Capítulo 5

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N/T: Eu sei que os nomes deles repetem mil vezes, mas a culpa não é minha! Eu tento mudar como eu posso.

••

Funcionou. Deve ter. Não existe outra explicação.

Os dedos de Draco passaram pelo cabelo de Potter, segurando as mechas enquanto ele se inclinava para o lado para aprofundar o beijo. Harry respondeu com um gemido e apertou a cintura de Draco, o aperto possessivo de suas mãos era enlouquecedor. A língua de Harry moveu tentadoramente contra a do loiro, cuidadosamente, como alguém esperaria de uma pessoa sem experiência, apesar de Draco não saber se era inexperiência ou se era o beijo em si. Era difícil de pensar, difícil de planejar e tirar qualquer conclusão. O sonserino não podia beijar Potter e formar pensamentos coerentes ao mesmo tempo. Ele estava muito ocupado ouvindo a respiração entrecortada de Harry e seus gemidos quietos que mandavam vibrações direto dos lábios de Draco para seu membro. Potter estava beijando de volta, esse era o único fato que a mente do loiro podia entender.

Seus olhos abriram e ele olhou para Potter cuidadosamente. E lá estava de novo; Harry estava corado e confuso, seus cílios flutuaram para revelar olhos verdes sem foco; ele estava respirando pesadamente, pequenas respirações escapando de seus lábios partidos e molhados, ele ainda tentou se inclinar para frente e beijar Draco novamente. Parecia um gesto repentino e desesperado, como se ele não pudesse pensar em nada exceto beijar os lábios do loiro outra vez. Com certeza aquilo queria dizer que a poção funcionara. Potter estava encantado; profundamente apaixonado por Draco. Ele não responderia aos beijos se não estivesse.

Potter encontrou sua voz novamente.

— Hm, Malfoy, o que você-?

— Mas que inferno! – Draco disse e Potter piscou para ele.

Honestamente, por que Potter estava com tanta vontade de fazer perguntas estúpidas? Se ele estava apaixonado, ele não deveria estar feliz que o objeto de sua afeição o estava beijando, e apenas calar a porra da boca?

— Pare de fazer perguntas.

— Por quê?

Draco o olhou.

— O que você quis dizer quando disse que funcionou? O que funcionou? – Harry quis saber.

— Você me beijou de volta. Eu não achei que você fosse – Draco disse facilmente, já que era a verdade. Ele franziu a testa com a falta de desejo do outro de ficar quieto e deixar Draco o beijar até perder os sentidos. Com certeza uma Poção do Amor não era igual a maldição Imperius. Uma pessoa encantada não escuta ordens, era mais provável que demandasse obediência da pessoa que a encantou. Por isso Poções do Amor eram perigosas; elas transformavam a pessoa encantada em alguém obsessivo e mandão. Talvez ele deveria ser mais cuidadoso com o grifinório, ou então a coisa toda podia dar errada.

Draco soltou lentamente o cabelo de Potter e moveu sua mão para os lados de seu corpo. As mãos de Potter ainda estavam em sua cintura.

— Me desculpe – Draco pediu, tentando parecer arrependido. - Eu apenas pulei em você. Isso foi muito rude da minha parte.

Os olhos de Harry ficaram mais claros e suas sobrancelhas subiram.

— Você tem certeza que é Draco Malfoy? Você não é outra pessoa usando Polissuco, não é?

— Er, tenho certeza – Draco sorriu um pouco. Ele estava ficando meio preocupado de novo. Harry não o tinha soltado; o loiro estava começando a se sentir capturado.

— Por que você me beijou? – Potter, aparentemente, não conseguia parar de fazer perguntas. Draco desejava poder respondê-lo, mas o que ele poderia dizer?

— Bem, eu... – A mente de Draco passava várias possibilidades: De repente eu descobri que gosto de você. Foi uma reação espontânea. Eu gosto de você há um tempo. Eu tenho sonhado em te beijar por meses. Todas mentira, claro, mas Potter estava apaixonado; ele esperava ouvir coisas desse tipo. – Eu... – Merlin, por que era tão difícil mentir? Draco nunca teve problemas com isso.

Um barulho alto, não muito longe, assustou os dois. Ele foi seguido por gargalhadas estridentes.

— Pirraça – Potter disse. Seus olhos escanearam Draco rapidamente e ele abriu sua boca, fechou, e então soltou a cintura de Draco. Ele deu um passo para trás. – Você deveria ir. Se Pirraça está por aqui, Filch não está longe. Ele vai te dar uma detenção se te ver.

Draco não pôde evitar de ficar um pouco feliz. Potter estava realmente preocupado com ele pegando uma detenção.

— Você está certo – A mente de Draco trabalhava furiosamente; eles não podiam se separar assim. – Está muito cedo; todos os professores ainda estão acordados – continuou – você sabe como chegar na Torre Leste?

Potter franziu o cenho, mas acenou positivamente.

— Me encontre lá depois da meia-noite – Dando um passo para frente, Draco pressionou outro beijo rápido nos lábios de Potter e se virou, pretendendo fugir.

O pulso de Draco de repente foi agarrado. Ele quase tropeçou quando foi forçado a se virar na direção de Potter. Preocupação e dúvida o atacaram novamente. A expressão de Harry não era mais confusa; ele encarava Draco atentamente, seus dedos apertando o pulso do loiro.

— Por quê? – Harry exigiu.

Draco puxou seu lábio inferior entre seus dentes. Seu pulso estava começando a doer e a visão de Potter franzindo o cenho era qualquer coisa menos confortante. A suposta afeição parecia ter desaparecido. Mas quando Draco soltou seu lábio torturado, o olhar desconfiado de Harry desceu até ele e sua respiração acelerou.

De alguma forma aliviado, Draco deliberadamente relaxou seus lábios e fez um pouco de beicinho para que o inferior parecesse ainda mais cheio. Potter não conseguia parar de olhar.

— Se você aparecer, eu te digo porque te beijei – Draco disse. O olhar de Potter subiu para os olhos dele novamente.

Cuidadosamente, o loiro se aproximou, torcendo seu pulso, tentando liberá-lo enquanto se inclinava e pressionava seus lábios nos de Potter.

— Você vai estar lá? – Draco murmurou contra os lábios do moreno. Foi necessária toda sua força de vontade para não aumentar a pressão e beijar a boca quente de Potter; seu corpo inteiro tremia com o esforço para não se mover.

Harry fez um som estrangulado e em seguida moveu seus lábios ligeiramente, fechando seus olhos.

— Sim – ele respondeu sem ar.

Draco o recompensou com outro beijo. Em algum lugar, não muito longe, Pirraça estava rindo e a voz brava de Filch ecoou pelo castelo, mas Draco estava vagamente consciente disso. Seus ouvidos estavam zumbindo e os suspiros pequenos de Potter pareciam mais altos que qualquer coisa. Ele escorregou seus lábios contra os de Potter, acariciando-os antes de prender o lábio superior de Harry e chupar um pouco, lamber gentilmente, e então, quando ele estava preste a repetir o processo com o lábio inferior, Potter soltou seu pulso e pressionou sua palma contra o peito de Draco, o empurrando.

— Vá! – Potter ofegou, seu peito subindo e descendo rapidamente.

Malfoy sorriu para as bochechas vermelhas e olhos estupefatos de Potter, e então rapidamente se virou e correu. Apenas duas horas a partir de agora, e ele estaria beijando Potter novamente.

Selado com um beijo 〖Drarry〗Onde histórias criam vida. Descubra agora