Algo inesperado

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𝕰ra sexta a noite, eu estava junto com Juliette assistindo a um filme de terror na televisão.

Era um filme de uma casa mal assombrada, eu amava filmes assim mesmo morrendo de medo, Juliette estava com a cabeça nas minhas pernas.

- Levanta Porra! - falei alto com uma loira que caiu atropeçando nos próprios pés - Ai! - Gemi quando senti um tapa estralado no meu braço - Porque me bateu doida?!

- Já falei pra você parar de ficar falando palavrão, ridícula.

- Ontem você não reclamou - resmuguei baixinho, Juliette me fuzilou com os olhos - OK, desculpa, coisa chata - me curvei e mordi o queixo dela fazendo Juliette revirar os olhos e olhar novamente para a Tv - Porque você está com essa cara Juliette? Ficou o dia inteiro pensativa, e não adianta fingir que eu sei que você ficou o filme inteiro boiando.

- Não posso pensar mais?! - exclamou se voltando para mim novamente.

- Se eu soubesse que vaca dava coice tinha jogado o capim mais de longe! - falei sem pensar, Juliette se sentou num pulo e começou a me estapear - Ai calma! Estava brincando, ignorante! - Juliette nem me deu ouvidos e continuou me dando uns tapas ardidos, segurei os braços dela e taquei um beijo, foi tempo de dar um selinho nela e a doida me tacar uma mordida, dei um pulo me afastando com a mão na boca - AH! - gritei quando vi minha mão com sangue - Porra Juliette! Porque você fez isso sua louca?! - falei brava me afastando de perto dela, vai que ela me morde novamente.

- Você me chamou de vaca sua idiota! E depois tentou me beijar ainda! - protestou irada, se levantando - Não sai daí.

Subiu as escadas correndo enquanto eu olhava espantada para minha mão ainda.

- Deixa que eu limpo! - falei pegando a caixinha da mão dela quando Juliette voltou e tentou pegar meu rosto, peguei o pedaço de algodão que ela tinha pegado e passei na minha boca fechando os olhos com força quando começou a arder, depois de limpar por cima entreguei as coisas pra ela sem olhar na cara dessa ser humana.

Fiquei sentada olhando para a televisão e ela do meu lado lado, após alguns minutos Juliette tocou o meu braço e eu me afastei novamente.

- Desculpa, estou de TPM - falou monhosa subindo no meu colo e tentando me abraçar.

- Sai Juliette, eu também fico de TPM e não fico te mordendo, você me machucou - disse irritada tirando os braços dela dos meus ombros.

- Desculpa Sarará, por favorzinho, não quero você brava comigo logo agora que vamos viajar...eii...

- Sai, não era para ter me mordido sua louca.

...

Desde ontem a noite não estou falando com Juliette, ela já chorou, tentou me agarrar, me bateu e tentou se desculpar mas mesmo assim não voltei atrás na minha decisão, ela fez um estrago na minha boquinha só porque chamei ela na brincadeira de vaca, e não era minha intenção!

Os avós da Juliette moravam em Oahu, era um lugar lindo, só fui duas vezes lá, os avós da Juliette eram uns amores, o único que eu nunca conheci foi o pai dela e a mãe, Juliette já tinha me falado que a mãe abandonou ela quando era bem pequena com o pai. Os avós da Juh eram apaixonados por ela, mimavam ela igual criança e eu estava com saudades deles.

- Nê... acorda - franzi o cenho quando senti algo molhar meu rosto - Sarará, já estávamos chegando. ... - agora molhava meu pescoço nunca sensação gostosa, abri os olhos e me afastei rapidamente quando percebi quem estava fazendo isso - Não está falando comigo ainda? - revirei os olhos e comecei a me arrumar, nem percebi quando dormi, a viajem era longa, não como seria com um avião normal porque o jatinho era mais rápido, Juliette tinha um, mas só usava quando ia para Veneza ou para algum lugar mais longe, apesar de saber pilotar ela preferiu não o fazer.

Levantei e fui pro banheiro sem falar nada, lavei meu rosto tentando ficar apresentável e fiz um coque nos meus cabelos que estavam enormes, eu precisava cortar.

Após um tempo eu sai e franzi o cenho quando não encontrei ela, quando a aeromoça veio me perguntar se eu queria alguma coisa perguntei de Juliette que estava demorando muito.

- A senhora Freire está na cabine do piloto - disse simples e eu estreitei os olhos.

Oque essa bendita estava fazendo na Cabine do piloto?!

Mesmo morrendo de vontade de ir lá não fui, afinal eu não estava falando com ela, Juliette não saiu de lá até o jatinho pousar no aeroporto de Honolulu, ainda saiu rindo e toda cheia de conversinha com o piloto que era um cara enorme, o típico tipo dela, cara alto, que dá 3 dela, e bonitão, bufei mas fiquei na minha com as mãos tremendo de raiva já.

- Vamos? - perguntou me vendo ainda sentada.

- Já Terminou? - perguntei irônica.

- De conversar com O Leonardo? - concordei a contragosto - Ah sim, sim, então vamos?

Me levantei e fui andando na frente dela puta da vida.

...

- Filha! - A avó de Juliette, Maria, abriu os braços e ela se jogou lá.

O avô de Juliette veio buscar a gente em Honolulu de barco, e nos levou até O'ahu, a casa deles era de frente para a praia num local meio deserto, era voltado por areia branca e toda de madeira, não era muito grande, menor que a nossa, mas muito linda e aconchegante.

- Menina Sarah! - a mulher exclamou tão animada como quando viu Juliette, e me abraçou forte também - achei que tinham esquecido de nós... querida! - arregalou os olhos quando se afastou do abraço - Céus, como fez isso nos lábios?!

- Um animal me atacou Dona Maria - Juliette fechou a cara e olhou pro mar.

- Falei para Juliette que era perigoso morar no meio do mato! - ri e concordei.

Dona Maria fez um jantar maravilhoso para nós, eu e Juliette devoramos tudo, estávamos morrendo de sono e fome, eu só queria dormir e esquecer Juliette, os avós de Juliette tinham que abrir o quiosque, estão após o jantar nos colocaram no quarto de hóspedes e mesmo contra a vontade foram trabalhar, o avô de Juliette queria ficar em casa para não deixar a gente sozinha mas após muitas insistência nossa acabaram indo.

- Ei, Sarah... - começou Juliette dengosa quando eu sai do banheiro de toalha após um banho rápido só para tirar a sujeira da rua.

- Não começa, não quero saber de papo com você - desviei e peguei um dos travesseiros e um cobertor e empilhei na cama.

- Aonde você pensa que vai?!

- Dormir na sala! - Me abaixei tirando uma roupa pra dormir da mala e entrando no banheiro novamente.

- Ah, não vai mesmo! - gritou batendo na porta - Para de infantilidade Sarah Andrade! Só foi uma mordidinha e eu já até destronquei meu pulso por tua culpa!

Coloquei a bermuda e blusa de seda do baby doll, ambos verde, e sai do banheiro dando de cara com Juliette que me secou na cara dura quando me viu.

- Nossa... - sussurrou mordendo os lábios olhando diretamente para meus seios.

- Não é só por isso! Você também FICOU FAZENDO OQUE DENTRO DA CABINE DO PILOTO?!

- EU ESTAVA TENTANDO TE FAZER CIÚMES! - voltou a olhar para meu rosto irritada também.

- NÃO QUERO SABER! SE FOSSE EU VOCÊ IA FAZER ESCÂNDALO! - Sai batendo no ombro dela mas Juliette me puxou pela cintura, senti minhas pernas amolecerem, porra de pegada gostosa, e a filha da mãe ainda foi lá e apertou meus seios de um jeito que eu quase gemi.

- Para Sarah... Não gosto de ficar assim com você...me desculpa... Porque você não me dá um beijo? Vem cá... - sussurrou por trás no meu ouvido.

- Porque minha boca está ferrada! E você está suja.

- É só um beijinho e eu faço devagarinho...

- Não... - falei já cedendo, Juliette me virou e me deu um beijo calmo que logo foi ficando mais quente e rápido, ela foi caminhando de costas até a cama e sentou me puxando pro seu colo, não me fiz de rogada e fiz, agarrei o cabelo dela e puxei com força, as mãos dela já estavam passeando pelo meu corpo e a minha livre apertando o seio dela que já estava com o bico rígido, dava pra sentir mesmo por cima da blusa que ela estava.

- OQUE significa isso?!

A Má-Drasta (Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora