Capítulo 2 - Jantar

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P.O.V. - César

Eu não estou entendendo, ela estava aqui ontem com ciúmes da Luciana... Que jogo ela está fazendo? Ou realmente não era ciúmes, ela realmente estava preocupada com a enteada?! Quem o Eduardo pensa que é??? Acabou de chegar aqui e já conhece ela como?

Eu não ia ficar nem mais um minuto parado aqui na clínica, preciso saber o que está acontecendo. Ando em passos rápidos até meu carro e vejo o carro do Eduardo deixando o estacionamento. Jogo minha pasta no banco do carona, já acelero e coloco o cinto com o automóvel em movimento. Eu não posso acreditar, que mais uma vez vamos nos perder, sem um ponto final nessa história. Eu reluto muito em perdoá-la, mas também não consigo seguir em frente. Precisamos de resolver isso de uma vez por todas.

Vejo ele estacionar na frente de um restaurante francês, que costumo frequentar, aqui na Barra mesmo. Fico me questionando se eles se conhecem de outro lugar ou se conheceram a pouco. Eu não posso descer e entrar sozinho nesse restaurante, ia parecer ridículo. Os funcionários já até me conhecem, eu nunca vim sozinho e muito menos sem reserva. Mas também não posso ficar aqui feito adolescente esperando os dois jantarem. Resolvo voltar para clínica, tenho um paciente grave mesmo e não quero encontrar minha mãe, que vai notar que algo está errado comigo.

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P.O.V. - Helena

Preciso esquecer o César, cada palavra presunçosa que saiu de sua boca, e aquele olhar arrogante! Quanta pretensão. Mas preciso abstrai tudo isso, eu já deixei o Eduardo falado sozinho todo o trajeto todo até o restaurante, preciso desfazer essa péssima impressão. Ele é tão gentil, cavalheiro, abriu a porta do carro, me estendeu a mão para entramos no restaurante.

_ Então Helena, me conta um pouco da sua vida, só estou me contendo com minha fértil imaginação...

_ Hmmm, acho melhor eu não saber o que passa nessa cabeça, hen doutor?!

_ Só coisas maravilhosas, posso te garantir!

_ Eu sou professora, meu bem, e diretora da escolha também. Aqui perto, inclusive. Levo uma vida menos emocionante que sua imaginação, eu presumo.

_ E você já foi casada? - sinto uma timidez muito atrativa no seu tom de voz.

_ Eu sou! - e vejo seu rosto murchar - Estou em processo de separação, na verdade

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_ Eu sou! - e vejo seu rosto murchar - Estou em processo de separação, na verdade. Já não moramos juntos, e temos um filho, o Lucas.

O sorriso dele reaparece imediatamente quando menciono que não moro mais com o Téo.

_ Posso pedir um vinho?

_ Por favor, estou precisando...

Seguimos em uma noite agradável, ele contou sobre sua mudança para o Rio de Janeiro, notei também que, apesar de aparentar ser mais velho, ele tinha uma boa diferença de idade da minha, o que não parecia incomodá-lo. Deixamos o restaurante e ele pergunta se quero tomar um licor na sua casa.

_ Acho melhor não, eu tenho que estar amanhã bem cedo na escola. Se não se importar, prefiro que me leve até meu carro, que deixei no estacionamento da clínica, que já está um pouco tarde.

_ Você manda!

Chegando na clínica, ele estaciona e sinto seu olhar pousar em mim. Demoro um pouco para retribuir, tiro o cinto lentamente, e o encaro.

_ Helena, não sei muito bem explicar, óbvio que você é uma mulher muito atraente e irresistível, mas tem algo a mais. Desde o instante que te vi, não consigo pensar em outra coisa. Tem algo que me encantou de uma forma, e não quero parecer desrespeitoso nem fazer nada que te ofenda, mas...

Eu nem espero ele terminar, o puxo pela gola da camisa, e nosso lábios se encontram. Ele pede entrada com a língua, que chega com movimentos suaves e certeiros. Sinto um arrepio descer minha coluna. O beijo fica um pouco mais rápido e agressivo, eu mordo seu lábio inferior, Eduardo puxa meu cabelo, me fazendo soltar um gemido baixo de prazer. Me afasto um pouco, segurando de forma firme seu pescoço, ele me olha cheio de tesão.

_ Chega seu banco para trás.

Ele obedece. Em um movimento ágil, porém sem correr, eu vou para cima dele, apoio meus joelhos no banco, com minhas pernas por fora das dele, e assento sem seu colo, sentindo sua ereção empurrando a calça com força. Deito o banco dele enquanto o beijo. Ele começa a descer a boca, beijando e mordendo meu pescoço, enquanto dou discretas reboladas, provocando ainda mais seu membro, que implora liberdade. Ele segue pelo meu colo, e retira minha blusa. Com o dente afasta meu sutiã, sugando meu mamilo, ao mesmo tempo desabotoa o sutiã, e pega com a força exata meu outro peito. Desço minha mão até alcançar sua calca, a desabotoo, pego seu membro por cima da cueca, e escuto um gemido de prazer. Entro com a mão debaixo da cueca, e ao mesmo tempo que seguro seu pau, ele enfia a mão debaixo da minha saia e chega minha calcinha pro lado, e nos encaixamos, com uma alívio do encontro dos sexos que pulsavam por isso. Enquanto cavalgo, ele controla um pouco meus movimentos, apertando minha bunda e dando o ritmo exato para nosso prazer, até gozarmos juntos. Caio sobre ele, nos beijamos, com ele ainda dentro de mim, até recuperar as forças nas pernas e o fôlego.

Me jogo para o banco, respirando fundo e procuro meu sutiã e minha blusa.

_ Helena, Helena, assim você destrói a minha vida... Entendo agora o motivo da guerra de Tróia.

_ Acho melhor eu ir, Eduardo. Boa noite, meu bem.

Nos beijamos, com ternura. Ao virar para porta, noto os vidros todos embaçados. Solto uma gargalhada, que parece deixar ele confuso, mas sorri para mim. 

Desço e caminho até meu carro, mas paro repentinamente ao ver César parado, me encarado com uma péssima cara.

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