OK, já esperava.

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𝕱oi muito difícil sair da ilha! Foi o melhor fim de semana, mesmo brigando a quase todo segundo com Juliette, era a nossa natureza.

Juliette estava determinada a falar com Ker e Pocah, e eu estava muito satisfeita com isso, queria que ela despedisse o Bil mas ela disse que eu já estava querendo demais e que ele era um bom segurança, mas me prometeu colocar limites nele, os avós dela não chegaram a conversar com nenhuma de nós sobre o que estava acontecendo, falaram que decidimos o que fazemos, mas pediram para a gente assumir para todos só depois que eu tivesse a maior idade.

E quanto a nomear o que estamos tendo, Juliette também está enrolando, mas eu sei que estamos namorando, mesmo que indiretamente.

Eu termino esse ano meus estudos, decidi fazer uma faculdade de administração, não para assumir a empresa, afinal não gosto desse meio, quero abrir uma galeria de artes depois de me formar já que eu sempre gostei disso, mas eu não quero me afastar da Juliette, mas também não quero morar aqui, nunca gostei de morar no meio do mato, quero voltar pra Veneza, e eu sei que a Juliette vai comigo, nem que eu tenha que infernizar a vida dela, não quero ficar longe da minha ciumentinha.

Mesmo com os impasses, a noite de ontem foi ótima, após Juliette me fazer gozar e resolvermos a questão de contar, ficamos só no amor e carinho, os avós da Juliette até filmaram a Juliette tentando bater na mulher loira que não lembro o nome.

Ela foi o caminho inteiro até Miami desmaiada do meu lado na cama do jatinho, toda agarrada em mim, na nossa casa.

Eu também dormi, Juliette só acordou em casa para dormir novamente, não sem antes me obrigar a ir junto com ela pro quarto, porque ela queria me fazer de travesseiro.

Juliette preferiu ligar para Pocah, pois se a reação fosse negativa ela poderia desligar na cara dela, mas eu sabia que não seria, a Ker podia até ficar louca mas a Pocah aceitava tudo, menos que falassem mal da Beyoncé, eu já xinguei ela, e ela só mostrou o dedo do meio, mas quando eu falei que não curtia as músicas da Beyoncé, ela quase me matou sufocada.

Juliette estava quase tendo um treco, até achei que ia desmaiar igual a mim.

Mas enfim ligou para as duas, era de noite, então as duas já estariam em casa, eu estava sentada na mesa com as pernas em formato de índio comendo Cheetos e tomando uma vitamina.

- Oi - Juliette falou baixinho - É, eu sei, mas tenho que falar uma coisa para você... - me olhou - mas se estiveram ocupadas eu falo outro dia...

- Nem pense! - falei engolindo o salgadinho sem nem mastigar para falar isso, mas tossi igual uma desesperada depois.

- É que... Meu Deus Sarah! - se levantou e começou a dar tapas fortes nas minhas costas.

- Já... Estou... Bem - falei pausado - você não é delicada - Juliette revirou os olhos e se sentou novamente.

- Só se engasgou... Não, ridícula, foi comendo... Mas é que eu e a Sarah... Nós meio que... Estamos meio que ... Sabe, como se fosse um possível...

Bufei e tirei o telefone da mão dela.

- Estamos tendo algo não nomeado por ela, mas que se assemelha muito a um namoro já que aparentemente eu não posso ficar com ninguém além dela.

- SARAH! SUA IMBECIL! NÃO ERA PRA FALAR ASSIM - deu um tapa estalado no meu braço.

- Ai Juliette! Eu te ajudei, você estava enrolando

---ELAS ESTÃO ZOANDO COM A GENTE AMOR! - Ker disse do outro lado da linha, eu conseguia ouvir a risada da Pocah como se estivesse aqui - Estão, não estão?

- Talvez tenha uma pequena possibilidade de não - Juliette disse crispando os lábios.

---PUTA QUE PARIU!- ouvi a voz de Pocah no fundo, Juliette respirou fundo - levei choque, maldito carregador!

Revirei os olhos e continuei comendo.

---Explica essa história Juliette!

- Já sabem, beijos, quando vierem aqui conto os detalhes, até - Juliette desligou o telefone e eu fiquei olhando para ela com a boca aberta, nem mastigar o salgadinho eu tinha conseguido - não me olha assim, eu falei, só não quero dar detalhes pelo telefone - deu de ombros.

Parei para pensar, ela está certa, elas sabem, então estou satisfeita, voltei a comer.

- Juliette, eu estava pensando, faltam só 4 meses para acabar o ano, e eu quero fazer faculdade.

Juliette, que estava olhando as unhas, levantou o olhar, branca.

Que? Como assim? Quando? Como? Você... - sentei no colo dela, e enfiei minha mão cheia de cheetos na boca dela, que foi obrigada a engolir e ficar quieta.

- Escuta, eu quero fazer administração e você sabia que eu não gosto de morar aqui, sempre quis voltar para Veneza, mas eu quero você comigo - falei com voz manhosa a última parte enquanto brincava com os dedos no bolso do pijama macacão de zebra dela.

- Mas...- engoliu - eu... Eu... Er

- Por favor Juliette, eu quero você comigo lá, nós poderíamos comprar um apartamento, adotar um cachorro e um gato e ser um casal lésbico assumido - rodeei seu pescoço com meu braço.

- Eu não sei Sarah... Gosto de morar aqui... Tenho muitas lembranças nossas...

- Mas podemos fazer novas em outros lugares, e também podemos vir para cá nos fins de semana e transar loucamente - ri divertida.

- Eu não sei... - puxou o ar com força - eu tenho medo que se você conhecer o mundo lá fora acabar se enjoando de mim - sussurrou cabisbaixa.

- Meu Deus! Novamente com isso! Não entra nessa cabecinha linda que eu amo você? - levantei seu queixo - porque eu iria me enjoar de você?! É mais fácil você se enjoar, já que não sou um cara de 1,80 m, bonitão - ri e revirei os olhos.

- Boba, como vou me enjoar do meu Bebê?! - mordeu minha bochecha me causando uma risada - e dessa risada?

- Mas eu estou falando sério Ju, quero fazer faculdade.

- Eu já sabia, só não imaginava que ia querer me levar junto - me abraçou com força com a cabeça enterrada no meu pescoço.

- Eu te amo, você vai comigo nem que eu tenha que te sequestrar! Não vou te deixar sozinha aqui com aquele abutre - disse me referindo a Bil e aqueles ridículos cabelos morenos impecáveis.

- Depois eu que sou ciumenta.

- As meninas devem estar pirando - desviei do assunto.

- Não dou dois dias para elas estarem aqui.

- Aposto cinquenta dólares que vêem aqui ainda amanhã.

A Má-Drasta (Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora