XXIV

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S/N POV

O mundo é um lugar curioso. Tudo o que acontece parece estar definido, mas ao mesmo tempo, tudo acaba nos surpreendendo. É difícil não ficar surpreendido com a vida, mas á pontos em que já esperamos de tudo. Não há um jeito de prever atitudes de pessoas, ou a forma como agem. Sempre foi uma das filosofias em que mais acreditei. É nesses momentos, em que estou entediada que começo, involuntariamente, a filosofar sobre a vida. Talvez em atitudes de um certo alguém especifico. Não vou negar, á uma semana que reflito no que senti durante a semana anterior, no que senti em cada momento. A felicidade, a ansiedade, o stress, a tristeza, a raiva, e muito mais.

Muita coisa aconteceu nessa ultima semana. Uns dias depois daquele dia problemático, fizemos as malas e arrumamos tudo, nos preparando para regressar a casa. Entre esse dia e o dia de viagem, me proibiram de ir a festas. Kirishima proibiu. Mas eu fui numa, uma que serviu como despedida. Despedida de um local onde me senti realmente viva e fiz memórias que nunca esperei fazer. Apesar de tudo, foi divertido. Durante esse dias, eu e o idiota do Bakugo não falamos. Mas durante esse tempo, ele não me ignorava como fez da primeira vez. Pelo contrário, ele insistia em me olhar de um jeito que me fazia sentir admirada, no bom sentido. Mesmo estando puta com ele, pelo que ele disse, pelo que ele fez, não me impediu de o provocar, assim como não impediu meu corpo e coração de reagirem aos olhares dele. Não queria e não quero olhar na cara dele, mas acho que ele não entendeu isso.

Preferi não viajar com ele. Para falar verdade, deu para notar a mudança de humor na cara dele quando falei que queria ir junto com Kirishima. Denki se juntou a nós, enquanto Mina e Sero foram com ele. A viagem foi feita do mesmo jeito, tirando a parte de que não paramos para dormir pelo meio. Não sentimos essa necessidade. Foi cansativo, mas chegamos. Na noite que sucedeu a viagem, dormi com Kirishima. Ele insistiu que ficasse com ele, não que tivesse outro sitio para ir. Mas no dia seguinte, bem na manhã, recebi uma ligação de Mitsuki-san, me dando um novo sitio para ficar. Como prometido, trataram de todos os papeis necessários e esperaram que regressasse das férias para me falar. Essa mulher é incrível. Por muito que insistisse, falando que não precisava de ter se dado ao trabalho, ela insistia de volta, falando que não foi trabalho nenhum e que estava apenas tentando ajudar. Acabei me mudando nesse mesmo dia, tentando não dar mais trabalho para Kirishima. Eu sei que pode parecer muito egoísta, mas não gosto de me sentir dependente. Pelo menos desde o momento em que sai de casa de minha mãe.

Masaru-san foi muito simpático em me mostrar tudo. Falei que não era necessário, sabia que ele podia estar com bastante trabalho e não queria incomodar, mas ele insistiu. Falou que esperava que o apartamento que escolheram fosse suficiente e eu o fiz ficar com a certeza que seria mais que suficiente antes mesmo de entrar por aquela porta. E é. É realmente mais que suficiente. O apartamento é enorme! Eu tenho a certeza que sussurrei puta merda assim que entrei por aquela porta. Sabia que se minha classe inteira viesse aqui, sobraria metade do espaço do apartamento.

Minha primeira visão foi apenas deslumbrante. Na parede em frente da porta, haviam duas janelas de vidro, cobertas por cortinas de tecido branco e leve, que se estendiam quase por todo o espaço vertical da parede. Estas janelas, seriam o caminho para a varanda do lado exterior. A parede da porta era pequena, pois apenas dois metros a seguir do ultimo centímetro da porta, a parede virava, fazendo uma esquina, para a abertura do espaço da cozinha. Uma cozinha bastante grande, com uma ilha bem no meio, acompanhada com bancos altos, que faziam lembrar os de bar. A casa continuava, por uma porta de madeira, instalada no lado esquerdo da parede do fundo da cozinha, junto com o resto armários, espaços de arrumação, pia, fogão, forno e tudo o que há numa cozinha. No centro da sala, estava um sofá, em forma de L, cinza, sobre um tapete da mesma cor, que contrastava com o chão em madeira. Uma pequena mesa ficava entre ele e a parede em sua frente, onde estava a televisão. Nas costas do sofá, estavam duas prateleiras brancas, com plantas falsas, que deixavam suas folhas caírem para baixo, se pendurando, dando um toque natural e colorido.

Lost in the Summer (Bakugo x reader) [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora