Capítulo 4

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Draco estava me beijando. O pensamento dançou na mente de Harry, acabando com suas tentativas de negar o que estava acontecendo. Não havia dúvida. Seus olhos permaneceram abertos, ele podia ver o rosto de Malfoy claramente; estava tão perto; Harry podia ver cada cílio pálido que tocava as bochechas de Malfoy. O toque dos lábios era firme e quente, fazendo pouca pressão, mas era impossível negar que estava lá. Um toque tentativo de língua foi seguido pelos lábios de Draco movendo contra os de Harry e o moreno perdeu sua habilidade de respirar. A palma de Malfoy, pressionada na bochecha de Potter estava espalhando calor na pele dele ele não pôde evitar soltar um pequeno som de aprovação quando seu lábio inferior foi puxado entre os dentes de Malfoy, e então seus lábios, antes que fossem liberados e o toque quente desaparecer.

Os olhos de Draco abriram e se focaram nos de Harry.

— Oque-? – Harry tentou de novo, mas como se esse fosse um código secreto para pedir beijos, Malfoy se inclinou de novo e cobriu a boca de Harry com a sua.

Não é como se Harry tivesse tentado o empurrar. Claro que ele tentou. Por dentro. Mas seus membros recusaram obedecer a parte racional de seu cérebro. Ele não conseguiu nem parar de encarar os cílios de Malfoy. Ele podia ver as bochechas de Draco corarem quando sua língua traçou o contorno dos lábios de Harry. Ele tinha a expressão de um homem que estava fazendo algo verdadeiramente importante; parecia errado pará-lo. Além do mais, os lábios de Harry estavam formigando, derretendo com a atenção. Harry nunca havia ficado tão consciente de seus lábios, eles pareciam mais cheios, mais macios, como se estivessem ansiosos pelo toque de Malfoy.

Que dia mais estranho. Primeiro ele descobriu que estava enfeitiçado, mas felizmente foi liberado do feitiço pela Madame Pomfrey, então ele foi embaraçosamente dominado por Millicent Bulstrode e teve que aguentar longos minutos de poema ruim, mas felizmente foi resgatado por Malfoy. E agora Malfoy o estava beijando. O que poderia dizer que outra pessoa iria aparecer e salvá-lo, mas Harry não tinha certeza se isso ia ser bom ou não.

Desta vez, depois que ele se afastou, Draco demorou muito mais para focar seus olhos em Harry. Ele parecia expectante.

Tentativamente, Harry abriu sua boca, agora molhada e formigando, e tentou pela terceira vez, falar,

— Oque-?

— Droga! – Malfoy rosnou, franzindo a testa, claramente frustrado. Então ele se inclinou para a frente, pegou o rosto de Harry e o beijou mais uma vez.

Harry não podia mais fingir que queria se afastar. Ele sabia que Malfoy iria o beijar de novo e ele nem mesmo tentou evitar. Era simples: todas as vezes que ele falasse "Oque?" ele iria ganhar um beijo.

A língua de Draco escorregou em sua boca, e admitindo sua derrota, Harry parou de pensar. Malfoy tinha gosto de hortelã, e sua língua escorregava tão sensualmente contra a de Harry, que era impossível não derreter no beijo. As mãos de Harry voaram para a cintura do loiro, desesperado por suporte, porque ele estava começando a ficar tonto. Ele inclinou a cabeça para o lado, pressionando sua bochecha contra a palma de Draco, e abrindo a boca completamente, acolhendo a intrusão de Malfoy e chupando gentilmente sua língua. Um pequeno gemido retumbou no peito do outro; peito que Harry podia sentir pressionado firmemente contra seu próprio, e os dedos do pé de Harry rolaram, seus membros liquidificando e sua cabeça rodando. Draco podia fazer coisas maravilhosas com a língua; ele podia não só derreter os ossos de Harry com ela, mas podia também propagar prazer de seus lábios diretamente para sua ereção que crescia rapidamente. Ele podia até fazer Harry soltar os gemidos mais patéticos, pelos quais ele nem conseguia se sentir envergonhado, porque não havia nada mais importante que escorregar sua língua contra a de Malfoy, enrolar ela envolta da habilidosa língua de Malfoy e deixar o suave sabor de hortelã e a umidade preencher sua boca.

Harry tinha beijado um garoto antes. Um menino francês. Durante o verão, quando a família de Fleur visitou a Toca, um de seus primos, de cabelos escuros, menino sempre sorridente cujo nome Harry não conseguia nem pronunciar, o puxou de lado e levou-o para uma lagoa suja. Naquele dia, Harry descobriu uma enervante, mas inegável, verdade sobre si mesmo. O beijo tinha sido uma revelação, algo tão certo que era impossível ter alguma dúvida. Havia sido um destaque na vida de Harry, um avanço, uma perfeição que não poderia ser superada por ninguém, nunca mais. Aquele beijo foi a razão para Harry contar os dias até o bebê de Fleur e Bill nascer porque a família de Fleur prometera visitar de novo quando aquilo acontecesse.

Tudo parecia tão ridículo agora. Tanto o beijo quanto os pensamentos apaixonados de Harry. Não era nada como isso. Nem mesmo merecia comparação. Aquele garoto havia o beijado, esperando e pedindo nada em retorno, e Harry deixou feliz. Mas mesmo que o ataque de Malfoy fosse ainda mais chocante e inesperado, não parecia mais como um ataque. Com cada movimento de sua língua, e cada deslize de seus lábios, Malfoy estava pedindo uma resposta, implorando por uma, exigindo uma, persuadindo os lábios de Harry a participar. Era tão fácil seguir os movimentos de Draco, imitar cada truque e dividir esse beijo, não apenas ser beijado. Fez Potter se sentir competente, como se ele soubesse o que estava fazendo, mesmo que se sentisse completamente perdido.

Malfoy se afastou lentamente, mordiscando o lábio inferior de Harry antes de dar umas lambidas firmes e pressionar vários beijos molhados e prolongados na carne sensível. Cada pequeno beijo fez Harry suspirar um pouco, todo seu corpo convulsionando e se movendo para mais perto de Malfoy, sem querer perder a sensação. Mas o aperto de Draco em seu rosto era muito firme e tudo que Harry conseguiu foi pressionar um rápido selinho nos lábios do loiro antes que eles ficassem fora de alcance.

Sua visão estava embaçada quando abriu os olhos, suas bochechas quase doíam por causa do calor das palmas de Draco. Ele tentou focar no borrão loiro em sua frente, e quando finalmente conseguiu, ele não pôde evitar suspirar um pouco. A expressão de Malfoy era diferente de tudo que Harry já havia visto - era pura felicidade. Harry podia ver claramente, não somente porque os lábios dele estavam esticados em um sorriso brilhante, mas porque praticamente irradiava se seus olhos cinzas, que normalmente não mostravam nenhuma emoção.

— Eu não posso acreditar – Malfoy sussurrou. Sua respiração quente fez cosquinha nos lábios molhados de Harry.

— Hm – Harry disse, sem ter certeza no que falar para esse Malfoy estranhamente feliz.

O olhar de Draco viajou pelo rosto de Harry, cada segundo que passava parecia trazer mais felicidade para ele, como se tivesse achado algo incrível na expressão do moreno.

— Funcionou – Malfoy suspirou. – Realmente funcionou.

— Oque? – Harry perguntou, então suspirou resignadamente quando Malfoy o beijou de novo.

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N/T Muito fofos, não é? Amo demais.. O Harry la já apaixonado, o Draco achando que o outro ta enfeitiçado...vish.. comentem oq acharam!

Selado com um beijo 〖Drarry〗Onde histórias criam vida. Descubra agora