Certa vez em um banheiro público estava escrito a seguinte frase: Ser livre é frequentemente ser só.
É eu acho que sim, mas não estou só. Apenas mais solitária que antes.
E é bom realmente entender que a pessoa que te destruiu não pode ser o amor da sua vida.
Mas eu acho que já achei o amor da minha
Hope, Hope é a razão pela qual esse mundo precisa melhorar, pois ela é boa de mais pra viver em um mundo tão ferrado.
Eu fiz um acordo com a CIA, voltei para os Estados Unidos para terminar o meu trabalho, eles me deixaram com um supervisor. Como se eu tivesse a opção de fugir, a final de contas eles ainda estão com Hanter.
Hope merece uma infância feliz, uma casa enorme e amigos. Ela merece uma família.
E é por isso que eu encontrei Adam em uma praça, sei que ele tem vários imóveis na cidade e como minha conta bancária foi bloqueada, vim pedir um favor.
Me sento em um banco e pergunto se Hope gostaria de ir brincar com as outras crianças, como uma criança normal. Ao invés de ficar sentada observando todos ao seu redor como possíveis ameaças, ela apenas acena com a cabeça e me dá um abraço.
Adam finalmente chega e senta ao meu lado.
- Olá Kat.
Ele fala tão baixo que eu mal consigo ouvir. Sua cabeça está baixa e suas bochechas estão avermelhadas.
- Não precisa ficar envergonhado, nada disso é culpa sua.
Ele me olha surpreso, mal sabe que o conheço como a palma da minha mão.
- Kat, eu fiz de tudo. Te procurei por messes, achei que você estivesse morta.
- Não se culpe tanto, eu não queria ser encontrada.
- Preciso de um favor.
- Qualquer um.
- Preciso de uma casa, afastada da cidade, de preferência com um quintal grande.
- Você comprou um cachorro?
Olho pra ele divertida.
- É pra minha filha.
Eu daria tudo para gravar a expressão de Adam nesse exato momento, suas sobrancelhas estão quase se tocando sua boca abriu em um O perfeito, e sua cabeça está levemente torta.
- Você teve uma filha?
Conto a ele toda a história, desde o início, até chegar em Hope.
- Nome interessante,gostei. Então você precisa de uma casa. Eu já sei exatamente qual será.
- Que bom.
- Você parece diferente. Não sabe como é bom saber que você realmente está bem.
- Pareço diferente por que quem você conheceu antes de tudo isso, aquela menina morreu em uma cela da CIA.
Fala e vejo o meu mundo correr até mim.
Hope para e analisa Adam, sei o que ela está pensando.
Ela pensa a mesma coisa que eu quando conhece alguém novo. Ela pensa em como fugir se essa pessoa tentar alguma coisa, pensa no que usar para se defender.
- Hope, esse é Adam. Ele é um amigo meu.
E por algum motivo ela o abraça, surpreendendo a mim e Adam.
- Entre em contato comigo Adam, e me passe o a localização do que conversamos.
- E Adam uma última coisa, se você contar a alguém sobre Hope.
Solto uma risada.
- Eu vim ao mundo coberta de sangue, gritando e me debatendo, não vejo problema em sair dele da mesma forma. Até qualquer dia, e obrigada.
Entramos no carro e partimos.
Levarei Hope para a escola de depois irei para a cede da CIA.
Não se passam vinte minutos e eu recebo uma ligação de número comercial.
- Olá, sra.Franchetti.
- Com quem eu falo?
- Artemis, Artemis Michaelis. Sou a diretora da escola da sua filha.
- Aconteceu alguma coisa com Hope?
Sinto meus batimentos cardíacos aumentarem, e se Adam tiver contado?
- Sim, infelizmente a senhora precisa comparecer urgentemente para uma reunião.
Chegou à dois minutos, fui recebida por uma secretária muito simpática que me direcionou para a sala de reuniões.
Quando chego, observo todos na sala.
Uma mulher ruiva, deve estar na casa dos quarenta, um menino baixinho que provavelmente é colega da Hope e a diretora.
Uma mulher de 60 anos, viúva sem filhos, o marido morreu em um acidente de carro, ela tem câncer e está trabalhando na escola para pagar o tratamento.
Não me julguem, eu precisava conhecer a pessoa que ia cuidar da minha filha.
- Posso saber o que aconteceu?
Pergunto e a ruiva logo se prontificou de responder.
- O que aconteceu é que sua criaturinha atirou uma tesoura de ponta no meu filho, errou por poucos centímetros.
Criaturinha?
- Sinto muito senhora, iremos trabalhar nisso. Ela precisa melhorar a pontaria.
Fala dando um sorriso de lado e logo ouso a risada gostosa de Hope.
A ruiva se cala.
E a diretora toma as rédeas da reunião.
- Senhora eu entendo que eles sejam crianças, e que não passou de uma brincadeira.
Olho pra Hope, tenho certeza que não foi uma brincadeira, provavelmente o garoto a incomodou e ela tentou matá-lo, minha garota.
- Mas ela será suspensa por uma semana.
A ruiva resmunga que Hope deveria ser expulsa.
- Não se preocupe com isso diretora, eu quero a transferência da Hope imediatamente.
Ela havia me pedido pra estudar em casa, e é ela que manda.
- Claro, a senhora pode voltar amanhã pra acertamos a papelada?
Apenas aceno, antes de pegar Hope no colo e sair pela porta.
- Por que fez isso Hope?
- Ele falava demais.
Eu tenho uma crise de risos.
- Sabe, esse é um bom motivo.
Falo beijando sua bochecha.
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As vezes e para sempre. (Primeiro livro da série Meu Gangster cretino)
Romance"Perca o amor da sua vida, mas não perca sua vida por um amor" Li essa frase em algum lugar, mas a ignorei totalmente. Eu não acreditava no amor, não em um mundo onde tudo foi arrancado de mim. Não tinha como o amor existir, pelo menos não pra mim...