Você acredita em amor a primeira vista? Lalisa e Roseanne te provarão que sim, é possível acontecer, porque elas se apaixonaram assim que puseram os olhos uma na outra.
Não podemos prever o exato momento em que vamos nos apaixonar, e isso pode acont...
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Um exemplar surrado de O Morro dosVentos Uivantes descansava sobre o busto de Rosé, enquanto a garota encarava o teto branco pensando em tudo e em nada, sentindo-se vazia, oca e sozinha.
Não tenho medo, nem esperança de morrer. Contudo não posso continuar assim! Tenho que me lembrar de respirar, de manter o meu coração a bater! A luta tem sido longa e desejo tanto que acabe em breve!
- O Morro dos Ventos Uivantes
Não existia Roseanne sem Lalisa, assim como não existia Lalisa sem Roseanne. Era assim que se sentiam em relação a outra, como se fossem uma só, o complemento da alma e do coração uma da outra.
Faziam apenas dois dias desde que Lalisa fora para Nova Iorque, a saudade era latente e machucava Rosé. Ela sabia que era algo importante para Lisa, e a mesma havia incentivado-a a ir, mas isso não anulava o fato de que sentiria terrivelmente sua falta.
Lalisa fazia questão de ligar para Rosé a cada duas horas, eufórica com a beleza da cidade. Enviava fotos, áudios e faziam chamadas de vídeo para amenizar a saudade.
A ideia da distância como um obstáculo a ser superado, causava um certo pânico em Rosé. De certa forma, havia se apegado muito a Lisa, pelo fato da mesma sempre ter sido tão solícita, cuidadosa e amorosa, desde que haviam descoberto o câncer.
Para Roseanne, Lalisa era seu outono, primavera e verão; Era o ser mais bondoso, puro e incrível que já havia conhecido. Se pudesse viver mil vidas, em todas elas escolheria Lalisa como namorada. A sua ruiva possuía qualidades únicas, que se moldavam perfeitamente em seu bom caráter irrefutável.
Para quem tem câncer, qualquer mínima conquista merece ser comemorada. Naquela manhã Rosé estava fazendo exatamente isso, após dois dias consecutivos sem vomitar tudo o que comia.
Lalisa havia notado olheiras profundas no rosto de sua garota, enquanto estavam em uma chamada de vídeo. Questionou Rosé sobre estar dormindo e se alimentando bem, a morena logo afirmou que estava se cuidando e que Lisa não precisava se preocupar.
Ela não conseguiria esconder Lisa que não estava tão bem como afirmava veemente. Os remédios administrados de forma oral, faziam seu estômago revolver. Nesses momentos Lisa sempre estava com ela, era um pouco mais suportável.
Roseanne fitava seu velho diário sobre a mesinha de estudos, ponderando sobre escrever ou não escrever algo. Há dias não escrevia nada, nem mesmo sobre Lisa, o que mais amava fazer.
Relutante em seus próprios pensamentos contraditórios à ideia, levantou-se caminhando até a mesinha, precisava de uma alívio, algo que lhe distraísse e abrandasse tamanha saudade.