Apaixonada Por Minha Irmã

Décimo sexto

Carol realmente havia recebido a visita dos três depois da escola.

Mesmo ela achando que não estava com humor para falar com ninguém, ainda sim precisava de colo. Em alguns momentos Vitão e Bruno tentavam amenizar a barra que Day já que sabia do que a amiga tinha que suportar, mas Carol respondia todas as tentativas de forma fria e logo cortava, tinha o apoio da Elana que tentava fazer ela esquecer da morena.

Uma semana havia se passado, a relação entre as irmãs estavam péssimas. Carol ao menos encarava rapidamente a própria irmã que tinha apenas o apoio dos amigos por eles saberem da verdade.

Dayane todo intervalo durante essa semana que passou, foi obrigada a ficar com Daniela e seu bando, as vezes, Bruno e Vitão se infiltravam e agiam como se estivessem super apoiando o casal, Daniela levou de boa quando eles começaram a forçar uma relação com ela, tudo isso para deixar Dayane mais confortável.

Carol se fechou para muitas coisas, a menina não tinha o que fazer para esquecer o sentimento que sentia, o que mais ajudava ela a seguir, era a raiva que estava sentindo da Dayane.

Todos estavam na última aula e a mais entediante, era um professor de artes que forçava até os mais calados a se apresentarem em peças ou seminários na frente de toda turma como forma de atividade para pontuação.

-Bom alunos, eu irei formar duplas que farão uma apresentação de alguma cena de algum filme ou até peça mesmo. Vocês escolherão sobre o que irão apresentar, usem a criatividade para encenar ou improvisar, podem apenas expressar por fala, mas vão ter que me convencer da emoção do roteiro. - Danilo, o professor propôs.

-Nem adianta perguntar se poderão escolher as duplas, eu vou ler por sequência alfabética os nomes de cada um e sua dupla será o nome seguinte, ok? - Perguntou e a sala apenas afirmou desinteressados na proposta.

-Amanda e André. Ana e Bárbara. Bruno e Brenda….. - Ditava enquanto lia os nomes pela chamada.

-...Caroline e Dayane. - Comunicou fazendo ambas garotas ativarem o modo automático de suas reações e se encaram de forma onde entendiam que não queriam fazer juntas.

-Elana e.. -

-Professor, eu posso trocar minha dupla? - Perguntou Carol na tentativa de ser uma exceção.

Ela realmente não se via fazendo nada no momento que incluísse a irmã.

Já estava sendo complicado demais passar todos os dias por ela e ter que ver a cena da mesma trocando beijos com a namorada, a real vontade da Carol era de confrontá-la para saber o porque daquele show, mas se ela não tinha avisado que daria um basta na relação delas, muito provavelmente não iria responder suas dúvidas.

Na mente da Carol, ela era uma covarde e não teria um ser vivo que a fizesse mudar esse pensamento de sua cabeça.

Toda a parte sentimental da ruiva estava desgastada, a parte lógica achava a atitude da Dayane também errada, mas entendia que era o mais sensato a fazer, sempre foi.

Se desgarrar de algo que nunca teria fluidez.

-Algum problema de fazer o trabalho com sua própria irmã? - Perguntou o professor estranhando o pedido da ruiva que se sentiu desarmada.

Não iria assumir como se fosse uma fofoca que estava sem falar com a irmã por uma semana.

-Se você quer mudar, eu sei que é porque vai ficar conversando e irá entregar um péssimo resultado. Será com sua irmã e ponto. - Terminou voltando a falar as duplas.

Carol olhou para trás na tentativa de ver como sairia se ao menos a encarasse, coisa que estava evitando por dias, não esperava que a morena estivesse também a encarando.