Essa é a minha Lia, minha filha.
- As pessoas sempre vão julgar o desconhecido e nem sempre vão procurar entender, senhor. - Falei enquanto virava a rua. - Mas ela tem a gente, isso é suficiente não acha?
- Concordo, garoto. - Ele disse e me deu um tapa leve no ombro.
- Pois é, o que podemos fazer por ela é apoiar.
- Com certeza.
Virei na rua seguinte e já podia ver uma ambulância e dois carros chiques parados na garagem escancarada do Luccas. Como ela devia estar? Eu estava aos nervos de preocupação então estacionei de qualquer jeito e entrei correndo, avistei Luccas sentado no sofá com seu braço enfaixado.
- Que porra é essa, moleque? - Falei me aproximando.
- Tomei um tiro de raspão. - Falou de forma seca.
- Cadê a Lia? O que aconteceu lá? - Disse o Thomaz entrando correndo.
- Eles... eu acho que iam estuprar a Lia. - Ele sussurou e seu rosto era puro nojo.
- O que? - Thomaz gritou. - MALDITOS!
- Ela está drogada, muito na verdade... E o Andrez disse que fez isso para relaxar... Ele é nojento, um aproveitador. ELE TENTOU ME MATAR! - Disse apontando para o curativo.
Thomaz sentou ao lado do Luccas.
- Obrigado por proteger minha filha. - Disse. - Você é um bom menino, eu nunca duvidei.
Luccas abriu um sorriso de canto e me encarou.
- Obrigado por se preocuparem comigo mas - Ele se levantou e nos chamou com as mãos. - A preocupação é a Lia.
[ Luccas ]
- Flashback quando chegaram em casa -
Eu jamais deixaria a Lia na fila do hospital, a coloquei no carro urgente e corri máximo que pude. Ela chutava o banco e chorava agoniada, parecia estar vendo coisas que não estavam ali.
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Um jogo Perfeito [Infantilismo] - HIATUS
RomantizmSabemos até onde o dinheiro pode levar: Fama, poder, mulheres e tudo que você desejar. Mas será que existe algo (ou alguém) que nem mesmo todo dinheiro do mundo irá conquistar? . . . História pausada por tempo indeterminado. Peço desculpas a todos q...