Capítulo 22

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Harry conjurou outro enfeite de Natal, deixou flutuar perto da sua cama por um tempo, e então o explodiu com um movimento brusco de sua varinha. Infelizmente, ele já estava começando a se arrepender de sua decisão de passar o feriado de Natal sozinho. O jantar tinha sido chato. A comida estava deliciosa como sempre, e a decoração linda, mas somente alguns alunos tinham ficado em Hogwarts e Harry nem mesmo sabia o nome da maioria deles. Ele tinha se retirado cedo, e foi para o banheiro dos monitores, feliz que o tinha para si durante o feriado todo. Mas, aparentemente, isso não era verdade. Harry estava no meio de uma sessão satisfatória de punheta, que incluía uma exploração que o deixava nervoso e fascinado, quando ele percebeu que a Murta que geme tinha passado sua cabeça pelo ralo e estava assistindo avidamente enquanto Harry colocava seus dedos dentro de si, debaixo da água. Harry tinha ficado obviamente furioso, sem mencionar com vergonha, e ele tinha dito muitas coisas rudes. Depois de reafirmar sua reputação, chorando até as janelas tremerem com o som horrível, Murta foi embora e deixou Harry sozinho. O moreno já não estava mais no humor e foi forçado a sair do banheiro rapidamente. No fim, ele optou por ficar deprimido na sua cama e descontar sua frustração em enfeites de Natal. Feliz Natal, de fato. Ele estava prestes a destruir um anjo verde e brilhante, que parecia feliz até demais, quando uma batida na janela o fez congelar, com sua varinha no ar. Depois de franzir o cenho, confuso por um segundo, ele percebeu que era provavelmente uma coruja entregando um presente de Natal atrasado. Elas normalmente voavam para o Corujal e os elfos coletavam os presentes, os separavam e os colocavam na cama do presenteado na manhã de Natal, mas Harry pensou que era possível Ron e Hermione terem enviado algo diretamente com a intenção de animá-lo. A coruja bateu de novo, tão forte que a janela balançou, Harry se levantou rápido, convencido que era Pig, já que a pequena Coruja era violenta.

— Se você continuar assim, eu não vou te dar uma recompensa. – Harry murmurou enquanto abria a janela e olhava para fora. Não era uma coruja.

— Isso é triste. Eu estava contando com uma recompensa. – disse a aparição estranha, que parecia muito com Draco Malfoy. Harry encarou a visão de outro mundo, pensando se alguém tinha colocado álcool em sua bebida mais cedo. – E calor. – a aparição falou novamente. – Eu estava definitivamente contando com calor. O que podia ser resultado de um convite para entrar... er, isso era uma indireta, Potter. E nem foi sutil. Eu estou congelando pra caralho aqui fora.

Harry abriu sua boca, mas nenhum som saiu. Seus olhos o estavam enganando. Não tinha outra explicação. O que eles viam era Draco Malfoy, com bochechas impossivelmente vermelhas, e cabelo loiro molhado, saindo debaixo de sua touca, sentado em uma vassoura que flutuava no meio do ar, seu corpo envolvido em um casaco quente, coberto de neve. Mas, é claro, isso não fazia sentido. Draco Malfoy estava na Mansão agora, celebrando o Natal com seus pais, e mesmo se não estivesse, ele não podia estar aqui. A impossível visão de Draco, suspirou audivelmente.

— Que bom que eu não sou um vampiro e não preciso de convite para entrar.

Com isso, Draco virou sua vassoura de repente e entrou no dormitório, fazendo Harry pular para trás assustado. Neve e frio o acompanharam para dentro, e Harry tremeu encarando Draco, que saiu de sua vassoura e jogou neve no chão. Ele bateu no chão molhado com seus pés, os encarando maravilhado.

— Chão sólido. Eu amo o solo. – Draco olhou para cima e sorriu para Harry. – É super subestimado. – franzindo o cenho, Draco pegou sua varinha e a balançou na direção da janela. Ele fechou com um bang. Harry nem notou. Draco suspirou de novo. – Você sabe que eu gosto de te dizer coisas como, "Cala a boca, Potter", "Você é mais inteligente calado, Potter" e tal? Certo. Eu retiro essas coisas.

Draco deu alguns passos, parando bem na frente de Harry.

— Silêncio não combina nem um pouco com você. Honestamente, te faz parecer apagado. Diga alguma coisa. – Draco praticamente assobiou, parecendo frustrado. – Por favor? – ele adicionou suavemente. Como se em um sonho, Harry esticou o braço e agarrou a touca de Draco, a tirando e libertando uma massa de cabelo loiro familiar. O cabelo caiu em volta do rosto de Draco, de uma maneira desordenada, enfatizando o vermelho perigoso das bochechas pálidas. Olhos cinzas o encararam, preocupados. Harry apertou a touca molhada em suas mãos, chocado por ser real. Ele olhou para a janela e então para Draco de novo.

Selado com um beijo 〖Drarry〗Onde histórias criam vida. Descubra agora