*Ariana*
Seu coração pulsava loucamente em seu peito, não sabia com o que estava na cabeça quando teve a ideia, e não sabia o que estava passando na cabeça de Rosy para concordar com o plano. A criada havia conseguido uma roupa mais comum que a própria, para não levantar suspeitas, e ajudado a princesa a sair do palácio pelas portas dos fundos, ela usava uma capa da cor verde esmeralda, mesmo que Rosy tenha dito que seria bastante chamativo Ariana estava decidida a usa-la, havia sido um presente dado por seu irmão e ela queria usá-la na primeira vez em que sairia do castelo.
Ambas sabiam que a roupa de criada não serviria de nada dentro do castelo, nem entenderam, depois de muito pensar, porque havia cogitado a possibilidade de que ia funcionar, então a princesa simplesmente vestiu calças e blusas de treinamento, o que queria dizer que eram de couro preto, extremamente discretas. Pegou algumas armas para se proteger e escondeu em lugares estratégicos. Colocou a capa e saiu ao encalço de Rosy, que a pôs para fora pela ala de empregados menos utilizada do palácio, entregando uma sacola de moedas de ouro que Ariana havia esquecido encima da cama antes de fechar a porta e deixar a princesa por si só.
Rosy iria distrair as pessoa pelo máximo de tempo que conseguisse, não poderia acompanha-la.
Agora Ariana vagava pela capital de seu país, ela não tinha rumo, nunca havia atravessado as muralhas do castelo, não sabia o que fazer, nem para onde ir. O capuz esmeralda ocultava seu rosto, mas ela duvidava que alguém pudesse reconhecê-la só de olhar, talvez ligassem os traços dela a princesa, mas ninguém nunca tinha visto-a de perto pra ter certeza, contudo, para uma pessoa como ela todo o cuidado era pouco.
Uma grande quantidade de pessoas entravam em um estabelecimento, Ariana nunca havia visto algo igual, mas pela placa e pelo que já havia ouvido falar, deduziu que aquilo era uma taberna. Talvez uma muito boa a julgar pela quantidade de pessoas. A princesa decidiu entrar.
- Seja o que os Deuses quiserem. - murmurou entrando no local.
Mesmo que os Deuses houvessem sido esquecidos, mesmo que ninguém lembrasse seus nomes, suas histórias ou suas orações, as pessoas ainda chamavam por eles em alguns momentos, era mais um vício do que uma crença. Ariana não se importava.
- Dizem que o rei morreu de...
- Eu não acredito que ele...
- Como pude ignorar...
- Como você foi tão...
Eram vozes de mais falando ao mesmo tempo para que Ariana conseguisse distinguir as falas, depois tantas palavras desconexas ela desistiu de tentar, e apenas procurou um local para sentar. O lugar tinha cheiro de álcool e fritura, mas aparentava ser limpo apesar das manchas pelas paredes e pisos. O lugar estava mesmo lotado, foi difícil achar um lugar para se sentar, e quando achou a mesa estava bastante afastada da porta de entrada, mas próxima o suficiente de uma janela para que ela conseguisse ver outros estabelecimentos pelo vidros brilhoso.
- O que vai querer? - assim que ela sentou-se uma mulher que aparentava estar no auge de sua vida apareceu com um bloco de notas e um grafite, esperando para fazer seu pedido. A princesa se assustou.
- Ah... bem um hidromel - era sua bebida alcoólica preferida. Ela não conseguia pensar em outra coisa com o êxtase de sua mente cada vez mais acentuado.
A mulher, antes com um semblante simpático, fechou o sorriso e passou atentar e ver por trás do capuz da princesa.
- O que você acha que esta taberna é? Você veio aqui para humilhar estas pessoas, só porque pode pagar por uma bebida tão cara?
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O Despertar do Destino - Ecos do Poder
FantasíaAriana Aruna era a herdeira do maior poder já visto entre os cinco grandes reinos, ela era a herdeira do próprio sol, mas, para além de ser a herdeira do Deus da luz, ela era também abençoada pela própria lua. Ariana nasceu envolta de intrigas...