Capítulo 6 - Sala de Reuniões

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No dia seguinte, mesmo muito nervosa, Helena resolveu seguir com seu plano. Chegou na clínica, e foi direto até a sala de César. Quando, apesar das alfinetadas dele, ela finalmente chegou no assunto, Luciana entra na sala, o que deixa um clima desconfortável. Luciana acaba achando que Helena está chorando por causa da irmã. Helena vai visitar Helô, mas segue focada em abrir todos seus sentimentos para César. 

Ela volta na sala, e apesar das ofensas trocadas, ela o beija, e é retribuída com muito desejo e afeto, o que deixa uma esperança no peito de Helena. Na mesma noite, essa esperança aumenta: César liga falando que o psiquiatra quer conversar com ela, e ele vai esperá-la. Depois da conversa, Helena pensa em como ficar a sós com ele, e acaba fingindo estar sem carro, para conseguir uma carona. 

Porém, tudo muda na carona, César parece outra pessoa, seu semblante fica sério, as gentilezas são trocadas por rispidez e frieza. Helena tenta de todas as formas quebrar o gelo, sem sucesso. Num último "golpe", ela se aproxima do rosto de César, tiro seu sinto, e pede que ele a beije. Eles sentem as respirações um do outro, que vão acelerando, e o desejo fica explícito. Eles se entregam num tórrido beijo, que provavelmente os levaria para algo mais, se não fosse pela aparição de Diogo, batendo na janela do carro.

Um único dia, mas tantas emoções e acontecimento, a cabeça de Helena fica a mil, mudando de uma memória para outra. Ela acaba dormindo lembrando do beijo na sala do César. 

Na manhã seguinte, mais uma surpresa: César vai até a escola conversar com ela. Eles seguem até a clínica, e Helena tem que assistir ele combinar um jantar de família com Luciana, mal conseguindo disfarçar sua dor. Ela sai da sala de César se sentindo completamente humilhada, e sempre nos piores momentos, meio que de esbarrão, encontra com Eduardo, dessa vez sem jaleco, ainda mais bonito, com uma blusa listrada. 

_ Er... desculpa! Eu tenho andado com a cabeça na lua, tão desastrada...

_ Na lua? Ou em alguém?

_ Oi?

_ Helena... só gostaria de um dia ser o protagonista desses pensamentos que te levam para tão longe.

_ Tudo o que eu queria, é que fosse simples assim. Que eu pudesse esquecer algumas pessoas. Mas não posso negar que você foi protagonista de vários pensamentos meus...

_ Fui? - ele abre um sorriso safado - Posso saber os detalhes?

_ Não sei se seria o lugar apropriado para falar sobre isso...

_ Helena!

_ Nem sei se seria melhor contar os detalhes, ou mostrar...

Eduardo não consegue controlar, conduz Helena pela cintura até uma porta próxima, e entra no que parece ser uma sala de reuniões, fechando a porta com o pé. Ele a vira de frente, e a beija, com uma mão em sua nuca e outra na cintura. Helena consegue soltar em um suspiro.

_ Doutor...

Eles seguem se beijando, oscilando o beijo com pequenas mordidas no lábio. Eduardo desse seus lábios, beijando o pescoço de Helena, que solta um gemido baixo. Ele a pega pela cintura, e a coloca em cima da mesa, que era grande e oval. Eles se encaram cheios de desejo, ele desabotoa e tira a calça de Helena, que não se opõe. Ele sobe beijando sua panturrilha, depois a coxa, e da uma mordida na virilha, Helena tomba a cabeça para trás segurando um gemido. 

Ele puxa sua calcinha para o lado, e beija seu sexo. Com movimentos suaves e precisos, ele lambe Helena, que sente seu corpo arrepiar e tremer de prazer. Eduardo a penetra com dois dedos, e segue abocanhando Helena, que não demora, goza nele. Eduardo sussurra.

_ Vamos continuar isso lá em casa!

_ Eu tenho uma aula para dar agora de manhã...

_ Desmarca! Estou de folga, passei a noite aqui.

Helena está vestindo a calça e ponderando se cai nessa tentação. Quando ela acaba de subir a calca, e vai abotoa-la, Eduardo a pega por trás, enroscando os braços em sua cintura e beijando sua nuca, falando em seu ouvido Vamos! enquanto Helena abotoa a calça, mas a porta se abre, e Helena arregala os olhos vendo César, Lucian e Onofre. O coração de Helena dispara, enquanto ela sobre o zíper, e Eduardo se afasta, pedindo desculpas.

Faz-se um silencio constrangedor. Helena sente seu rosto corar.

_ Você nao tem vergonha na cara não, Eduardo?! - César fala, vermelho de raiva, o que faz o semblante de Luciana mudar, ela parecia segurar o riso ao ver Helena naquela situação, nem pensou no pai, mas ver o César tão descontrolado, como nunca viu antes, a deixou indagada - Não respeita ninguém, nem seu local de trabalho!

Onofre coloca a mão no ombro de César e dispara.

_ Calma César.  

_ Dr. Onofre, me desculpe, por favor. Eu tenho muito respeito ao senhor e sua clinica, isso não vai se repetir, eu posso conversar com o senhor a sós?

_ Desculpem, eu preciso mesmo ir, tenho uma aula em 10 minutos. 

Helena sai sem olhar ninguém nos olhos, mas César vira as costas para os demais, e a segue. 

_ Agora não, César!

Ela entra no carro e arranca, rapidamente. Ele volta pisando fundo para clínica, e encontra apenas Luciana na sala.

_ Cadê aquele cafajeste?

_ César, você pode me explicar o que está acontecendo?

_ Eles estavam se pegando no hospital, nem quero imaginar o que passou naquela sala...

_ E por que isso te deixou nesse estado?

_ Como por quê? Luciana, aqui é uma clínica, não é um motel!

_ E você nunca fez nada aqui?

_ Isso não vem ao caso, ele trabalha aqui não tem dois meses. Ele é um moleque abusado, não é a primeira vez que pego ele com a Helena, eu já avisei...

César parece se escutar, e para. Luciana continua o encarando.

_ O que você foi falar com a Helena, César?

_ Nada! Quer dizer, eu só queria saber se ela estava bem. Parecia nervosa, sem condições para dirigir em segurança, claramente. Mas ela nem me escutou, foi embora muito rápido.

_ Eu também iria, que vergonha. Não sei nem se tenho coragem de contar para meu pai...

_ Mas eles ainda estão juntos?

_ Não, mas ele continua nutrindo esperanças, César, já te disse isso.

_ Eu vou conversar com o Onofre, depois nos falamos.

César deixa Luciana sozinha, sem entender nada.



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