Capítulo 13: Família

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— Você está radiante, minha filha. — declarou minha mãe vindo ao meu encontro.

— Obrigada, mãe. — a abracei fortemente.

— Temos muito orgulho de você. — disse papai e depositou um beijo em minha testa.

Após longos três meses, finalmente chegou o dia da minha formatura. Na verdade, agora posso dizer em alto som que sou pedagoga.

Com um sorriso estampado no rosto, estendo meu canudo e sorrio abertamente ao avistar minha amiga. Ela corre ao meu encontro com uma certa dificuldade por causa do vestido longo, de cor azul-marinho.

— Ah! Estou tão feliz por você! — declara me envolvendo em um abraço bem apertado, e põe apertado nisso.

— Digo o mesmo, minha doutora favorita. — Digo ao sair de seu abraço, um tanto quanto sufocante.

— Olha, querido, parecem duas princesas. — ouço dona Mary comentar um pouco distante de nós.

— Tia! Como vai? — Vou ao seu encontro e lhe abraço.

— Extraordinariamente bem. Lita. — esboçou um largo sorriso.

— Não há motivos para estar ruim quando sua filha acaba de formar-se. — expõe o senhor ao lado.

— Concordo plenamente, tio André! — Faço um toque de mão com ele, antes de lhe dar um abraço.

Em seguida os meus pais se aproximaram e cumprimentaram o senhor e senhora Nogueira. Eles vieram para a formatura da minha amiga, e aproveitar um pouco à terra natal do senhor André.

Após os devidos cumprimento e congratulações, seguimos para a pizaria, aonde iriamos comemorar. Os Lane 's também estariam conosco, até porque era quase uma reunião de família.

Família, essa palavra faz um frio no estômago. Não havia motivos para isso, bom, não até avistar aqueles olhos esverdeados.
Nem havia nada concreto entre nós, estamos nos conhecendo, porém, na base da amizade e respeito. Confesso que sua atitude há exatos dois meses me deixou confusa.

Diferente da maioria das garotas, que esperavam um príncipe de cavalo branco, eu esperava um homem segundo o coração de Deus.
Consequentemente, tinha total ciência que esse homem viria com defeitos, como todo e qualquer outro ser humano.

O Tyler não era perfeito, mas se encaixava perfeitamente no modelo de homem que oro. O simples fato de não ter me beijado no dia do nosso encontro, o tornou ainda mais encantador para mim. Sei que minha mãe ligou bem na hora, mas antes era notável seu esforço para não continuar.

Antes de escolher esperar em Deus tive diversos relacionamentos, isso se posso nomeá-los assim. Na maioria das vezes, os rapazes se importavam mais com o contato do que em conhecer quem realmente era.
Um relacionamento não é, nem deve ser, pautado em beijos, abraços e amassos; e sim em cumplicidade, respeito, diálogo e compreensão.
O amor é muito mais que isso.

Sou despertada do meu turbilhão de pensamento com um sacolejo.

— O que foi? — Questionei retirando as mãos da minha amiga dos meus ombros.

— Você desligou? Faz meia hora que pergunto qual a sensação de estar formada. — diz voltando a balançar-se no banco balanço.

— Estava apenas pensando. — suspiro pesadamente.

— Sobre o que estava pensando? — Ouço uma voz grave atrás de nós.

Saltamos de susto, sinto meu coração acelerar mais ainda ao reconhecer o dono da voz.

— A pergunta correta seria em quem ela estava pensando. — falou a morena com quem não quer nada — Aqui vende sorvete? É claro que vende, né! Estou com vontade de comer sorvete de creme com passas. — levantou e começou a retornar para o interior do estabelecimento.

Espero VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora