Eu não permitirei nenhum rastro seu
Queimarei até mesmo o ressentimento deixado
E devo levar embora o frio solitário
Dar um passo sobre caminho florido
Isso libertará o frio, sentirei a primavera mais uma vez
Todas as memórias se transformarão em cinzas
Flores brilhantes se abrirão
Eu devo acender uma fogueira, uma fogueira maior
Para reconquistar a primavera que perdiHwaa - (G)i- dle
YOO JEONGYEON
Domingo. Primeiro dia da semana e último dia de folga para quem trabalha na segunda feira. Meus planos para esse dia? Dormir até mais tarde. O que me impediu? Uma anã com cara de trem infantil, chamada Jihyo. O porquê? Só Jesus Cristo sabe.
- Eu espero que você tenha uma boa justificativa para me ligar às 9:30 de um domingo de folga.- falo assim que atendo o celular no décimo toque.
- E tenho. - a voz dela sai animada.- Preciso da sua ajuda, hoje, às 19, no meu apartamento.- fico em silêncio enquanto raciocino o que ela acabou de dizer.
- Sério isso, Park Jihyo? - falo depois de um tempo.- Meu plano para hoje era dormir até perder a vontade de ficar na cama e depois comer até sentir sono de novo. E você me acorda para marcar algo só para a parte da noite?
- Quanto bom humor, Jeon.- ela está prendendo o riso. Essa anã está prendendo o riso. - Prometo que vai ter muita comida. É um trabalho voluntário que quero fazer e, como sei que você gosta dessas coisas...
- Já entendi. - me sento na cama e coço o olho.- Pode deixar que eu chego aí no horário e levo alguma bebida.
-Te amo.
-Te odeio. -soltamos uma risada e encerramos a ligação.
Levanto da cama a contra gosto e vou até o banheiro fazer minha higiene matinal. Meu cabelo está pior que ninho de passarinho, já que eu me fiz o grande favor de dormir com ele solto. No momento em que termino de me trocar e dar um jeito na cabeleira marrom, escuto a campainha tocando.
-Jihyo, eu juro que vou te pendurar do lado de fora da minha janela.- ela é a única que apareceria aqui sem ser anunciada pelo porteiro.- Você me faz madrugar e ainda vem...-paro de falar assim que abro a porta- Jinyoung?
- Oi, jagiya. - ele abre um sorriso assim que me vê.
Ele está a coisa mais fofa todo agasalhado. Estamos entrando no inverno e, mesmo que não tenha começado a nevar, a temperatura já está bem baixa. Ele esta com um gorro que deixa poucas mechas de cabelo para fora, um cachecol preto e um par de luvas.
- Aí, meu Deus.- arregalo meus olhos para ele. - Jiny... eu esqueci totalmente.- puxo ele para dentro do apartamento para tirá-lo do frio.
- Tudo bem.- ele fala um pouco desapontado.- Eu posso voltar para casa e vamos à excursão no próximo fim de semana.
Acontece que durante a semana que se passou, Jinyoung me falou de um novo museu que iria abrir esse fim de semana e me chamou para ir junto. É um museu ao ar livre que teria obras raríssimas e de artistas muito bem conceituados. Mas a pangué aqui, esqueceu completamente que tinha marcado esse compromisso com o pobre coitado.
- Nem pensar. Você teve todo o trabalho de reservar nossos lugares e vir até aqui me buscar. Nós vamos.- me viro para ir até meu quarto, mas sinto ele segurar meu pulso. Por que todo mundo tem essa mania?

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NAKED - Jeongmin
Roman d'amourLivro 1 da série Resilience Pessoas mudam constantemente graças a acontecimentos corriqueiros e se eles são ruins, as chances dessas pessoas mudarem para pior são enormes. A vida é um jogo de tabuleiro onde cada jogada deve ser calculada com cuidado...