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d e t e n ç ã o

O humor de Draco apenas melhorou quando conseguiu pegar o pomo em um jogo contra a Lufa-Lufa e praticamente garantiu a Taça das casas para a Sonserina. Sua felicidade, porém, não o impediu de notar o que estava acontecendo com o professor Quirrell. A suspeita que Pansy havia plantado em sua mente apenas cresceu quando ele viu o homem deixar o corredor proibido, parecendo assustado, e estava mais magro e mais pálido nas semanas que seguiram.

Ele não tem muito tempo para se aprofundar nesses pensamentos, porém, porque apesar de ainda faltarem dez semanas para as provas finais, os professores parecem pensar que precisam preparar os alunos desde já. Passaram tantos deveres de casa que as férias da Páscoa não foram tão divertidas quanto as de Natal.

Draco estava voltando da biblioteca uma noite - estava evitando Filch, porque se distraiu lendo e acabou saindo apenas depois do toque de recolher - quando viu dois pares de pés - apenas pés -, caminhando pelo corredor. Ficou levemente confuso por alguns segundos antes de se lembrar da Capa de Invisibilidade.

"Potter?"

Os dois pares de pés pararam, e demorou um segundo para Harry levantar a capa e espiar para fora. Draco arqueia as sobrancelhas.

"Isso é um dragão?"

"Shhh!" Ele disse, fazendo sinal para Draco se aproximar. O loiro, curioso, suspirou e entrou para se cobrir com Potter e Hermione Granger na capa.

"É de Hagrid." Sussurrou Hermione. "Temos que encontrar os amigos do irmão de Ron para enviar o dragão para a Romênia."

"E por que Weasley não está com vocês?"

"Foi mordido." Contou Harry.

"Como você sempre se mete nessas coisas, Potter?" Resmungou Draco, e Harry apenas deu de ombros.

"Vem, não podemos perder tempo."

"Cuidado com os pés." Disse Draco, e os três se abaixaram um pouco para que seus pés não ficassem expostos, ajeitando a capa.

Os amigos de Charlie - o irmão de Ron - formavam um grupo animado. Mostraram a Harry e a Hermione os arreios que tinham trazido de modo a poder suspender Norberto entre eles. Todos ajudaram a prender Norberto muito bem nos arreios e então Harry e Hermione apertaram as mãos de todos e lhes agradeceram muito.

Tudo teria dado certo se não tivessem dado de cara com Filch na saída.

"Ora, ora, ora. Estão encrencados." Disse o zelador, abrindo um sorriso.

Tinham deixado a capa de invisibilidade no alto da torre.

Filch levou-os à sala da Profa. Minerva no primeiro andar, onde eles ficaram sentados esperando, sem trocar uma palavra entre si. Hermione tremia. Ele não conseguia ver como iam se livrar desta encrenca. Estavam encurralados. Como podiam ter sido burros a ponto de se esquecerem da capa? Não havia nenhuma razão no mundo para a Profa. Minerva aceitar que estivessem fora da cama, esgueirando-se pela escola a altas horas da noite, e muito menos que estivessem na alta torre de astronomia, que era proibida aos alunos a não ser durante as aulas.

"Eu jamais teria acreditado que vocês fossem capazes disso." Disse a Professora, irritada. "O Sr. Filch diz que vocês estavam no alto da torre de astronomia. É uma hora da madrugada. Expliquem-se."

Era a primeira vez que Hermione deixava de responder à pergunta de uma professora. Olhava para os sapatos, imóvel como uma estátua.

"Estava estudando as constelações, professora." Respondeu Draco, sério. Ele sabia que não era a melhor de suas desculpas, mas era a única coisa que conseguiu pensar naquele instante. "É um hábito que tenho desde pequeno e eles queriam ver comigo. Fomos essa hora porque é a hora em que as estrelas estão mais visíveis."

A Morte em Esmeralda - O menino que sobreviveuOnde histórias criam vida. Descubra agora