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E s p e l h o    d e    E r i s e d

"Estou te dizendo..." Murmurou Pansy naquele mesmo dia depois que Draco deixou o vestiário após o jogo, a voz baixa. "Quirrell estava tentando fazer algo com a sua vassoura. Estava tentando te amaldiçoar."

"Se isso fosse verdade, Draco deveria ter sentido os efeitos, não?" Questionou Diana.

"Não, provavelmente não teria me afetado. A não ser que fosse uma maldição extremamente poderosa." Disse Draco. Com os olhares confusos das sonserinas, ele elaborou: "Meu pai é meio paranóico com todo o lance de Menino-Que-Sobreviveu. Por um bom motivo, suponho. É provável que ele tenha colocado feitiços de proteção na vassoura."

"Quirrell estava murmurando algo, sem tirar os olhos de você o tempo todo." Contou Pansy. "Pareceu ficar frustrado conforme o tempo passava, e parecia extremamente irritado quando o jogo acabou."

"Vou ficar de olho." Prometeu Draco. Pansy havia colocado a suspeita na sua cabeça, então ele teria que prestar uma atenção maior para o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

"Malfoy!"

Draco levou os olhos até a voz que o chamou, encontrando Potter caminhando em sua direção, parecendo também ter deixado seu próprio vestiário apenas naquele momento. Os sonserinos esperaram Harry alcançá-los, e o menino suspira.

"Quer ir comigo até Hagrid?" Perguntou ele, e Draco não podia acreditar que havia esquecido completamente do que ele e o grifinório estavam tentando descobrir. Estava tão focado no jogo nos últimos dias que isso nem mesmo cruzou sua mente.

"Por quê vão até lá?" Questionou Diana, e os dois meninos trocaram um olhar. Harry deu de ombros, e Draco suspirou.

"Estamos tentando descobrir o que Dumbledore está tentando esconder no corredor proibido." Com os olhares curiosos que recebeu, Draco e Harry elaboraram em voz baixa, sussurrando sobre o arrombamento de Gringotes, a visita de Hagrid ao banco naquele mesmo dia e o cachorro de três cabeças no corredor.

"Interessante. Posso ir com vocês?" Perguntou Diana.

"Vou também." Exclamou Pansy.

"Tudo bem." Concordou Harry.

Os quatro partiram para a cabana de Hagrid, e o homem os recebeu com um grande sorriso no rosto, parecendo animado em vê-los ali. Seu cachorro, Canino, pareceu mais feliz ainda, pulando e lambendo em cada um deles. Para o desagrado de Draco, pareceu se apegar a ele, deitando a cabeça em seu colo e babando em suas vestes quando o sonserino sentou.

"Tem um tempinho que não aparece, Harry. Como está?" Questionou Hagrid ao servir todos eles de uma grande xícara de chá. "Ouvi que perdeu hoje, sinto muito. Mas parabéns a vocês três, especialmente você, Draco."

"Queríamos fazer perguntas sobre o cachorro de três cabeças no corredor proibido." Falou Harry, sem papas na língua. Draco quase riu com o quão grifinório ele soava, e viu Diana e Pansy prenderem sorrisos divertidos.

"Como é que vocês sabem da existência do Fofo?"

"Fofo?" Questionou Diana, arqueando as sobrancelhas.

"É... é meu... comprei-o de um grego que conheci num bar no ano passado. Emprestei-o a Dumbledore para guardar o..."

"O quê?" Perguntou Harry, ansioso.

"Não me pergunte mais nada." Retrucou Hagrid com impaciência. "É segredo."

"É, Harry, não pergunte tanto." Disse Pansy, dando um gole de seu chá. "Dumbledore deve ter confiado essa informação à Hagrid com muita confiança. Você deve estar orgulhoso, Hagrid."

A Morte em Esmeralda - O menino que sobreviveuOnde histórias criam vida. Descubra agora