Alto preço

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𝕮alor.

Estava uma temperatura baixa mas o suor escorria pelo meu rosto.

Eram 18 da noite, e eu estava de joelhos sobre o chão de madeira lustrando o chão da sala, hoje eu lustrei a cozinha e agora estava fazendo o mesmo no chão da sala de entrada, por sorte a casa apesar de totalmente atraente não era tão grande, apesar da nossa boa condição Juliette não gostava de esbanjar e muito menos eu, estava prestes a terminar, Juliette me mandou fazer isso de manhã e como eu não queria deixar ela mais puta, obedeci, estava concentrada ouvindo uma música metálica nem reparei quando trocou para Get on your knees e passos se aproximaram de mim, quando olhei para frente, vi pernas bronzeadas e bonitas, subi o olhar até encontrar o rosto de Juliette que estava me olhando intensamente.

Ela me olhava de cima enquanto eu estava ajoelhada no chão e após lamber os lábios negou com a cabeça franzindo o cenho.

- Esta fazendo um ótimo trabalho Sarah, termine isso, tome um banho e vá me ajudar na minha sala...

E assim ela subiu pelas escadas novamente.

Mesmo confusa terminei, e as 21 horas já estava na frente da sala de Juliette batendo.

- Entra Sarará - odiava quando ela me chamava assim... entrei encontrando a sala no mesmo estado de sempre.

-Tira pó dos livros na estante, por favor Sarah - ela disse com os olhos ainda fixos na tela do computador, bufei discretamente, sério que ela me mandou tomar banho para tirar pó?

Após pegar um pano começo a fazer isso, só podia sair dali 23 horas então tinha tempo de sobra, até que o telefone toca.

Juliette bufou e estendeu a mão para pegar o mesmo sobre a mesa de metal ao lado da sua mesa de trabalho.

- Quem está ligando essa hora da noite? seu tom era irritado, como era provavelmente algo relacionado a trabalho resolvi não dar atenção e continuar a tirar pó dos livros de financias e outros termos super entediantes.

Após alguns segundos de silêncio ela me chamou e me virei para ela, Juliette estava vermelha uma das mãos em punho cerrado e a outra apertava com força o telefone.

- É para você - ela diz pausadamente com praticamente fogo saindo pelos narizes, céus oque poderia ser dessa vez? A mulher nunca tinha ficado tão louca assim do nada comigo duas vezes no mesmo dia!

Estranhei mas pego o telefone, o colocando no ouvido.

- Sou eu Caipira! - a voz animada do outro lado da linha denúnciou quem era.

- Ah Thais! Já estava ficando curiosa! No final era ti! - digo rindo

- É Caipira, tenho um negócio para te contar!

Olhei para Juliette e ela estava me olhando fixamente com mandíbula trincada, ela não tinha gostado da minha amizade com a Thais, sabe Deus porque.

- Hey Thais, me liga mais tarde, OK? Ou melhor depois te ligo estou ocupada fazendo umas coisas aqui e depois quando estiver livre te ligo para você me falar, OK?

- Okay Caipira, mas não esquece, tudo bem?

- Claro! tchau! Beijos!

Término a ligação e entrego o telefone para Juliette, ela coloca ele com força na mesa me fazendo pular assustada.

- Quem era? - rosna

- A Tha...

- Quero você longe dessa garota está me ouvindo?! - seu tom era totalmente possesso, a mulher estava louca!

- QUE?! Porque?! - exclamo exaltada

- Porque eu não quero você de vandalismo com ela, tenho certeza que foi ela que colocou na sua cabeça pra ficar destruindo as coisas! Eu sei que vocês ficaram de gracinha na floresta como sei que você ficou até de madrugada conversando com ela!

- Oque...? Não entendo... Como você sabe?!

- Não precisa entender, vai fazer e pronto! Dúvido que você e ela já não...

- Eu não vou ficar longe dela só porque você quer Juliette! Você está louca! Não sei de onde tira essas asneiras...

- Ah você vai, caso não se esqueceu eu quem mando aqui bonitinha! E você vai fazer isso nem que eu tenha que te deixar trancada em casa para isso!

- Me deixa! Eu fujo!

Juliette se levantou e contornou a mesa ficando de frente para mim.

Ela agarrou meu braço e me puxou para perto dela.

- Nem pense nisso, eu te acho e te tranco no porão se for necessário - aos poucos o olhar dela se suaviza e ela arqueia as sobrancelhas negando com a cabeça baixa - eu estou querendo o melhor para você... - ela tenta tocar meu rosto com uma das mãos, mas eu me afasto e tento sair da sala - onde você pensa que vai ?! Ainda não é seu horário!

- Que se dane

- Tem certeza?

Droga! Eu odeio tanto essa mulher...

Eu devia socar ela! Até ela parar de se meter na minha vida!

Mas tudo que vai volta, não é?!

Então me limito a mostrar o dedo do meio para ela e ir para as prateleiras ouvindo uma risada da Juliette.

Ela ainda vai me pagar por tudo...

A Má-Drasta (Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora