Capítulo 9

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No momento em que ele pisou no salão comunal, Draco foi recebido pela explosão de dor em sua mandíbula. Ele cambaleou para a esquerda, mas se impediu de cair, com os olhos lacrimejantes ele olhou para a grande figura que pairava sobre ele. Millicent Bulstrode se erguia em seu pijama azul bebê, o rosto vermelho e olhos inchados.

— Bastardo! – ela rugiu, e então sucumbiu as lágrimas, virou-se bruscamente e foi para o dormitório das garotas.

Esfregando seu queixo dolorido, Draco suspirou de alívio - apesar de tudo, foi bem. Ele esperava coisas muito piores de Millicent.

Uma bofetada retumbante foi seguida por dor aguda na bochecha esquerda de Draco.

— Pelo amor de Merlin! – Draco gritou, olhando para Pansy, que apareceu do nada, a fim de dar um tapa em Draco. – Será que vocês duas ficaram acordadas até tão tarde só para poderem me bater?

Os olhos escuros de Pansy brilharam maliciosamente.

— Sim, na verdade – ela assobiou e saiu seguindo Millicent.

Draco fez uma careta e forçou sua mente a esquecer a dor em sua mandíbula e bochecha.

— Pansy, espere! – ele saltou para a frente e conseguiu agarrar o pulso de Pansy antes que ela subisse as escadas e ficasse fora de seu alcance – Eu sinto muito. Eu mandei a Millie atrás de você. Eu realmente sinto. Eu só não sabia como me livrar dela. Ela estava tão afim do Potter! – Draco tentou em vão suprimir a raiva que borbulhava dentro dele enquanto ele se lembrava das tentativas de Millie para beijar Potter.

Com um puxão forte, Pansy libertou seu pulso e virou-se para encará-lo.

— Eu não estou chateada por causa da Millie. Eu posso lidar com ela – zombou.

Desviando do assunto temporariamente, Draco franziu a testa.

— Você pode? Ela é bem...grande.

— Por favor – Pansy rolou os olhos – Millie é inofensiva.

A dor na mandíbula de Draco o incentivou a discordar, mas pareceu imprudente deixar Pansy com mais raiva. Ela era, afinal, um dos raros indivíduos que Draco considerava seus amigos. E ele poderia usar um amigo agora. Ou uma garrafa de Firewhiskey, mas isso era ainda mais difícil de conseguir.

— Então por que você está brava? – ele perguntou, genuinamente confuso.

— Porque eu pensei que era sua amiga! – Pansy explodiu.

— Você é!

— Amigos contam coisas para o outro, Draco! Se eu soubesse que você queria o Potter para você, eu nunca teria mandado Millie atrás dele.

— Eu não quero o Potter – Draco interrompeu, aquele sentimento horrível apertando seu peito novamente, mas Pansy não estava ouvindo.

— Você fala dele constantemente, mas você está sempre bravo com ele. Honestamente, eu pensei que você só estivesse com inveja da fama dele, e bem, um pouco desequilibrado, mas como eu poderia saber que você tinha uma queda por ele?

— Eu não tenho uma queda por ele! – Draco fez uma careta, então apertou os lábios com força, com medo que tivesse acordado a Sonserina inteira.

Pansy deu-lhe um olhar fulminante.

— Sério? E você foi acima e além de um único beijo, porque...?

— Para humilhar ele! – As palavras de Draco ecoaram no salão comunal vazio, como se estivessem zombando dele. Ele tinha que admitir que elas soaram absurdas, sem mencionar totalmente bobas. Humilhar Potter era a última coisa que ele tinha na cabeça agora; ele estava muito mais interessado em beijar ele de novo.

Selado com um beijo 〖Drarry〗Onde histórias criam vida. Descubra agora