Lost in the Summer (Bakugo x reader) [REESCREVENDO]

XXXIII

Foi tudo como prometido, como jurado na noite anterior, apenas com eles como testemunhas. Tinham saído cedo de Tóquio, o loiro odiava perder tempo. E ela garantiu que tinha tudo arrumado para sair á hora prevista, com uma viagem não tão longa pela frente. Seriam apenas 2 horas e meia, de Tóquio a Nishiizu, uma pequena cidade no distrito de Kamo, em Shizuoka. Mas S/N não sabia disso. Nem estava preocupada, confiava minimante nele, apenas queria sair dali, daquele lugar que todos os dias a persegue desde que se considera gente. Já estavam na rodovia, deixando para trás a parte do caminho que já estava concluída. Faltava apenas cerca de uma hora para a viagem estar concluída, uma hora que prometia se passar tão rápido como a hora e meia já percorrida.

Dessa vez, os dois escutavam música. A música de uma playlist oferecida pelo Spotify que juntou o comum dos perfis dos dois, escolhida por S/N, bem no início da viagem. Afinal, o gosto musical dele não era tão ruim assim, tinha músicas bem interessantes, que ela conhecia até. Ele pensava o mesmo sobre ela e suas músicas do momento. O clima do carro não era pesado ou tenso, era bem leve, quase como se aproveitassem o silencio da companhia do outro. Era um silencio confortável, não agonizante. Trocavam algumas palavras, risos fracos e escondidos, comentavam músicas, Katsuki ficava puto com o GPS e sua voz irritante, S/N zombava dele e ria para si. Nunca tinha ido a Nishiizu, e conhecia pouco da cidade. Não tinha as esperanças muito elevadas, não por achar que ia ser uma cidade horrível, mas sim porque não precisava. Não precisava de encontrar o paraíso na terra para relaxar um pouco, apenas precisava de sair de Tóquio, e isso já o tinha feito. Katsuki não tinha falado muito sobre o local, apenas falou que seus pais tinham uma casa de férias lá e até á alguns anos, em todos os verões, iam para lá, desde que era criança. S/N pensou em perguntar porque tinham parado, porque tinham deixado de ir de férias para esse lugar, mas acabou por deixar para lá.

O tempo acabou passando, dividido em silencio reconfortante e trocas de palavras, junto com os quilómetros da estrada. Katsuki anunciou que estavam quase chegando, que estavam entrando no distrito de Kamo. Desde esse momento, as palavras trocadas foram reduzidas, cada um se focava em seus próprios pensamentos, apreciando a música que era transmitida pelo carro, ligado ao celular do loiro. Era quase irritante saber que estavam chegando e não estarem lá ainda. Katsuki observava a mulher a seu lado, pelo canto do olho, quase como se nem se importasse. Na real, o fez pouco, apenas verificando se ela ainda estava respirando. S/N se entregava ao pequeno entusiasmo que ia crescendo dentro de si, é uma nova cidade, um novo distrito, que podia explorar durante os próximos três dias.

Finalmente, depois de quase três horas, chegaram na tão esperada casa. Uma casa em madeira castanha escura, quase negra, rodeada por um jardim verde e um muro branco, que a contornava, a separando das restantes casas. Dois portões, um pequeno, que recebia as pessoas que desejavam entrar, e um maior, que possibilitasse a entrada de um carro para algo que se previa ser como uma garagem. Ao saírem do carro, a garota aproveitou para observar o que podia. De frente para a casa, não se via muito. Era uma casa baixa, com apenas um andar, mas bem grande. De frente, se via apenas uma porta e uma janela, bem grande. Katsuki a conduziu para a entrada, para que a pudesse levar para dentro. Depois de abrir a porta, não havia nada que impedisse ela de conhecer a casa, apenas com o olhar, ocultando que o estava a fazer. O loiro, que ficou para trás, abandonou a sua mala na entrada e se dirigiu até ao quadro elétrico, sendo seguido pelo olhar da garota. Abriu ele e levantou o pequeno interruptor, para que pudessem ter luz. Seu olhar encontrou o dela, por pequenos e breves segundos, até desviar o olhar. S/N Levantou as sobrancelhas rápido, como um gesto irônico, junto com seu sorriso de lado, enquanto seu olhar encarou o chão. Colocou sua mala no chão, assim como ele o tinha feito. Não esperava que ele mostrasse a casa para ela, muito menos que levasse suas coisas para seu quarto.