Alguns dias haviam se passado. Day e Carol conseguiram descobrir depois de muita procura onde seus pais moravam e estavam enrolando pra tomar coragem o suficiente de ir encontrá-los.
Até esse momento chegar, ambas meninas estavam indo para as últimas semanas de aula.
Não era necessário elas irem, pois já estavam passadas, mas como ainda não moravam juntas, foi o jeito que arrumaram de se encontrarem todos os dias, e davam a desculpa que estavam indo porque os pais já haviam pagado a mensalidade e não queriam desperdiçar o dinheiro deles.
E ainda não estavam morando juntas porque seus pais estavam levando o retorno do casamento como um início de namoro. Os dois flertavam como se estivessem se conhecendo agora, mesmo um já sabendo de toda a vida um do outro, e pareciam gostar de renovar algo de tanto tempo e perceber que ainda tinham química.
-Sobre o que você acha que vai ser o jantar de hoje? - Dayane perguntou dando mais uma mordida na maçã em sua mão, a mesma que Carol pegou em seguida e também roubou um pedaço.
-Eu não sei, mas nem temos com o que nos preocuparmos, eles parecem estar bestas juntos. Gosto de ver eles assim. - Assumiu dando mais uma mordida e devolvendo a maçã para irmã que aceitou respirando fundo.
-Eu também. Não é preocupação, só curiosidade mesmo. - Indagou dando ombros.
O silêncio ficou no banheiro rodeando as duas que dividiam uma maçã quase no fim.
-Mas então...aconteceu algo bem triste hoje. - Carol iniciou um assunto abaixando o olhar enquanto ciscou o pé no chão na tentativa de se mostrar cabisbaixa.
-O que? - Perguntou Dayane, a mesma estava sentada na pia do banheiro balançando as pernas cruzadas e pousou suas mãos no mármore prestando atenção na Carol que mastigava a maçã com uma expressão emburrada e soltou um suspiro frustrado.
-Fala Caroline!!. - Murmurou impaciente.
-Não me chama de Caroline, Dayane!. - Reclamou com o tom de indignação.
-Não me chama de Dayane!. - Brigou no mesmo tom e Carol revirou os olhos.
-Fala logo o que aconteceu pra você ter ficado assim do nada. - Pediu voltando a ter o tom preocupado.
-Minha unha!. - Exclamou.
- O que tem? - Perguntou tentando entender o contexto do início da história.
-Ela quebrou hoje cedo!!. - Exclamou com a voz chorosa e Dayane piscou algumas vezes encarando a irmã com cara onde julgava toda a birra que ela estava fazendo.
-Faz alguma coisa, Day!!. - Pediu com um tom manhoso e Dayane gargalhou pela reação da irmã.
-Tu quer que eu faça o que? - Perguntou ainda tentando conter a risada.
- Pare de rir e me console. - Pediu e claro que um mimo faria ela esquecer de tal tragédia.
-Como se consola uma pessoa por ter a unha quebrada? - Questionou de forma brincalhona
- Só avisando, sapatão não pode ter unha grande não, tá? - Perguntou e Carol revirou os olhos.
-Eu tô vendo algo que pode secar minhas lágrimas!. - Carol afirmou colocando a língua entre dentes
-Você não está chorando. - Comentou.
-Dayane, para de ser chataa!!! - Brigou e se aproximou um pouco da pia enroscando os dedos na gravata da irmã que observou a cena e depois de alguns segundo entendeu o consolo que a irmã queria.
Dayane sentiu a gravata ser puxada com cuidado induzindo-a a sair de cima da pia e caminhar eliminando o já curto espaço entre elas.
-Tem certeza que isso vai servir de consolo? - Perguntou apontando para a gravata e abriu um sorriso quando a menor afirmou sem jeito com a cabeça colocando nos lábios um sorriso maligno.
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Apaixonada Por Minha Irmã
UmorismoO que você faria se começasse a sentir atração por sua própria irmã?