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O luar brilhou pela janela do quarto de Regulus quando você acordou. A sala estava escura, exceto pela luminescência fornecida pela lua e uma única vela que estava acesa na mesa de cabeceira. O silêncio estava no ar, nem um único som foi ouvido, exceto sua respiração. Regulus estava bem ao seu lado, uma expressão pacífica em seu rosto cansado.
Seu peito se movia em sincronia com sua respiração e parecia que ele estava calmo, talvez em um sonho profundo. Mas você sabia que era o contrário, pelo jeito que suas mãos se agarravam ao cobertor, uma pequena camada de suor espalhada por suas feições.
Ele estava tendo um pesadelo, assim como na noite anterior. E na noite anterior a isso. Você sabia que esses sonhos horríveis o assombravam desde que seu irmão fugiu, mas quando se tratava de seus medos, não havia nada que pudesse fazer e era agonizante vê-lo lutar assim.
Felizmente, você desenvolveu algum tipo de mecanismo que o ajudou a sentir como ele se sentia durante as noites que passaram juntos. Regulus não era muito bom com palavras, então você aprendeu a ler suas ações. Você estava lá para ele, mas durante seus pesadelos, foi mais difícil.
Um suspiro deixou a boca de Regulus quando ele de repente acordou, sentado reto e segurando os lençóis com mais força. Uma expressão anicular tomou seu lugar em seu rosto e sua respiração era superficial.
⎯⎯⎯ Reg? Reg, você está bem?
⎯⎯⎯ Ele quer que eu me junte a ele, ele quer que eu me junte a ele... ⎯⎯⎯ ele murmurou para si mesmo freneticamente. ⎯⎯⎯ Eu não posso, oh, S/n, você não pode deixá-lo me lever.
Você se aproximou dele na tentativa de acalmá-lo e colocou a mão no ombro dele, não querendo oprimi-lo com um abraço. Seus músculos estavam tensos, mas sua respiração começou a diminuir à medida que você esfregava suavemente círculos em sua pele. ⎯⎯⎯ Tudo bem, amor ⎯⎯⎯ você sussurrou. ⎯⎯⎯ Estou aqui, está tudo bem. Foi apenas um pesadelo. Foi apenas um pesadelo.
Regulus relaxou lentamente em seu toque, fechando os olhos dele enquanto você o puxava para um abraço apertado. Seus braços serpenteavam em torno de sua cintura enquanto ele encontrava conforto em sua presença, percebendo que talvez não fosse uma coisa ruim que você o visse em um estado tão vulnerável.
Vocês dois ficaram perto um do outro por um tempo, permanecendo em silêncio e saboreando a presença um do outro. Uma sensação de conforto que Regulus nem sabia que precisava. Era estranho como apenas um único toque o fazia se sentir amado e seguro.
⎯⎯⎯ Eu não mereço você ⎯⎯⎯ Regulus finalmente quebrou o silêncio, um tom triste em sua voz enquanto falava.
⎯⎯⎯ O que você quer dizer?
⎯⎯⎯ Eu não te mereço ⎯⎯⎯ repetiu, descansando a cabeça no seu ombro. ⎯⎯⎯ Você é tão bonita, gentil e sem problemas. Você é perfeito, como uma luz na minha vida. Mas eu? Eu sou apenas um garoto quebrado de uma família preconceituosa. Eu provavelmente vou acabar como um comensal da morte de qualquer maneira.
⎯⎯⎯ Não. ⎯⎯⎯ Sua voz disparou pelo ar como uma flecha, forte e certa, não deixando espaço para protesto. ⎯⎯⎯ Não, você não está quebrado, Regulus. Apenas machucado. E eu vou te ajudar, eu prometo.
⎯⎯⎯ Mas minha família...
⎯⎯⎯ Eu não dou a mínima para sua família! Podemos fazer isso, eu sei que podemos ⎯⎯⎯ um suspiro exasperado deixou seus lábios enquanto você tocava a bochecha dele, olhando-o profundamente nos olhos. ⎯⎯⎯ Eu te amo, certo? Você e todas as suas falhas. E esse sentimento, esse sentimento mágico; nunca vai desaparecer. Nunca.
Uma onda de calor se espalhou no peito de Régulo às suas palavras; oh, como essas palavras foram capazes de consertar sua alma! Eles até o fizeram acreditar que tudo poderia acabar bem. Com você ao seu lado, ele ficaria bem.
Suavemente acariciando suas bochechas, ele bateu os lábios nos seus, o sentimento de amor estourando em fogos de artifício ao seu redor. Você o beijou de volta com paixão, seus dedos se entrelaçando em seu cabelo. Sua respiração estava quente em sua pele, seus narizes caíam enquanto seus lábios se moviam um contra o outro, mas a sensação era eufórica.
Quando Reg se afastou, um sorriso enorme tomou seu lugar em seu rosto, sua expressão dolorosa se foi há muito tempo. Ele entrelaçava seus dedos, segurando-os no colo enquanto se sentia sortudo por ter alguém como você. Um amigo, um amante, uma alma gêmea.
Alguém que o amaria para sempre.
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