O Bar

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𝕳oje era o nosso último dia na ilha, amanhã de manhã iríamos embora cedinho.

Ficamos a tarde inteira passeando na ilha e nadando, quer dizer eu nadava e Juliette só ficava olhando, Juliette nunca aprendeu a nadar, eu acho meio surreal já que aprendi a nadar sozinha e sempre achei super fácil, amei poder andar de mão dada com ela e espantar os caras que chegavam nela.

Juliette ficava um cu quando estava menstruada, ficava me dando carinho e do nada não queria nem conversar comigo, graças a Deus acaba na terça, então eu vou poder transar com ela, a infeliz me provoca e depois fala que está menstruada, parece que gosta de ver meu sofrimento.

Eu estava secando meu cabelo enquanto Juliette estava terminando de se maquiar no banheiro.

Hoje nós iamos no quiosque dos avós dela, íamos dançar e beber, quer dizer, beber uma vírgula porquê Juliette não me deixa beber muito.

Eu já tinha colocado minha bermuda jeans clara e uma blusa preta simples, nunca fui de exagerar me arrumando mesmo, diferente da minha adorável Madrasta claro, que ficava quase duas horas tomando banho e mais duas horas se arrumando.

Eu fiquei esperando vários minutos sentada, estava comendo um chicletes e Jogando um joguinho ridículo que eu controlava um rato, quando a porta do banheiro se abriu e minha boca foi no chão, Juliette estava com um vestido de crochê branco delicado de alças que na parte da barriga era meio transparente, estava com uma sandália sem saltos, algo que era muito incomum nela, os cabelos estavam enrolados e soltos, e ela estava com uma maquiagem simples com um batom vermelho.

- Gostou? - perguntou escorada na porta do banheiro.

- Nossa sinhora... Delícia! - sorriu se achando - mas você não está menstruada?

- Só vêm bastante no primeiro dia, depois vem bem fraquinho, e eu estou com absorvente interno - deu de ombros.

- Mesmo assim, é coragem, vai que suja seu vestido - Juliette revirou os olhos.

- Não vai e se sujar sei que foi porque você ficou jogando praga - veio até a cama e subiu sobre o meu quadril e se curvou me cheirando - Nossa, porque está tão cheirosa?!

- Estou tentando atrair uma gata ai, pena que ela só me morde - ri e puxei ela pela nuca e dei um selinho.

- Vou morder de novo se ficar fazendo escândalo como fez hoje quando o rapaz só pegou meu protetor solar que tinha caído - mordeu meu queixo de leve e depois deu um selinho ali para em seguida sorrir - Totalmente desnecessário.

- Você já deu chilique por menos! A diferença é que eu falo e você fica amaldiçoando a pessoa e olhando como se quisesse fazer virar pó.

- Só faço isso QUANDO sei que estão de olho em você, e eu nunca falho - bufou - Vamos que já me estressei com você - se levantou séria do meu colo e me puxou pelo braço para eu seguir ela.

Fica mais louca que o normal mesmo.

...

Freire's Bar, como era o nome do quiosque dos avós de Juliette, que não sei porque falavam quiosque, mas parecia um restaurante chique/ bar, era de madeira, com aqueles tetos estranhos que pareciam ser feitos de palha, era bem claro e quase de frente para o mar, era bem famoso na ilha, estava lotado quando eu e Juliette chegamos.

Os avós da Juliette não tinham carro, eles preferiam caminhar ou usar bicicletas quando tinham que ir para muito longe embora quase nunca se afastasse muito de casa, mas a casa deles era longe do bar, não sei como eles conseguiam fazer o trajeto quase todo dia.

Quando chegamos Juliette já estava amorzinho comigo novamente, não estávamos de mãos dadas já que Juliette disse que estava calor, mas quando chegamos ela já agarrou minha cintura, me deixando perto dela.

Ela acenou para os Avós dela que estavam atrás do balcão conversando com um jovem e me puxou até uma mesa com dois lugares, não demorou muito para um menino magrinho pegar nossos pedidos.

- Não mudou nada, né? - comentei observando o local.

- Verdade Sarah, está completamente igual! Quero ver se a tequila contínua igual! - riu negando com a cabeça.

- Também espero - falei com uma risadinha.

- Nem pense, você não vai beber tequila, você não é acostumada a beber e é muito forte, o máximo que vai tomar é um Cuba e olhe lá.

- Sério Juh?! Eu sou mais forte que você, sempre... - fiquei quieta e Juliette estreitou os olhos - Eu bebi na festa e nem fiquei tão bêbada.

- Não?! Haha, você meu amor, quase não conseguiu subir as escadas sozinha! - Caiu na gargalhada.

- Não, mas consegui te fazer gozar mais que três vezes, e você não pareceu me achar bêbada enquanto eu fazia isso - Juliette parou para pensar - pessoas bêbadas não conseguem ficar a noite inteira acordadas.

- Mesmo assim tequila é muito forte e você vai ficar ruim, melhor não - abri a boca para contestar mas o rapaz chegou com nossos pedidos, que era uma porção grande de camarão, um refrigerante de laranja e um Mai Tai, era um Drink servido numa taça "Fiesta" tipo na de Margarita com gelo salpicado e uma rodela de abacaxi e um palito de mini guarda-chuva.

Após agradecer o rapaz saiu deixando a gente sozinha, peguei o copo que estava com o meu refrigerante e quando ia tomar vi uma mulher que estava numa mesa afastada levantar uma taça de vinho me olhando e sorrir para mim, ela era bem bonita, era loira, sorri e levantei meu copo também.

- Oque, você está se arreganhando Sarah Andrade?! - Juliette exclamou após me dar um tapa forte no braço.

- Que dor Juliette! Para de bater em mim! A mulher ali, estava me cumprimentando - apontei para a loira que ainda estava me olhando rindo, Juliette deu um giro na cabeça e rosnou olhando a mulher.

- Sua otária ela está dando em cima de você! E você fica correspondendo! Se eu ver você olhando essa mulher novamente eu mato ela e arranco teus olhos! - Juliette estava vermelha e com os dentes cerrados.

-Tá bom! Eu achei que ela estava desejando saúde! - falei manhosa massageando meu braço.

- Estou de olho em você Sarah, você tem essa cara de paisagem mas é malandra!

- Eu não sabia Juliette! - falei na defensiva.

Ficamos naquele silêncio absoluto por algum tempo até eu pegar a mão dela e entrelaçar nossos dedos.

- Foi mal Juh, juro que nem olho pra lá novamente ... Eii - me olhou ainda emburrada e eu dei um sorriso largo fazendo Juliette sorrir também e revirar os olhos - te amo ciumentinha - sussurrei.

- Ridícula.

- Estava pensando, já que seus avós já sabem ...- olhei para ela e Juliette concordou com a cabeça para eu continuar para logo em seguida beber seu Drink - Bem que você podia falar pra Ker e Pocah, não é?

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Minha genteee, vamossss se despedindo dessaaaaaa fic...

Está bem, bem no finalzinho

A Má-Drasta (Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora