Capítulo - 4

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Los Angeles - EUA.

Ruby Rose.

Péssima.

Essa era a palavra que me descrevia no momento. Hoje pela manhã eu recebi a feliz notícia de que Jennifer, minha ex noiva, e Emma minha querida irmãzinha, marcaram a data do casamento para daqui dois meses, e ainda tiveram a coragem de me mandarem o convite.
Não fico mal pelo fato de Jennifer estar com outra pessoa, fico mal pelo fato dessa outra pessoa ser minha própria irmã! Emma sempre quis tudo o que eu tive, já espalhou vários boatos falsos para a mídia que quase acabaram com minha carreira, ela nunca desistiu até tirar algo de mim, e esse algo foi Jennifer. Nossa família sempre relevou as atitudes dela dando a desculpa de que: " Ela só tem ciúmes de você ter a atenção do mundo, você sabe que sempre foi o sonho dela essa vida ".

Emma sempre quis estar no auge, mas nunca fez nada para conseguir isso, diferente de mim que trabalho desde os meus 14 anos para chegar aonde cheguei, para no final ter que escutar que roubei a vida da minha irmã. Se ela é uma pessoa frustrada eu não tenho culpa disso. Ela só não pode fazer da minha vida um inferno só porque a dela é uma merda.

E por conta de todo esse estresse e raiva logo cedo, acabei descontando encima da pessoa que menos merecia minha raiva, Mayte.

Tudo bem que ela sempre me provocou, mas nunca me importei sempre fazia piadinhas só para vê-la irritada, ela fica mais linda ainda com as bochechas vermelhas de irritação e um biquinho nos lábios. Todos os dias eu passava horas olhando sua beleza e sua pose quando está concentrada no trabalho, ou então quando começa a cantarolar baixinho uma música aleatória mostrando como sua voz era doce. Sem querer parecer emocionada, porém ela é a pessoa mais bonita e talentosa que eu já conheci, quem tiver seu coração terá uma sorte imensa... O difícil é chegar lá.

Quando voltei para a sala e ouvi seus soluços... Eu senti meu coração ir quebrando aos poucos, vê-la toda encolhida como um bebê me fez enxergar uma parte dela que ela mesma tenta esconder com seu jeito diário, essa parte é que a faz ser ela mesma. Mas saber que o motivo das suas lágrimas era minha culpa fez eu me amaldiçoar nessa e nas próximas encarnações.

Estaciono meu carro na garagem de minha casa, olho para Mayte ao meu lado que estava com o olhar triste e abatido, e principalmente muito calada. Eu preferia mil vezes que ela me mandasse pro inferno do que ficar quieta e não protestar em nada.

- Ei, vamos entrar. - Saio do veículo dando meia volta e abrindo a porta para ela sair, meu casaco ainda estava em seu corpo e eu rezava para que seu perfume ficasse nele.

Do lado de fora era possível ouvir o som da tempestade se formando, como era de costume na cidade dos anjos.

Guio seu corpo até a entrada da sala, abro a grande porta de madeira dando passagem para Thompson passar, em seguida fecho a porta pensando no que iria fazer.

- Você quer comer alguma coisa? - Jogo minha bolsa no sofá não me preocupando em que parte foi.

- Não... obrigada, eu posso tomar um banho? - Diz brincando com seus próprios dedos encarando o chão.

- Claro, venha.

Subimos as escadas em direção ao segundo andar, abro a porta de um dos quartos de hóspedes deixando a mesma entrar primeiro.

- Tudo que você precisa já tem no banheiro, leve o tempo que precisar. - Recebo um leve sorriso em troca fazendo meu coração se alegrar um pouco, deixo o quarto indo até o meu para fazer o mesmo.

Adentro o chuveiro deixando a água quente levar consigo todas as minhas frustrações, não imaginei que ela estaria em minha casa nessas circunstâncias, não que eu já tenha imaginad-... Quer saber? Foda-se, já imaginei sim, desde que encontrei aqueles olhos verdes me olhando com tédio no auditório.

THE CEO - Em revisão.Onde histórias criam vida. Descubra agora