THE CEO - Em revisão.

Capítulo - 2

Los Angeles - EUA.

Mayte Thompson.

Abri os olhos lentamente sentindo a claridade bater em meu rosto, levo uma de minhas mãos até minha cabeça fazendo uma leve pressão para amenizar a dor de cabeça insuportável que estava sentindo. Levanto meu corpo me sentando no colchão macio, relaxo minhas costas na cabeceira acoxoada e respiro fundo, meu estômago está embrulhado e minha cabeça está rodando sem parar. Sinto minha garganta seca, como se estivesse arranhada.

" O que houve? " - Tento me lembrar de algo da noite passada, porém nada vem em minha mente, parece que quanto mais eu tento recordar mais dor eu sinto.

Suspiro pesadamente.

- Bom dia Cinderela! - Levo um susto ao ver Camila parada na porta de meu quarto de calcinha usando uma blusa minha por cima.

Sinto meu rosto esquentar por pensar na possibilidade de nós termos transado, não que eu não quisesse, mas pelo menos gostaria de me lembrar. Camila é minha vizinha, somos boas amigas a um bom tempo, digamos que nós temos uma " amizade colorida ", mas nunca chegamos a transar, bom... até agora, eu acho.

- O que... O que aconteceu? - Minha voz saí fraca pelo meu mal estar.

- Não transamos se é isso que quer saber. - Anda até minha cama e se senta perto de mim. - Eu estava pegando uma encomenda na portaria quando você chegou completamente drogada, eu te ajudei a chegar aqui e cuidei de você, não lhe deixaria sozinha naquele estado. - Aponta para a cabeceira ao meu lado aonde se encontrava um líquido amarelado dentro de um copo com gelo.

- Suco de laranja com maracujá, beba!

Franzo o cenho pagando o copo, levo o mesmo até meus lábios sugando o líquido azedo, Camila ria das caretas que eu fazia enquanto bebia aquilo que ela chama de suco.

- Sério? Sem açúcar? - Coloco o copo vazio novamente no lugar que estava, me virando para a loira em minha frente.

- Açúcar, cafeína e remédios só iriam piorar sua situação, então é isso que você pode beber até amanhã.

Sorrio pela sua postura de mandona, ela consegue ser bem persuasiva quando quer.

- Que horas são?

- Dez para às 8, por que?

- Caralho, eu tô atrasada. - Me levanto sentindo meu corpo fraquejar quase me levando ao chão.

- Você não está em condições de ir trabalhar. - Me encara como se eu estivesse completamente maluca, talvez eu esteja, mas não posso ficar em casa.

Vejo que não sairei daqui sem a aprovação de Camila, o que levará um bom tempo para conseguir.

▪︎

Chego em minha sala e logo abaixo as persianas cortando a iluminação natural do local, deixando somente para as placas solares instaladas no teto fazerem o trabalho. Sento em minha mesa dando graças a Deus por Roddy e Mia estarem viajando, já foi difícil aguenta-los por telefone, que dirá pessoalmente.

Olho para os rascunhos em minha mesa não gostando de nada do que fiz, pego os papéis os jogando na lixeira ao meu lado. Passo minhas mãos por meus cabelos soltos tentando aliviar a dor que insistia em continuar, retiro meu óculos escuro para coçar levemente meus olhos, logo os pondo de volta.
Minhas pupilas estavam super dilatadas, causando uma sensibilidade terrível em minhas vistas.

- Tem certeza que está bem para trabalhar? - Camila me olha com preocupação cruzando os braços.

- Eu já lhe respondi o caminho inteiro até no elevador. - Pego uma folha branca nova e um lápis para começar a rascunhar um croqui.