Avatar: A Lenda de Luiza - A Ditadura das Quatro Nações {Livro 1}

37- Viagem Subaquática

Um corpo apático surge em uma correnteza de água agitada, flexionando-o até o fim de uma cachoeira em um fundo totalmente escuro e trevoso. O impacto da água faz a pessoa voltar a cabeça à superfície, Gabrielly.
A jovem debate seus braços na tentativa de nadar e escapar de aquilo tudo, algumas vezes se afoga, até que é surpreendida novamente ao cair de outra catarata de águas escuras, mas sua queda não tinha fim, ela despencava em um vácuo exuberante, até pousar em uma cadeira de madeira, onde cintos e fivelas automaticamente prendem em seus punhos e tornozelos, deixando-a preza e fazendo recordar de uma lembrança traumático. Ela ficava amarrada em uma sala soturna, onde apenas uma lâmpada localizada no centro iluminava uma pequena parcela do local. Militares velhos brotam do chão como sombras solúveis, se materializando ao redor da mesma e cercando-a com alguns materiais de tortura; lâminas, sacos para por em seu rosto e soca-lo em seguida, baldes de água gelada e tasers com a ponta elétrica pronta para desferir uma descarga de choque em seu corpo.

Gaby sacode sua cabeça e repete as palavras, com pavor: "Não!!" "Para!" "Sai! Fiquem longe de mim!". Seus olhos derramam lágrimas involuntárias quentes e abespinhadas. Inclinando sua cabeça o máximo possível para trás, ela consegue ter visão de Luiza conversando e debochando com Danilo, Thaís e Alexander, todos assistiam a cessão de tortura da garota de 1,73, mas nenhum fazia nada para ajuda-la, simplesmente a ignoravam o tempo todo, presos em uma bolha de panelinha social. O Avatar estava mais contente que tudo por estar em volta de pessoas novas.
Gabrielly assiste lentamente, enquanto suas lágrimas escorrem lentamente em suas bochechas assolada pelo sentimento de traição e inveja. Os militares continuam seus atos de maldades contra a fugitiva, mas a dor física já não era eficaz. Chega o momento em que os quatro param para olhar pra Gabrielly presa na cadeira.

- Ala! É a garota que não consegue nem fugir do EAD sem ser capturada! - Zomba Danilo

- Cara, mas que sonsa, ela não consegue nem usar sua dominação de terra para sair daí! - Diz Alexander rindo

- Vamos Luiza, deixa ela! Ela só vai atrapalhar seu progresso agora, somos seus novos amigos! - Diz Thaís, envolvendo o braço no pescoço do Avatar que também sorria para eles, sem prestar atenção em Gaby.

- Não... Não!! - Murmura Gaby, alterando o tom de sua voz para um mais intenso, enquanto ela ruge seus dentes e força os braços até arrebentar as fivelas que prendiam seus membros, realizar uma onda sísmica que atingisse todos os militares em sua volta e voltasse sua liberdade para correr até a direção do quarteto.

Gabrielly tenta correr desesperadamente para abraça-los, mas, quanto mais ela locomovia seus pés, mais ela era deixada para trás, como se estivesse caminhando em uma esteira de academia. Pungente pela sua inércia, ela para de correr, o cenário escuro ainda era angustiante, ela para um pouco para respira e se vira, deparando-se com seu pai dando um tapa em sua cara e a empurrando para trás, elas consequentemente cai de costas e fica em uma maca. Em 5 segundos, várias agulhas entram em seu corpo e realizam choques intensos em seus nervos, fazendo-a gritar agudo.

- Para!!! - Esbraveja Gabrielly, ao mesmo tempo que dispara ruídos de choro.

O estrilo de Gabrielly faz com que as agulhas se cessem e a deixe cair no chão, logo, se levanta e depara com um militar apalpando seus seios com a mão ao mesmo tempo que outro tenta retirar sua roupa.
Irritada, a adolescente dá um coice no homem de trás e rouba a faca do da frente, que logo desaparece, deixando apenas o outro que foi disparado pra longe.
Gabrielly esfaqueia-o com um simples golpe no peito, e logo as alucinações mudam, mostrando ser Liana, sua mãe.

- Gaby... Você me esfaqueou... Por que tentou me matar?? - Murmura Liana enquanto cospe sangue, caindo de costas.

- Mãe!! Não!! Eu não quis isso!! Me desculpa!! Mãe! Mãe! - Sibila Gabrielly, tentando segurar a mulher pelos braços, depois se desvencilha, vendo que suas mãos estavam sujas de sangue.