Capítulo 02

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(Estou publicando esse capítulo de novo, porque achei uns erros de ortografia, sinto muito por isso.Também queria agradecer a quem estiver lendo, demorou muito tempo para eu tomar coragem de publicar algo aqui, então muito obrigada mesmo!!)

Nos dias que se seguiram a senhora Uchiha tentou dobrar o marido com suas constantes lamentações e suspiros, mas isso de nada adiantou.

O senhor Uchiha continuou irredutível na sua escolha de não ir visitar o tão ilustre vizinho, ou a menos era isso que aparentava, já que sempre pretendeu ir visitá-lo e assim o fez, um dia após sua chegada.

Esse encontro passou despercebido pela esposa e os filhos,até que na manhã seguinte, quando estavam todos reunidos na sala e o senhor Uchiha comentou olhando o bordado do filho Izuna.

- Espero que o senhor Uzumaki goste, Zuna

- Não temos como saber se o senhor Uzumaki irá gostar, já que não vamos nos encontrar tão cedo

A senhora Uchiha rebateu, magoada com a provocação do marido

- Mas lembre-se que podemos encontrá-lo nos bailes e reuniões, mamãe - Madara falou tentando amenizar a situação - E que a senhora Saito prometeu nos apresentar

- Não teria tanta certeza disso, já que ela tem duas sobrinhas sobre o seu cuidado - A senhora Uchiha respondeu desfazendo o seu bordado com certa raiva

- Sendo assim, fico feliz que não dependa da boa vontade da senhora Saito

- Não, só da sua, meu caro

Era evidente que ela estava profundamente ofendida com o marido, mas não queria fazer uma cena na frente dos meninos, por isso se contentou em recriminar o pobre Itachi, que teve o azar de ser acometido por uma crise de tosse bem nesse momento

- Não faço por querer mamãe

- Então vá tomar uma colher de mel e pare de me azucrinar

- Pobre Itachi, não sabe tossir com descrição

O cometário arrancou risadas dos irmãos mais novos e deixou a pele alva do garoto vermelha de vergonha

- O senhor também não, papai - dito isso marchou para fora da sala, possivelmente atrás do mel

- Desculpe-me, querido - o senhor Uchiha falou mais alto que o costume para ser ouvido do corredor - Mas o que posso fazer se sua tosse é o único assunto seguro nessa sala?

- E os bailes, papai? - perguntou Sasuke, todo animado - Não vejo a hora do próximo, para podemos descobrir se o senhor Uzumaki é um bom dançarino

- Não acham que estão pedindo demais,não? Ele é rico, jovem e solteiro, mas vocês ainda querem que ele seja um bom dançarino

- Ora papai, gostar de dançar é meio caminho andado para se apaixonar - Izuna falou arrancando risadinhas pela sala

- Seus filhos não estão errados, meu caro, ou se esqueceu que me conheceu em um baile?

- Sim, foi aí que começou o meu percalço

A senhora Uchiha estava longe para lhe aceitar um tapa, mas a sua moldura de bordado não errou o alvo. E os meninos que estavam rindo, agora gargalhavam com as provocações dos pais.
Nessa hora entra Itachi, retornando da cozinha com um prato de biscoitos surrupiados da cozinha.

- O que foi que eu perdi?

- O papai chamou a mamãe de percalço da vida dele e ela tentou decapitá-lo com o seu bordado - Sasuke respondeu todo risonho do sofá que estava esparramado

- Chega dessas palhaçadas! Fugaku passe o meu bordado para cá, que eu ainda não o terminei e Madara, meu querido, diga-nos quando será o próximo baile

- Daqui quinze dias, mamãe

- Hum, e a senhora Saito só volta na véspera de Londres. Bom saber que os Hatake terão esse nível de intimidade com o senhor Uzumaki, enquanto ficamos a ver navios. Podem agradecer ao preguiçoso do seu pai por isso

- Não acho que mereço tamanha censura. Porque quinze dias não são suficientes para se conhecer o temperamento de um homem, principalmente quando uma das partes não é dado a sair de casa.

Os filhos mais atentos perceberam algo na fala do pai, mas a mãe estava muita aérea na sua raiva e os mais novos envolvidos na sua conversa sem fim.

- Que me importa o quão íntimos eles são? Já estou farta do senhor Uzumaki

- Por que não me disse isso antes? Teria me poupado da viagem de ontem, minha cara. Mas agora que já o visitei, não podemos tratar-lo como um estranho.

O espanto foi geral, assim como o senhor Uchiha tinha previsto, mas ninguém superou a senhora Uchiha, que nesse momento era um misto de emoções, ao passar da surpresa, alegria e indignação para com o marido.

- Fugaku! Não acha que está muito velho para essa brincadeiras?

- Pelo contrário, minha querida, são elas que me mantém jovem- disse isso depositando um beijo na bochecha da mulher e se virando para o quarto filho - Agora você pode tossir o quanto quiser, Itachi-san

E saiu da saleta em direção a biblioteca, onde pretendia se trancar pelo resto da manhã, decidido a preencher o livro de contas.

- Eu sabia que seu pai não seria indiferente nesse assunto, já que se trata da felicidade dos seus pequenos, mais que pai maravilhoso vocês têm

- Sim, ele nos ensinou tudo sobre provocações e pegadinhas, mamãe - o primogênito retrucou com um sorriso

- Vocês tiraram o dia para me tirar do sério, não foi?

- Não se preocupe, mamãe - Izuna responde, abraçado-a por trás - Foi com a senhora que aprendemos a brigar

- Ora seu! - Nesse momento todos os filhos saem correndo da sala, temendo os castigos da mãe, que definitivamente iriam vim a qualquer um que estivesse em seu alcance.

Os irmãos disparam pelo jardim, rindo e esbarrando um nos outros, seguidos por uma ofegante senhora Uchiha, que a muito tempo não acompanhava o pique dos filhos.

- Não vão muito longe.. ah, meu Deus... o senhor Uzumaki pode nos retribuir a visita hoje mesmo. Não vão se sujar!!

- Pode deixar, mamãe - Os cinco responderam em coro, antes de continuarem sua caminhada sem destino certo

- Esses meninos vão acabar me matando

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