𝕬cordei com uma dor de cabeça imensa.
Por sorte eu não estava com vontade de vomitar, apesar de minha barriga estar se embrulhando.
Me levantei com dificuldade e me sentei na cama, ainda desnorteada, olho ao redor.
Porra eu não tô na minha casa!
Vejo as paredes vermelhas, a cama de solteiro, as revistas de mulheres peladas jogadas pelo chão.
É, esse definitivamente não é meu quarto!
Suspiro em alívio lembrando que esse é o quarto da Thais, mas é essas revistas de mulheres peladas...?
- Caralho! Que nojo - tampei meus olhos quando vejo Thais pelada sobre o tapete preto, com os olhos fechados vou até ela chutando o corpo - acorda porra.
- Uhn, Carla? Amor é você? - murmura grogue pelo sono.
- Não, sou eu.
- Affs Sarah... AHHH! - grita me assustando - você me estrupou?!
- Não! Que nojo! Eu lá sei o que você está fazendo aí caida no chão peladona, eu só me lembro de estar caida no chão pensando na... ninguém.
- Pode me olhar - Tiro as mãos dos olhos vendo Thais já vestida com um lençol, suspiro aliviada, logo sinto um tapa forte no meu braço, olho espantada para Thais - Você é uma péssima amiga! Não acredito que me deixou ir na casa da Carla!
Arregalo os olhos lembrando lentamente de tudo de ocorreu ontem pela noite, sentei na cama enquanto minha amiga começa a falar o que aconteceu.
- O infeliz do Arthur me levou até a casa da Carla pra ver ela me batendo, por sorte ela me deixou entrar em casa e me perdoou - é o fim do mundo!
- Eu não sei mais de nada - levanto as mão em rendição, a humanidade é um mistério absoluto para mim, definitivamente.
- E eu estava pelada porque após o beijo Carla me mandou para casa, o Arthur ficou com cara de tacho porque achou que a Carla ia bater em mim, quando eu cheguei em casa estava com calor e tirei a roupa pra dormir pelada - deu de ombros - opa, opa! Agora me explica essa história de você e a Juliette! Você tá pegando tua madrasta?! Sua safada.
Sinto meu rosto ruborizar, fecho os olhos com força e nego com a cabeça.
...
As exatas 17:00 horas da tarde eu já estava em casa, Thais mesmo sendo uma imbecil me deu um bom conselho.
Eu tinha que sair desse chove mas não molha.
OK, foi um péssimo conselho, mas eu ia seguir mesmo assim, porque não aguentava mais essa confusão que a Juliette estava fazendo na minha cabeça e a ideia de ver ela com alguém sério me deixava desesperada, e se eu brincasse era isso que ia acontecer mesmo.
Eu não ia invadir o banheiro dela enquanto ela estivesse tomando banho porque tenho amor a minha vida, além de claro, isso não serviria de nada porque eu nem sei o que fazer.
O céu estava em um misto de laranja e roxo lindo, eu estava jogando tudo pra cima, não ia deixar ela brincar novamente comigo. Quando o carro preto parou na frente da entrada da casa de pedra e madeira eu desci a passos pesados, eu estava determinada, não ia dar espaço pra minha covardia ou minha vergonha na cara agir, eu queria isso a tempo demais e eu ia fazer.
Subo a escada de madeira, o único som ali era o dos meus passos ecoando pelo corredor, antes de chegar até a sala de Juliette ouço ela conversando com alguém no telefone, abri a porta bruscamente, a mesma bate contra a parede e Juliette que estava de costas para ela, olhando o movimento lá fora se vira com o susto e abre a boca em surpresa pela minha, novamente, ousadia de entrar assim em sua sala.
Shameless - Camila Cabello
O telefone ainda em estava em suas mãos, ela estava linda, os pés descalços, estava com uma bermuda jeans curta amarela e uma blusa tomara que caia branca rendada, o cabelo estava natural, ela fechou a cara, séria, provavelmente devido a minha atitude e torceu os lábios.
- Isso é manei...
Interrompi sua fala caminhando determinada até ela, eu estava drogada pela determinação, por isso não pensei duas vezes em puxar a sua cintura contra mim, fazendo ela soltar um gritinho, surpresa.
- Você não pode bagunçar minha mente assim - Juliette estava com os olhos arregalados e a respiração descompassada, agora sem saltos ela esta menor que eu, levei minha mão até sua nuca e grudei nossos lábios, o telefone ficou penso pelo fio e as mãos dela não demoraram em ir até meus ombros tentando me empurrar.
Céus é tão bom ter os lábios dela sobre os meus, eles são tão macios...
Tentei forçar a entrada da minha língua mas Juliette estava determinada a acabar com o beijo e não cedia, mas eu não recuei, já tinha recuado demais antes, comecei a movimentar meus lábios sobre os dela, mesmo esse contato mínimo me hipnotizava, me fazendo querer mais e mais, se antes eu já não conseguia parar de pensar nela agora que eu não ia tirar ela da cabeça.
As mãos que antes tentavam me afastar, após um grunhido de rendição mesclado a frustação, começam a me apertar me trazendo para mais perto dela, e ela, enfim, começou a se entregar ao beijo, não demorou muito para ser a língua dela a invadir a minha boca sem permissão, Juliette começa a tomar domínio do beijo, controlando o movimento de nossas línguas, comecei a chupar a língua dela, viciada no sabor, era mil vezes melhor do que nos meus sonhos, minhas mãos descem até às coxas dela, logo a fiz circular minha cintura com elas, os braços de Juliette envolvem o meu pescoço me puxando cada vez para mais perto, a coloquei na mesa dela, derrubando canetas e papéis no chão com o ato.
As mãos dela passam lentamente pelos meus braços, arranhando com as unhas curtas minha pele, elas vão até minha cintura e logo entram por baixo da minha camiseta arranhando minhas costas.
Meus pelos todos se arrepiam e quando senti que meu ar estava faltando, puxei com força o cabelo dela para trás, Juliette ainda estava com os olhos fechados e lentamente mordeu os lábios com um leve sorriso safado de lado, as mãos me arranhando com mais força, mordi lentamente o queixo dela causando um suspiro na mesma, não resisti ao seu pescoço totalmente livre para mim, comecei a dar leves beijos vendo ela se arrepiar e me apertar contra si com mais força.
- Hummm - gemeu baixinho quando dei uma mordida no ponto de pulso dela, olho de relance para ela, vendo seus dentes prensarem com força os lábios carnudos, os olhos fechados e a respiração pesada, vez ou outra ela dava uma leve tremida, comecei a distribuir chupões por todo seu pescoço vendo as marcas vermelhas e algumas até roxas aparecerem, abri um leve sorriso com isso, satisfeita. - Não era pra você me marcar, idiota... - disse entre gemidos e suspiros, também soltei um gemido baixo quando ela arranha desde o começo até a lombar das minhas costas, Juliette me empura pelos ombros e me olhou com os olhos totalmente escuros.
Eu estava tão excitada que nem ao menos o olhar dela me olhando tão intensamente de cima a baixo me deixou nervosa, as mãos dela envolveram a bainha da minha camiseta larga e logo ela tirou, a jogando em um canto qualquer, ela mordeu os lábios olhando meu tronco somente com a peça de cima íntima, e passou o indicador pela minha barriga, meio dos meus seios até chegar aos meus lábios no qual ela contornou, por fim me olhando nos olhos.
- Não devia ter começado isso, garota.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Má-Drasta (Sariette)
Hayran KurguEla era minha "amada" madrasta. Não confie nas aparências, descobri isso da pior forma. +18 •ADAPTAÇÃO• Essa história NÃO é de minha autoria. Todos os créditos a autora original: @ArcoirisJauregui