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Remendar o que foi quebrado
Desdizer estas palavras ditas
Encontrar esperança na falta de esperança
Me tirar desse desastre
Desfazer as cinzas
Desencadear as reações
Me puxe para fora do desastre

Train Wreck - James Arthur

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As grossas gotas de chuva que caia sob Jeongyeon não eram capazes de a incomodar, não quando já se sentia destruída internamente. O que acontecia no seu exterior pouco importava quando já não se tia o que proteger por dentro. Estava sozinha. Depois de tantas promessas, depois de tantas tentativas de não ficar só, estava sozinha.

Jeongyeon empurrou a porta do hospital com a pouca força que ainda tinha e sentou no único banco da entrada. As pessoas passavam por ela e a questionavam se estava tudo bem ou se queria alguma ajuda. Ela era incapaz de dar alguma resposta. Era possível alguma daquelas pessoas a ajudar? Alguém traria sua mãe de volta ou ficariam ao lado dela até que aquela dor aguda no peito passasse? O que ela faria a partir daquele momento? As únicas pessoas que tinha na vida foram embora e uma delas, foi para sempre. 

Pegou o celular que estava no bolso de sua calça e digitou o número que já sabia de cor e salteado. Sua boca começava a tremer devido a friagem que estava pegando, mas não se importou. Precisava fazer aquilo, por mais humilhante que fosse. 

Estava ligando para Jimin. Ligou uma, duas, três vezes até que caia na caixa postal. Ele não queria falar com ela, mas ela precisava dele. Nem que fosse por um minuto, precisava dele para abraçá-la e dizer que ficaria tudo bem, que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

- Oppa...- Jeongyeon resolveu deixar recado na caixa postal. - Butakdeuryeoyo*, Oppa.- a voz quase não saia por conta das lágrimas que não paravam de cair. - Eu preciso de você. Eu não tenho mais ninguém, não tenho mais nada. - os soluços já saiam alto, mas Jeongyeon não se importava. Estava doendo, tudo dentro dela doía. -  Ela se foi, Oppa. Ela me deixou e eu não sei o que fazer e nem para onde ir. Ela...ela teve um hemorragia e não suportou. Eu não quero acreditar, mas eu vi Oppa, eu vi ela cheia de sangue e os médicos tentando reanimá-la.

As lágrimas se misturavam com a água da chuva e seus soluços começaram a serem abafados pela tempestade. O chão parecia ter se aberto debaixo de seus pés e Jeongyeon estava em queda livre sem ter onde se segurar e impedir que se machucasse.

- Uma última vez... eu só preciso do seu abraço uma última vez. Por um momento, finja que tudo o que a gente viveu importou para você. Só por um momento, fique do meu lado segurando minha mão e dizendo que tudo isso vai passar. Eu quero minha mãe de volta, Oppa... - Jeongyeon sentia o grito de desespero se formando na sua garganta. - Mas eu só tenho você agora. - o apito da mensagem ecoou no ouvido da loira. Seu tempo tinha acabado. Olhou para o aparelho em sua mãe que estava encharcado e soltou um suspiro exasperado. - Eu tinha você...

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YOO JEONGYEON

-Meu pai me mostrou todos os comprovantes, Jeongyeon. - Jimin praticamente rosna isso em minha direção, mas sei que não é comigo que está irritado. - Ele me enviou as fotos dos exames pós cirúrgicos da sua mãe e me disse que ela estava bem. Até quatro meses atrás quando eu ainda não tinha voltado pra cá e perguntei como ela estava, ele me disse que ela estava bem. - meu coração salta no peito quando percebo que ele ainda tentava ter notícias sobre mim e minha mãe. - Por que ele mentiria por todo esse tempo?

NAKED - JeongminOnde histórias criam vida. Descubra agora