Capítulo trinta

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Acho que estou apaixonada. Bryan é incrível pra cacete! Já faz umas duas semanas que estamos nos vendo quase todo dia, não é algo sério, mas mesmo assim é incrível! Drew não estava brincando quando disse que não queria garotos lá em casa, fez um escândalo depois que viu Bryan no meu quarto. Na hora, se fingiu de melhor amigo do mundo, depois surtou. Eu só sabia rir. Bryan tem vinte anos, mora sozinho com sua cachorrinha Lily.

Drew disse que não queria garotos lá em casa, mas não disse nada sobre eu na casa de garotos. Dormi na casa de Bryan hoje, ele está me levando para o set de carro, e não quero nem ver a cara de Drew quando eu chegar.

– Quer que eu te busque mais tarde, baby? – Ele pergunta quando eu saio do carro.

– Dependendo do horário que eu sair, podemos fazer alguma coisa depois.

– Tudo bem, bom trabalho!

– Bons estudos! – Sorrio e o vejo indo embora. Chego no set cheia de energia, dando olá e abraçando todo mundo, até que vejo Drew. Ele fecha a cara e cruza os braços quando me vê. Está junto com o resto dos nossos amigos, com o resto do elenco. Rudy está brincando com um isqueiro, não vejo a hora que ele vai por fogo no cabelo da Madison com isso e ela vai meter a mão na cara dele.

– Bom dia gente! – Cumprimento todo mundo de uma vez só.

– Bom dia! – Escuto todos dizendo em uníssono. Exceto Drew, que está me olhando feio.

– Onde você passou a noite? – Ele pergunta.

– Com um amigo.

– Com um amigo?

– É.

– Bryan?

– É.

– Ia cair a mão se mandasse mensagem?

– Por que está agindo como se fosse meu pai?

– Porque prometi a ele que tomaria conta de você.

– Eu disse que não voltaria para casa.

– Deveria ter me dito com quem estava pelo menos.

– Não te devo satisfações, Drew.

– Deve se você mora comigo. – Odiei aquilo. Eu sai da casa dos meus pais justamente para não ouvir esse tipo de coisa. Não é porque eu moro com ele que preciso dizer onde e com quem estou a todo tempo, eu sou adulta, sei me virar.

– Não, eu não devo. – Saio dali de cara emburrada. Tenho o costume de repensar todas as minhas ações depois que as faço, e, se eu sentir que estou errada mesmo não estando, eu peço desculpas. Dessa vez não acho que estou errada. Ele não é meu pai, é meu melhor amigo! Deveria estar feliz por eu conhecer alguém e não bolado comigo.

Tentei ignorar o acontecimento de mais cedo, mas Drew pelo visto não. Passou basicamente o dia inteiro sem falar comigo. Os únicos momentos que dialogamos foi quando estávamos atuando. Não entendo porque ele está assim.

– Drew – Chamo ele na hora de irmos embora. Já está bem tarde, vou para casa com ele. – Posso ir com você ou...?

– Seu namorado não vem te buscar?

– Está tarde, vou para casa. E Bryan não é meu namorado.

– Não é o que parece.

– Quer saber Drew? – Digo irritada. – Cansei dessa palhaçada. Entra no carro, vamos para casa ter uma conversa.

Não falamos nada durante todo o trajeto, nem música colocamos. Pela primeira vez, o silêncio fica constrangedor entre a gente. Chego em casa pisando fundo cheia de ódio. Meus divertidamentes estão fora de controle e tenho certeza que a raiva está tentando dominar tudo.

Paper Rings | Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora