Primeira Impressão

Capítulo 18

~ AVISO IMPORTANTE: Esse capítulo deveria ter quatro partes (duas narradas pelo Izuna e duas pelo Tobirama), só que eu simplesmente não estou conseguindo escrever a última parte do Tobirama, tá uma completa bagunça na minha cabeça, então eu decidi postar sem ela no primeiro momento para vocês não ficarem sem capítulo novo por mais uma semana
Espero que entendam e que apreciem mesmo assim

                    TOBIRAMA

 A noite de ontem tinha sido no mínimo interessante, por uma decisão estúpida o senhor Uchiha se encontrava de cama, o que levou Hashirama a ter um ataque de nervos, ele estava preocupadíssimo com o ômega, tanto que nada mais importava, o decoro e a educação foram colocados de lado, e eu pude ver o lado explosivo e autoritário do meu amigo, com o qual raríssimas vezes dei de frente durante o tempo que nos conhecemos.

 Talvez eu tenha subestimado a afeição que ele tem por esse ômega, acho que não se trata de uma simples paixonite de baile, como as muitas que ele teve durante os anos, as quais não se estendiam para muito além disso, uma admiração pela beleza e forma ou um interesse pelo temperamento e senso de humor.

 Por isso, mesmo não acreditando que seria útil, fiquei velando o leito do senhor Uchiha com ele, por medo dos rumores que poderiam surgir se os dois se encontrassem sozinhos no quarto, mas, principalmente, por medo do que Hashirama poderia fazer. Porque mesmo conhecendo seu caráter e integridade, é difícil acreditar que ele teria se segurado se estivesse sozinho com o senhor Uchiha naquele momento.

 No momento que seus olhos pousaram no pescoço desnudo do senhor Uchiha, eu vi como seus olhos se dilataram, eu senti os feromônios no ar e como o cheiro amadeirado tomou conta do ambiente. Era fácil ler a sua expressão naquele instante, desejo, desejo na sua forma mais crua, eu senti isso em cada fibra do meu ser, como o lobo dele queria tomá-lo para si.

 Creio que a mesma compreensão ocorreu ao senhor Uchiha, pois sua face ficou escarlate de tão vermelha e ele se remexeu inquieto no colchão, e mesmo quando a senhorita Uzumaki, que só deveria estar sentindo um por cento da tensão que se alastrava pelo quarto, interrompeu o momento jogando uma manta sobre o pescoço dele, a coloração vermelha nunca deixou seu rosto. Entretanto, em algum momento da minha guarda eu acabei adormecendo, o livro que estava lendo esquecido em algum lugar, e quando acordei, sendo chacoalhado por Hashirama, estava todo envergado numa cadeira dura e, o pior, babando.

 Mas a vergonha não era nada comparada à dor que tomou conta das minhas costas, creio que um surra teria doído menos, felizmente, depois disso fui agraciado com a maciez da minha cama e pude esticar as minhas costas doloridas. Só que a sensação incomoda ainda me acompanhou enquanto eu descia para o desjejum, que estava sendo servido, surpreendentemente, quase às dez horas da manhã, mostrando o quão tarde fomos dormir ontem.

 Estávamos fazendo a refeição num silêncio acolhedor quando o senhor Yamato entrou anunciando a chegada do médico, o senhor Wilson, Hashirama prontamente se levantou para recebê-lo, abandonando o pãozinho em que passava manteiga no prato, e o acompanhou até o quarto em que estava o senhor Uchiha e de lá não retornou, mas eu estava tranquilo com isso, pois o que tinha visto ontem foi um lampejo de consciência, Hashirama já havia retomado o controle sob si mesmo e não apresentava qualquer risco ao senhor Uchiha.

 Estava entregue a leitura das notícias quando o senhor Yamato entrou pela segunda vez, desta vez para anunciar a chegada de um dos Uchihas, meu primeiro pensamento foi que era sobre o senhor Izuna Uchiha que ele estava falando, mas por que ele estaria aqui a essas horas?E ainda mais desacompanhado? Minhas dúvidas são sanadas quando o vejo entrar logo depois de escutar o seu nome ser proferido, num passo calmo e comedido, que agora vendo em retrocesso, entendo que o fez unicamente para nos provocar, ao colocar uma postura e gestos tão bem executados para atuar junto de uma vestimenta tão suja e um penteado tão escandaloso.