Capítulo 5

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HASHIRAMA
Só fazia três dias que eu tinha chegado em Meryton,mas já tinha recebido muitas visitas, suponho que de todas as famílias da região, na maioria das vezes só vinham os chefes de família, um ou outro veio acompanhado de seu parceiro, nas poucas vezes que isso ocorreu foram com betas, eles costumam ser mais tranquilos em relação aos parceiros.

Depois de tomar um café da manhã reforçado, me encontrava com os braços afundados até os cotovelos em terra, estava transferindo uma maranta (a planta da imagem) para um vaso maior, ela estava muito apertada no antigo, ali ela teria mais espaço para suas raízes e poderia crescer mais e mais bonita.

Mesmo estando de joelhos e com as costas encurvadas, eu estava feliz como nunca, pois não havia melhor sensação do que a de entrar numa estufa e sentir o cheiro de terra, a umidade do lugar, a viscosidade das folhas sobre os meus dedos. O comércio podia ser a fonte da minha fortuna, mas era botânica que enchia os meus olhos.

Foi esse um dos motivos que me trouxeram para cá, Hertfordshire era um condado ainda muito arvorizado, com seus muitos bosques e colinas para todos os lados, quando passei de carruagem a quatro dias atrás me pareceu a região mais bonita que já tinha pisado. Era como se o paraíso se estender-se diante dos meus olhos e o que era para ser apens uma passagem se tornou o destino final.

Netherfield Park não tinha uma estufa, mas era a única casa da região que atendia as minhas exigências de tamanho e descrição, sendo assim minhas amadas plantas foram acomodadas na sala de visitas do térreo, que tinha janelas enormes por todo o seu comprimento e só era usada no inverno por ser muito quente.

-Senhor Uzumaki? O senhor tem visitas

Yamato, meu modormo e homem de confiança, me avisa da porta 

-Visitas? Pensei que elas já tinham terminado - pergunto me levantando e limpado as mãos num lenço velho

-O nome do nosso convidado tardio é Kaito Haruno, um homem na faixa dos cinquenta, veio acompanhado da esposa, parece ser mais jovem, talvez uns quarenta e cinco

Ele passa o seu relatório enquanto me direciona a um quarto próximo, lá uma bacia de porcelana com água gelada e toalhas de algodão aguardam meus braços sujos e peitoral suado, faço uma higiene rápida, vestindo uma camisa nova e um colete.

Era por esse tipo de eficiência que não trocava Yamato por nenhuma gorvenata, ele era pontual e sério no cumprimento de suas funções, mas também era fiel e não se deixava levar pelos fuxicos, tão comuns entre os criados.

-Estão lhe esperando na nova sala de visitas e...

-E?

-Não sei bem como dizer isso,nem sei se é alguma coisa, mas eles não paravam de olhar em volta, a mulher mau chegou a olhar nos meus olhos, bem diferente das outras pessoas que vieram lhe visitar, por isso não creio que sejam boas pessoas, foi estranho, se é que me entende, senhor.

-Fico feliz que se preocupe por mim, Yamato, mas não posso julgá-los sem conhcê-los e tenho certeza que eles não são tão ruins quanto você diz.

-Mas senhor...

-Traga o chá, Yamato

Paro de frente a porta, para dá uma última arrumada na minha imagem e entro logo em seguida.

-Peço desculpas pela demora, estava falando com o jardineiro - é melhor que eles não saibam sobre os meus hobbies por hora.

-Não tem problema, senhor Uzumaki, uma casa nova demanda muitos cuidados mesmo - a senhora Haruno me consola com um sorriso de compreensão, ela realmente parecia mais nova que o marido, mas tinha uma aparência bem comum.

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