Capítulo vinte e três

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Quando chegamos na casa de Drew, sinto como se já a conhecesse. Não sou do tipo que se sente em casa quando alguém diz "sinta-se em casa", tenho até vergonha de ir no banheiro quando estou de visita em um lugar, mas aqui parece diferente.

A casa dele é enorme! Quando entramos, deixo minhas coisas jogadas na porta e fico de boca aberta observando o lugar.

– Tudo bem? – Drew pergunta rindo.

– E-eu, é, assim, hum, sim??? – Digo meio perdida. Gaguejando.

– Vem, vou te mostrar seu quarto. – Ele diz pegando minhas coisas do chão e eu o sigo.

Quando entramos na casa, já damos de cara com uma sala ENORME que fica basicamente no mesmo cômodo que a cozinha igualmente grande. É tudo muito bonitinho, é tudo muito a cara dele.

No quarto, uma cama de casal, uma escrivaninha, uma estante, televisão, videogame e alguns brinquedos e jogos espalhados por todo o lugar.

– Se eu soubesse que é assim que você trata seus hóspedes eu já teria vindo para cá a muito tempo! – Falo em tom de brincadeira.

– Na verdade – Ele começa enquanto coloca minhas coisas no chão ao lado da cama. – Isso aqui é tipo um quarto de jogos, é bem mais aconchegante que o de hóspedes, então coloquei uma cama aqui quando te chamei para morar comigo.

– Por que a cama é de casal?

– Porque você gosta de espaço e dorme toda espalhada. Não pense que é para trazer algum garoto para cá, regras viu mocinha.

– Você é meu pai agora?

– Encare isso como conselho de um irmão mais velho. Sem meninos por aqui.

– E meninas?

– Sem qualquer ser humano por aqui.

– Então vaza!

– Ei! Eu sou exceção! – Ele ri. Corro para abraçá-lo.

– Você precisa me largar em algum momento! – Ele diz.

– Ta, não precisa ser agora. – Ele tenta tirar meus braços de envolta dele, então lhe dou um chute na canela.

– Enlouqueceu? – Indaga Drew.

– Se reclamar leva outro!

– Quero ver você tentar!

– Ah, é? – Digo partindo para cima dele. É óbvio que ele não vai me bater de volta, mas suas defesas são o suficiente. Nem sei em que momento fomos parar em cima da cama, só sei que estamos em uma luta no momento.

Tento lhe dar uma mordida mas ele me da uma chave de braço. Logo ele me solta para recuperarmos o ar.

– Ok – Ele diz ofegante. – Chega. Eu ganhei.

– É o que veremos! – Parto para cima novamente. Ele tenta me prender por debaixo dele, nossos olhares se encontram. A correntinha balançando sobre meu rosto e a cara de vitorioso. Lhe dou outro chute, e saio rapidamente debaixo dele. O idiota se desestabiliza e cai de bruços. Sento em cima de suas costas. Eu ganhei.

– Ok Mia, chega! – Ele diz.

– Diga que eu ganhei e eu o deixarei ir.

– Você é a grande vencedora! Quem é minha campeã em?

– Ah, eu sei que sou eu! Não precisava dizer, mas bom garoto! Quer um biscoito Scooby? – Digo saindo de cima dele. Os dois cansados e ofegantes. A cama está encostada na parede, nós dois nos sentamos e nos encostamos nela.

Paper Rings | Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora