9

3K 425 354
                                    

O s    c i n c o    d e s a f i o s

No futuro, Draco nunca conseguiria explicar como conseguiu prestar seus exames enquanto esperava Voldemort irromper a qualquer instante pela porta. Contudo os dias foram se passando lentamente e não havia dúvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.

O aniversário de Draco passou tão rapidamente que ele nem percebeu até receber a carta de Regulus, com mais um pingente para a pulseira que ele usava no pulso, dessa vez uma pequena serpente - a pulseira era algo que sua mãe havia dado quando completou um ano de idade, e se ajustava à seu pulso. Regulus tornou uma tradição o novo pingente em todos seus aniversários.

Draco nunca tirava do pulso.

Ele até mesmo se esqueceu de mencionar a data para seus amigos, e Pansy ficou revoltada quando descobriu, no dia seguinte, porque não puderam comemorar. Ele prometeu a ela que deixaria que organizasse uma festa no ano seguinte.

Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço anti-cola. Houve exames práticos também. O Prof. Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa.

A Profa. Minerva observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa, e os descontou quando a caixa tinha bigodes. Slughorn os fez preparar a poção do esquecimento e Draco fez seu melhor, tentando ignorar as dores lancinantes que sentia na testa e que o incomodavam desde a ida à floresta.

Ninguém com exceção de Harry parecia tão preocupado com a Pedra, mas os dois haviam visto o que Voldemort havia feito com o unicórnio, e Draco tinha a cicatriz para provar o quão séria era a situação. Ambos pareciam esperar um ataque a qualquer momento.

Draco pensou em escrever para Regulus, mas seu pai provavelmente apenas o tiraria de Hogwarts imediatamente, e não era o que ele queria.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões auto-mexíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saírem os resultados dos exames.

Draco caminhava perto do lago com Pansy e Diana depois dos exames, quando Harry se aproximou dele correndo, Ron Weasley e Hermione Granger tentando acompanhar.

"Merlin, Potter, quem morreu?!" Exclamou o sonserino, e Harry colocou as mãos em seus ombros.

"Pensa comigo." Disse Harry em uma voz urgente. Draco imediatamente prestou atenção, mas Diana, Pansy, Ron e Hermione os encaravam confusos e levemente preocupados. "Não acha meio estranho que o que Hagrid mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos bruxos? Que sorte encontrar Rubeus, não acham?"

Draco arregalou os olhos, começando a acompanhar seus pensamentos.

"Como assim?" Questionou Ron.

Draco e Harry trocaram um olhar antes de correrem na direção da cabana de Hagrid. As duas sonserinas e dois grifinórios tentaram acompanhar.

Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa: tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.

"Olá." Disse, sorrindo. "Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?"

"Temos, obrigado." Disse Ron, mas Harry o interrompeu. "Não, estamos com pressa, Rubeus, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas?"

A Morte em Esmeralda - O menino que sobreviveuOnde histórias criam vida. Descubra agora