A Morte em Esmeralda - O menino que sobreviveu

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q u a d r i b o l

A primeira semana de Draco é interessante, para dizer o mínimo. Os murmúrios que o acompanham desde o momento que ele deixa o dormitório na manhã seguinte são levemente irritantes, mas Diana e Pansy rapidamente o alcançam e o distraem dos olhares alheios. Ele ainda não decidiu totalmente o que acha das duas garotas, mas elas não o incomodavam, então se quisessem permanecer perto dele, Draco não iria impedir.

Saber exatamente para onde ir em Hogwarts era complicado, pela quantidade de escadas e corredores do castelo, mas eles encontram o caminho para o Salão Principal a tempo de comparecer ao café da manhã. As aulas, em um modo geral, eram completamente cativantes para Draco. Mágica era muito mais do que sacudir a varinha e dizer meia dúzia de palavras engraçadas.

Tinham de estudar o céu da noite pelo telescópio toda quarta-feira à meia-noite e aprender os nomes das diferentes estrelas e os movimentos dos planetas. Três vezes por semana iam para as estufas de plantas atrás do castelo para estudar herbologia, com uma bruxa chamada Profa. Sprout, com quem aprendiam como cuidar de todas as plantas e fungos estranhos e descobriam para que eram usados.

História da Magia seria legal, se o professor não fosse um fantasma que falava cada palavra como se estivesse competindo para ter a voz mais monótona e chata que Draco já escutou na vida. O Prof. Binns era realmente muito velho quando adormeceu diante da lareira na sala dos professores e levantou na manhã seguinte para dar aulas, deixando o corpo para trás. Binns falava sem parar enquanto eles anotavam nomes e datas e acabavam confundindo Emerico, o Mau, com Urico, o Esquisitão.

O Prof. Flitwick, que ensinava Feitiços, era um bruxo miudinho que tinha de subir numa pilha de livros para enxergar por cima da mesa. No começo da primeira aula ele pegou a pauta e quando chegou ao nome de Draco soltou um gritinho excitado e caiu da pilha, desaparecendo de vista. O loiro não costumava gostar da atenção, mas havia sido tão engraçado que ele deixou para lá.

Já a Profa. Minerva era diferente. Draco estava certo quando pensou que ela não era professora para aluno nenhum aborrecer. Severa e inteligente, fez um sermão no instante em que eles se sentaram para a primeira aula.

"A Transfiguração é uma das mágicas mais complexas e perigosas que vão aprender em Hogwarts. Quem fizer bobagens na minha aula vai sair e não vai voltar mais. Estão avisados." Ele acreditava nela completamente.

A matéria que todos estavam realmente aguardando com ansiedade era a de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas as aulas de Quirrell foram uma piada. Sua sala cheirava fortemente a alho, que todos diziam que era para espantar um vampiro que ele encontrara na Romênia e temia que viesse atacá-lo a qualquer dia. Seu turbante, contou ele, fora presente de um príncipe africano como agradecimento por tê-lo livrado de um zumbi incômodo, mas os alunos não tinham muita certeza se acreditavam na história.

Sexta-feira foi a primeira aula de poções de Draco, na qual eles dividiam com os alunos da Grifinória.

Quando ele chegou com Pansy e Diana, encontrou Harry e Ron já sentados juntos em uma mesa. O moreno rapidamente encontrou os olhos de Draco e ofereceu um leve sorrisinho torto.

"Malfoy." Cumprimentou quando o loiro sentou na bancada ao lado da dele e de Weasley, com Diana ao seu lado. Pansy ficou com Daphne Greengrass um pouco mais atrás.

"Potter." Respondeu Draco, devolvendo o sorrisinho. A dinâmica passiva-agressiva entre ele e Harry nunca falhava em diverti-lo.

"Bom dia, alunos!" O professor Slughorn cumprimentou ao entrar em sala, atraindo o olhar de todos. Ele se colocou na frente das crianças com um sorriso amigável no rosto. "Estão aqui para aprender a delicada arte de poções. Mas não entrem em pânico, precisam apenas de paciência e jeito para conseguir realizar os trabalhos. Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glória, até a zumbificar, mas isso vem com o tempo. Vou começar com uma leve chamada."