Capítulo 3

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— ... minha cabeça para deitar-se no seu peito subdesenvolvido; você olha para mim com olhos verdes que não veem...

A voz forte de Millicent ressoou pelo corredor e Draco mudou sua direção, virando a esquerda, indo para o som. Ele parou quando viu Millicent com sua mão grande espalmada no peto de Potter, o segurando contra a parede. A varinha de Potter estava em sua mão, mas ele parecia muto espantado para se mover. Ele simplesmente encarou Millicent em horror.

Não há nada mais que eu possa dizer; exceto, sua coisinha, venha me beijar – Millicent terminou seu poema de amor e fez um biquinho se inclinando para frente.

Potter fez um som estranho, meio apavorado e Draco saltou para frente, gritando:

— Millicent!

A garota se virou com uma expressão de 'pega em flagrante' que se transformou rapidamente em uma carranca.

— O que você quer? – Ela perguntou quando Draco os alcançou.

Sem fôlego, Draco rapidamente escaneou o rosto de Potter para ter certeza de que ele ainda não havia sido beijado. Potter parecia horrorizado, não apaixonado, e Draco respirou com mais facilidade. Aparentando voltar aos seus sentidos, Potter levantou sua mão, e com um rápido movimento de sua varinha, mandou uma maldição em Millicent.

Millicent riu.

— Oh. você! Pare com isso! – ela disse carinhosamente como se Potter tivesse feito cosquinha nela – Ele gosta de seus feitiços – Millicent disse para Draco, radiante. Os olhos de Potter estavam arregalados, sua mão da varinha parecia congelada no ar.

— Há há! – Draco se forçou a rir, procurando no corpo de Millicent um ponto fraco. Era difícil de achar um, Merlin, agora que ele estava perto dela, ele se lembrou o quanto ela era grande. Ela tinha uns bons centímetros acima dele e de Potter, e ela era tão grande quanto os dois juntos. Seria difícil derrubá-la.

Millicent levantou uma sobrancelha e Draco tentou pensar em algo para dizer. Talvez seria mais esperto se não lutasse com Millicent.

— Er... – Draco sacudiu a cabeça em direção a Potter, e depois se inclinou em direção a Millicent – Eu preciso falar com você em particular.

— Eu estou ocupada – Millicent agarrou a camisa de Potter e o balançou um pouco, como se estivesse mostrando seu ponto.

Potter pareceu escandalizado e tentou se livrar dobrando os dedos da garota para trás, mas ela pareceu não notar.

— Certo – Draco franziu a testa e se aproximou lentamente; se o seu novo plano falhasse, talvez ele e Potter poderiam derrubar Millicent juntos. — Sobre isso, Millie – Draco sussurrou – Você sabe que a Pansy mentiu, não é? Ela só te mandou aqui para que pudesse pegar um certo item do seu malão.

A mão livre de Millicent agarrou a camisa de Draco.

— Que item? – ela se enfureceu, puxando Draco inconfortavelmente para mais perto.

— Aquele que... cantarola.

A mandíbula de Millicent caiu.

— Aquela pequena... Ela não pode... Isso é... Honestamente! – ela pausou – Não que eu tenha algo que... cantarole.

— Claro que não! – Draco disse rapidamente. O aperto de Millecent estava ficando cada vez mais apertado; ele estava ficando sem ar. – Ela estava mexendo nos seus pertences. Enquanto nos falamos.

— Eu vou matá-la! – Millicent disse, estreitando os olhos.

Por um momento Draco se sentiu culpado. Enviar Millie atrás de Pansy talvez fosse um pouco maldoso. Mas em outra mão, Pansy havia enviado Millie atrás de Potter, então até onde ele se importava era apenas justo que ela sentisse a ira de Millicent.

Selado com um beijo 〖Drarry〗Onde histórias criam vida. Descubra agora