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  -Juro-vos que foi o que ela fez!- disse para a Júlia e para o Nate.

Depois de uma tarde na piscina todos foram tirar uma sesta, menos nós. Estávamos no chão da sala, sentados em formato de triângulo a falar sobre tudo e mais alguma coisa.

Foi uma tarde bem passada, jogamos vôlei de piscina, fizemos competições e as classificações ficaram igual ao dia na praia, porém desta vez fiquei à frente da Rafa. De seguida, eu e a Rafa ficamos a apanhar sol para nos secarmos. O biquíni que estava a usar, acentuava perfeitamente as suas curvas e o tom de amarelo do mesmo realçava ainda mais a sua pele bronzeada. Naquele momento apetecia me beijá-la e dizer-lhe todas as palavras bonitas, mas não o fiz porque depois daquela, digamos, provocação, ainda pensaria que eu queria algo a mais do que elogiá-la. Vou ser sincero, haveria uma mini percentagem que queria algo a mais, ainda bem que não o fiz.

Continuando ao momento em que estou a contar agora, o Nate respondeu-me:

-Duvido, ela nunca faria uma coisa dessas. Ela tem mais cara de santa do que a rapariga da nossa turma, a Mila.

-Eu também não acredito que a Rafa ia provocar-te. Ela tem cara de só querer perder a virgindade depois do casamento.- afirmou a Júlia.

-Mas eu prometo, juro-vos. Parecia mesmo que ela queria algo a mais, queria me provocar. Eu arrepiei-me duas vezes e tive de pensar na minha avó para que não ficasse duro.

-Ok, ok, agora acredito em ti. Também já passei pela mesma situação, ter de pensar na avó para não ficar teso em público.

-Fodasse, a Joana é uma safada, provocar-te em público não se faz.- disse a Júlia

-Verdade Nate, acalma essa rapariga.- disse

-A culpa não é dela. E tu, Júlia, não devias ser assim com ela, tu não és feminista? Ela estava na altura da ovulação, onde ela fica com mais vontade de fazer, entendem?

-Ah, pois. Desculpa, esqueci que pode acontecer isso a algumas raparigas. Eu quando estou com ovulação só fico depressiva.

-Demasiado depressiva e continuas até acabar-te a menstruação.- disse

-Pois, mas graças a vocês eu não passo os dias inteiros a chorar. Volto a agradecer por isso.

-Não agradeças- dizemos-lhe ao mesmo tempo.

-Nós sabemos, quer dizer não sabemos, mas imaginamos o quanto difícil é isso e estamos juntos nisto desde a tua primeira vez.- disse de seguida

-Vocês fazem tanto por mim e eu não faço nada em troca isso é injusto.

-Cala-te idiota. Quem é que corre quando um de nós tem problemas com alguma rapariga? Quem é que sempre ajudou quando tínhamos alguma dúvida na matéria? Quem é que nunca nos deixou de lado por uma rapariga?-perguntou Nate- queres que continue?

-Não, acho que já entendi- disse a Júlia abrindo um sorriso e demos um abraço aconchegante.

-Está quase na hora do jantar, é melhor acordar a gente para se preparem. Hoje quem é que vai fazer o comer?- perguntou a Júlia quando saímos do abraço.

-Toda a gente faz um bocadinho de tudo, foi o combinado.- disse

E assim, nos separamos para ir acordá-los. Eu fui para onde a Rafa estava a dormir. Quando cheguei lá, estava a Rafa e a Beth a dormirem na cama onde a Beth ia ficar, ao lado da Rafa está a Tess sentada, abraçada aos joelhos e a olhar para a janela enorme que este quarto tem. Eu aproveito uns instantes para olhar para a vista, uma casa mais pequena do que a nossa que tapava quase a paisagem atrás dela, mas havia uma parte em que se conseguia ver. Mais próximo de nós conseguia se ver todo o tipo de casas, umas grandes como a que estamos agora, outras mais pequenas e ao longe via se montanhas só de natureza e com aerogeradores no topo das mesmas.

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