.𝐂a͟p͟i͟t͟u͟l͟o͟ ᴜn͟i͟c͟o͟

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メ Agoti · Pov ⊰⊹ฺ

Desde que finalmente consegui sair daquele fim de mundo para poder parar no mundo humano, passei a ficar morando com a pessoa mais confiável para me ajudar a entender esse mundo "normal"... Tabi, meu amigo de infância que eu não via a séculos, posso estar exagerando mas eu sinto muita falta dele, e sem dúvidas também já estaria dos meus parentes... Enfim, como eu o achei? Bom, simplesmente era só eu seguir uma caveira de cabra flutuante vestida com uma jaqueta azulada igual ao chapéu em sua cabeça, uma calça, um par de tênis e um par de luvas sem dedos que cobriam os palmares de suas mãos esqueléticas. Eu já sabia como ele estava pois fiquei sabendo de seu incidente... Quando descobri aquilo eu queria estar com ele para conforta-lo e apoia-lo, mas no momento não podia.

Agora, que estou nesse mesmo mundo que Tabi, posso dar companhia a ele, e pedir ajuda para ele me ensinar sobre o mundo humano. Eu realmente estou pensando em ficar nesse lugar, é muito melhor do que aquele mundo vazio...

O segui até o seu acolhimento em silêncio, queria que ele tivesse uma surpresa ao me ver... Quando ele chegou, percebi que era um apartamento sem classe, se é que me entendem. Continuei o seguindo, alguns humanos me olhavam aterrorizados, e outros com nojo, mas levei a ignora aquilo por enquanto, se não eu iria por fogo naquelas pessoas...

Quando ele entrou em um dos quartos daquele apartamento não hesitei em pulei em suas costas. Em seguiu fiz minhas mãos segurarem os chifres de cabra do mesmo.

— Upa cabritinho! — Usei o diminutivo de "cabrito" para insinuar sobre sua altura - eu sou mais alto que ele, e nem sei como me aguentou em suas costas.

Ele ligeiramente me jogou no chão e pronunciou muitos palavrões por causa do susto que eu o dei. E eu como sou um ser super civilizado e com classe, não pedi desculpas... Brincadeira, eu pedi sim.

Como também implorei para ele me deixar morar com ele até conhecer aquele mundo humano totalmente ao ponto de conseguir me virar sozinho. Hesitando muito ele acabou cedendo, e me deixou ficar mas com a condição de que eu fosse me comportar. Oras, eu não sou mais uma criança, e sei me comportar muito bem...

— Caraí, seu corpo sumiu geral. Veja só... — Exclamei, passando minhas mãos por baixo de seu casaco o levantando, mostrando um lindo e magnífico nada. Não dava para ver mas dava para sentir o olhar matador dele em cima de mim. — Quando cê come a comida fica visível? Nossa, ía ser estranho ver a comida flutuando... E nojento.

— Agoti... Vai te catar. — E ele jogou uma almofada do sofá em minha cara. Depois disso eu o obriguei a arrumar meus cabelos, e tipo, piorou! Mas com o tempo eles voltaram a ficarem magníficos, igualzinho a mim. Tabi não é um ótimo cabeleireiro, tá aí o aviso.

Eu amava irritar ele, mas mesmo assim, eu percebia que ele andava melancólico... Ele não falava com ninguém do prédio, e pouco puxava assunto comigo, como se ele tivesse outra coisa em mente. Por esse motivo reduzi as minhas palhaçadas, pois eu não queria ver ele mesclando sua melancolia com a sua raiva.

Eu me perguntava o verdadeiro motivo de sua falta de animação...

15h: 30m. ;; Sábado.

Estou um pouco preocupado... Tabi decidiu beber bebidas alcoólicas a essa hora. Era comumn eu vê-lo bebendo, mas ele só bebia a noite enquanto chorava. Mas nesse momento foi diferente...

Agora eu fazia companhia para ele, o observava beber já o quarto copo de cerveja enquanto segurava uma foto que era encarada por ele. Ele chorava só de olhar para ela, e eu tive minha teoria: Tabi não superou a ex...

𝑨gora... É meu e seu :: 𝐓ᴀʙɪ x 𝐀ɢᴏᴛɪ.Onde histórias criam vida. Descubra agora