Vidas Entrelaçadas ☽︎𝑲𝑻𝑯+𝑱𝑱𝑲☾︎

XIX. Sem ele

Tô de volta!

Agradeço a mulletdoteteco por betar o capítulo!

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Tenham uma boa leitura!

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Vigésimo oitavo dia de Janeiro, domingo
1848 anos depois da B.G.L
Daegu, Coréia do Sul

  Ao vê-lo se distanciar, senti meu coração quebrando em milhares de pedaços. E cada um deles sentia falta daquele ômega.

— EU TE AMO KIM JEONGGUK! — gritei usando todas as forças que tinha naquela declaração.

Sentia-me tão fraco naquele momento, que caí de joelhos na neve fria em um ato dramático; meu coração batia tão forte que minha audição ficou abafada e eu não ouvia nada ao meu redor. Estava em choque.

Nem ao menos sei se Jeongguk ouviu minha declaração.

Meu peito doía intensamente e, pela primeira vez, eu escutava V chorando em meu interior, parecendo um bebê.

Esperneava e gritava, sentia dor.

Novamente fomos separados do nosso amor, justamente quando estávamos conseguindo nos aproximar. Eu entendia V, afinal, consegui a atenção de Jeongguk primeiro e, quando finalmente ele também estava conseguindo, nosso ômega foi tirado de nós.

Queria gritar e espernear tal qual ele, mas não conseguia. Eu não conseguia me mover, não conseguia escutar nada ao meu redor. Não conseguia sentir mais nada.

Estava vazio novamente.

Não faço ideia de quanto tempo fiquei ali na neve, meu corpo cedendo ao frio lentamente, chorando em completo silêncio. Em algum momento, senti uma parte de mim se quebrando, se perdendo.

V parou de chorar e eu já não sentia mais sua presença. Ele havia adormecido e eu estava mais vulnerável agora. Se fosse atacado, morreria. V tinha desistido.

Quando sua parte lupina adormece, até mesmo um simples corte, que curaria em alguns segundos, se torna perigoso.

Ficamos vulneráveis sem nossa parte sobre-humana, não somos nada.

Foi graças a ele que sobrevivi àquelas pedras esmagando minha perna. Se fosse um beta ou estivesse com meu lobo adormecido, teria morrido no mesmo instante.

Talvez fosse esse o plano de meus pais quando armaram aquilo. Achavam que meu lobo estava adormecido e eu acabaria morrendo lentamente. Mas, por sorte, V estava muito bem acordado e meu amado Jeongguk estava lá para me salvar.

Me assusta pensar que, se não fosse aquela criança de coração tão gentil, aquele pequeno anjo, eu estaria morto há muito tempo. Devo minha vida a Jeongguk, meu único propósito é vê-lo feliz.

Se ele se apaixonasse por outro, não o impediria se me dissesse que estava feliz. Não tínhamos uma marca, não nos casamos por amor. Ele poderia simplesmente ir se quisesse.

As coisas que eu mais almejava no mundo eram ver seu sorriso e ouvir de sua boca que estava verdadeiramente feliz.

Era só isso que eu queria, não importava com quem ele estivesse. Se fosse comigo ou com outro, eu só o queria feliz.