2. Castigo.

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"Eu achei que já tinha sido machucado antes, mas ninguém nunca me deixou tão mal assimAs suas palavras cortam mais profundo do que uma faca"

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"Eu achei que já tinha sido machucado antes, mas ninguém nunca me deixou tão mal assim
As suas palavras cortam mais profundo do que uma faca".
— Stitches, Shawn Mendes.


Y E R I M

Remexi-me na cama tentando me livrar dos raios solares que invadem o quarto pela brecha das persianas da janela e se aconchegam em meu rosto. Frustrada, e com preguiça de levantar, ergo a bandeira branca e desisto de voltar a dormir.

Espreguiço-me, ciciando um bom dia bem baixinho para o garoto ao meu lado, mas quando não recebo uma resposta é que percebo que ele não está aqui. Lutando, mais uma vez, contra a preguiça, me levanto da cama procurando pela camiseta dele. Assim que a encontro, jogada ao lado da cama, me visto e saio do quarto à sua procura.

Enquanto caminho até a cozinha, lembro de tudo que aconteceu durante a noite e é inevitável não sorrir feito uma boba. Há vestígios dele por todo lado, ele amou cada pedacinho do meu corpo exatamente como disse que faria. Foi incrível de tantas maneiras que não consigo descrever, ele foi tão atencioso, cuidadoso e fizemos um ótimo trabalho,  nem parecia ser a primeira vez de ambos.

Desço as escadas sorrateiramente quando, de longe, vejo ele preparando o café. Jungkook parece bem concentrado e terrivelmente atraente. Mais uma vez estou sorrindo feito uma idiota quando reparo nos arranhões, que vão do seu quadril até os ombros, lembro bem dele pedindo entre gemidos manhosos que eu fizesse mais uma vez.

Finalmente saio do transe. Antes que ele note minha presença, enlaço sua cintura e ele se afasta da bancada num pulo, assustado.

— Que susto! Quer me matar do coração?

— Desculpa, gatinho, não imaginei que você iria se assustar tanto. Viu onde deixei minha mochila?

— Você deixou lá no sofá, gatinha.

Tento não demonstrar como seus apelidos carinhosos me afetam. Todavia, não tem como evitar suspirar de amor quando ele me chama de gatinha ou amor. Odiaria qualquer outro homem que me chamasse de gatinha, mas vindo dele é simplesmente irresistível.

Caminho em passos longos até o sofá, procuro minha mochila e o embrulho preto fosco. Assim que retorno para a cozinha com a caixa misteriosa em mãos, Jungkook me olha com uma das sobrancelhas arqueadas.

— O que é isso? — questiona com um sorrisinho no rosto.

— Um presente. Estávamos tão ocupados ontem que acabei esquecendo. — Iniciei um pouco receosa. — Já que estamos juntos há quase cinco meses, pensei que estava na hora de vivermos isso. Espero que goste do presente.

Ele pega a caixinha todo sorridente, radiante eu diria. Sinto que meu coração sairá pela boca assim que ele desfaz o primeiro laço, quase me escondi debaixo da mesa quando ele abriu a tampa da caixa aveludada. Seus olhos escuros estão tão brilhantes quando ele me olha que meu peito festeja antes mesmo de receber uma resposta.

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