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S/N POV 

Pode alguém viver um sonho que não acaba nunca? Mesmo com todas as diferenças e desavenças, minha vida com Noah caminhava para a perfeição. Era quase um sonho, depois de ser a milionésima mulher dele, ser agora nada mais que a Senhora Urrea. 

Não queria parecer convencida, nem nada disso. Mas estava “me sentindo”. Afinal, mais uma vez consegui arrancar lágrimas de Noah . E não só lágrimas. Eu não esperava aquele juramento vindo de livre e espontânea vontade. Aliás, ninguém esperava. Chorei de emoção, chorei de amor... Deus... esse homem ainda ia ser minha ruína. Uma ruína bem prazerosa , devo dizer. 

- Vamos demorar a chegar, Noah? 

- Não. Com pressa para a festa? 

- Sim. 

- Não sabia que era tão chegada a festas. 

- E não sou. Mas quanto antes acabar a festa, melhor. Assim terei você apenas pra mim. 

Seus olhos faiscaram, o verde aumentando de intensidade. 

- S/n... você sabe o que acontece quando me provoca. 

- Sei... 

Rocei minha língua em seus lábios e depois mordi. 

- Você me pega com suas mãos fortes e me faz ver estrelas, literalmente. 

Antes que ele pudesse falar ou agir, a limusine parou. 

- Anhã... salva pelo gongo.

A porta ergueu-se e Noah se adiantou. Do lado de fora estendeu a mão para mim. Tentei segurar um pouco a cauda do vestido antes que ela me levasse ao chão. 

- Está maravilhosa. Mas não vejo a hora de tirar esse monte de tecido daí. 

- Contenha-se. Tenho que estar apresentável. 

- Ainda que estivesse usando um trapo qualquer estaria deslumbrante. 

Observei o lugar. Era um clube privativo, onde somente os poderosos tinham acesso. Então estávamos no lugar certo. 

- Meu Deus... Sabina e Wendy se encarregaram disso tudo? Pra que? Você nem gosta de festas, Noah. 

- Faço isso pela minha rainha. 

E beijou minhas mãos. 

- Até que enfim... só faltavam vocês. 

Wendy nos empurrou para dentro do salão que já estava lotado. Nem sabia que Noah tinha tantos “amigos” assim. Fomos fazer os cumprimentos . Ele é claro, fazia a tromba de sempre, quando aparecia algum homem para me cumprimentar. 

Percebi a rigidez dos seus músculos quando James apareceu para nos cumprimentar. 

- Meus parabéns, chefe. Estamos muito felizes por você. 

- Obrigado, James . 

Ele falou quase sibilando. E seu olhar impediu que James me abraçasse. 

O PODEROSO URREAOnde histórias criam vida. Descubra agora