A Má-Drasta (Sariette)

Provocação

𝕰u estava fervendo de raiva e ódio da imbecil da Sarah, meu corpo estava todo quente de puro ódio!

Ela entendeu tudo errado, eu não quis dizer ela que me induziu ou algo do tipo, na verdade nem eu mesma sei oque quis dizer, eu estava com medo, eu estou com medo... medo do que sinto por ela, ela não entende a dimensão disso agora, ela age por impulso, e o pior é que quando estou com ela faço o mesmo.

Eu me sentia mal por Rodolffo, afinal ele é um ótimo amigo, me respeitava até demais, é simpático, engraçado, um bom rapaz, um verdadeiro cavaleiro, ele é perfeito para mim como Diego foi, mas eu não podia me controlar... eu não sentia nada além de amizade e carinho por ele como aconteceu no passado.

Já com a Sarah, tudo era a mil por horas, meu coração acelera quando ela me beija, me sinto completa quando a primeira coisa que vejo quando acordo é a carinha serena dela dormindo com um biquinho fofo, tudo parece perfeitamente encaixado, principalmente quando nossos corpos estão juntos... É uma explosão, eu desligo só quero mais e mais dela...

Eu só desejava que estivesse em outra situação, que Sarah não fosse minha enteada e tão mais nova, para eu poder me jogar nos seus braços e dizer o que sinto por ela, que quero ela só pra mim do jeito que eu só sou dela.

Mas ela era uma ignorante que não via nada além do seu ponto de vista, uma grossa, imbecil, ridícula, lerda, gostosa e linda...

Rodolffo após me dar um beijo na mão se retirou com seus pais, ele ficaria na cidade próxima até amanhã de noite quando o jato do pai dele ia vir buscar eles, mas antes deixou essa atirada da irmã dele pra dar encima da minha Sarah, sim, porque desde que ela chegou eu vi ela com segundas intenções com minha bebê, e ela ficava dando trela! Ela estava falando no ouvido da Sarah enquanto a cretina dava risadinha, cínica, agora ela estava no meio da pista com as duas assanhadas disputando a atenção dela, era um puxa Sarah pra cá e puxa Sarah pra lá que eu estava quase tonta.

- Daqui a pouco vai quebrar o chão - Kerline surgiu ao meu lado com duas garrafas de cerveja, me ofereceu uma que eu virei num gole só - Vai com calma - disse divertida - Não quero ter que cuidar de ninguém bêbada como aconteceu aquela vez na faculdade.

- Estou calma até demais amiga - uma força sobrenatural estava me pretendendo ali, parte de mim queria sair e chorar pela possibilidade de perder a minha Sarah que eu agora tinha um pouco mais... e a outra parte queria puxar ela e gritar para ninguém tocar nela pois Sarah era minha! Só os meus lábios podiam passar por aquele corpo, só minhas mãos podiam apertar ela.

Essa parte geralmente falava mais alto.

Mas não, eu continuava batendo os pés impaciente olhando a cena de Sarah dançando entre seus amigos com as duas morenas quase tirando a roupa na frente dela, e ela olhando e sorrindo, imbecil, RIDÍCULA

- Rodolffo? - perguntou Kerline olhando preocupada pra mim, ela me conhecia muito bem, e tinha uma intuição incrível, pegou no ar que eu estava puta da vida.

- Quem dera - revirei os olhos enquanto bufava.

- O gostosão está aqui, Ju - sussurrou apontando discretamente para a entrada, quando olhei na direção, era Bil, com uma blusa polo e calças jeans, ele estava bonito como sempre, mas também como sempre não era ele que eu queria - A Sarah não gosta dele mesmo, nem hesita em fuzilar ele com os olhos - Kerline apontou para a de olhos verdes que estava fuzilando o segurança com uma cara de indignação, sempre achei confuso, ela odiava Bil mais do que Rodolffo que era o meu namorado....

Então surgiu uma ideia na minha cabeça, eu queria provocar Sarah, fazer a loira vir até mim, eu estava fervendo de raiva por Sarah estar me ignorando para dar atenção para àquelas garotas! Me arrumei pra Sarah e ganhei somente um olhar de cobiça, um único olhar! Ela nem tentou me agarrar em algum lugar isolado... E olha que dei brecha para isso.

Fui até o segurança lhe dando um beijo no rosto, logo convidei ele para tomar algo, ele era fascinado por mim, desde o começo, me apoiei na parede e comecei a conversar com ele, mas como Sarah não vinha eu resolvi apelar e dançar com o moreno alto, não podia exagerar já que a irmã de Rodolffo estava aqui, então dancei ao som de Earned it com ele olhando para Sarah, foi impossível não pensar em nós com a letra da música, ela estava dançando com a Bianca que sorria feito uma imbecil olhando ela, já Sarah vez ou outra tentava olhar disfarçadamente para mim, ela estava vermelha, eu sabia que ela estava com raiva mas não ia vir porque estava com raivinha no coração de mim, eu jurei para mim mesma que não ia fazer besteira, mas quando vi a garota se aproximando da minha Sarah para tentar beijar, nem estavam tão próximas mas eu senti o cheiro das intenções dela de longe, eu simplesmente larguei Bil e fui até elas puxando Sarah pelo braço deixando a garota a ver navios, beijando o vento.

Arrastei Sarah que estava atônica até o fundo do salão onde tinha uma sala que era cheia de caixas, por sorte ninguém além de Bianca reparou já que todos estavam embalados pelo álcool dançando ou se pegando.

Joguei ela dentro da sala e tranquei a porta jogando a chave longe, apertei interruptor que tinha ali acendendo a luz, Sarah estava vermelha de raiva e eu não devia estar diferente.

- Oque você pensa que está fazendo Juliette?! - exclamou alterada gesticulando.

- Oque VOCÊ pensava que está fazendo?!

Big Bad Wolf

Sarah franziu o cenho confusa então bufei.

- Você estava lá, quase agarrando aquela garota!

- Você está louca! E se eu estivesse não vejo problema nisso, afinal isso não impediu nem mesmo você que é comprometida - empurrei com força os ombros dela que se desiquilibrou e caiu no meios das caixas igual uma jaca podre, algumas caixas caíram sobre ela me fazendo me desesperar.

- SARAH! - corri até ela tirando as caixas que eram pesadas de cima dela, ela estava de olhos fechados e com uma das sobrancelhas cortada - Meu Deus! Sarah, acorda! - peguei ela no meu colo dando leves tapas com carinho no rosto dela - Amor, acorda... - choraminguei não acreditando que tinha deixado ela nesse estado.

- Você me chamou de amor?! - exclamou ela se sentando como se não tivesse acontecido nada.

Olhei indignada para ela, boquiaberta.

- Sua salafrária cínica! Estava fingindo estar desmaiada! - comecei a dar tapas nela.

- Eu não estava fingindo! Aii! Para, minha sobrancelha!

- Vai tomar no teu nariz, sua imbecil - empurrei ela pelos ombros e me levantei, Sarah se levantou num pulo e me puxou antes que saísse pelos braços.

- Você me chamou de amor mesmo? - disse sorrindo bobo.

- Não chamei de nada! Me solta ou vou gritar que você está tentando me estrupar! - disse alto tentando empurrar os ombros dela, ela acabou de me deixar novamente preocupada por nada.

Sarah sorriu de canto e me puxou pela cintura distribuindo beijos pelo meu pescoço, maldita pegada gostosa... Me deixou desarmada... Que vontade de estapear essa cara linda dela.

- Grita, vai... hum - deu uma leve mordida no meu ponto de pulso.

- Odeio você, Sarah - falei manhosa, e puxei seu rosto selando nossos lábios.