⚠ ISSO E UMA TRADUÇAO, NÃO FUI EU QUEM ESCREVEU ⚠
Harry Potter só conheceu a violência enquanto crescia.
O menino escondido no armário sob as escadas sentava-se com medo e ansiedade enquanto passos pesados batiam acima e sacudiam a poeira em sua cama minúscula. Ele tinha um único espelho em seu armário que tia Petúnia havia lhe dado como presente de Natal depois que seu tio bateu com a cabeça nele com força suficiente para fazer rachaduras correrem por ele como uma teia de aranha excessivamente zelosa.
Não importa quantas vezes ele tentasse evitar, Harry sempre acabava se observando no vidro sujo. Em qualquer coisa remotamente reflexiva, na verdade.
Onde quer que Harry fosse, as pessoas comentavam em seus olhos. Sobre como eram bonitos, como o faziam parecer respeitável, o quanto se destacavam contra a escuridão de sua pele e a franja pesada que lembrava um ninho de rato na melhor das hipóteses.
Isso deu início à obsessão de Harry.
Onde quer que ele fosse, Harry ficava olhando para os olhos. Marrom, azul, cinza, verde e todas as combinações que você possa imaginar. Ele gostava das emoções que os percorriam, de como contavam histórias que rostos e corpos nunca revelariam.
Ele podia ver a felicidade quando um casal deu as mãos.
Ele podia ver o medo quando um homem agarrou o braço de sua namorada com um pouco mais de força.
Ele podia ver a alegria nos olhos de um pai quando seu bebê se aconchegava ainda mais em seu pescoço.
O medo às vezes era bom. Quando era alguém que merecia. Como quando Henry, amigo de Duda, socou Harry com força suficiente para arrancar seu dente de leite e cortar seu lábio. Harry se lançou para frente e continuou batendo e batendo e batendo até que Henry estava chorando muito forte para fazer barulho e ele estava coberto de vermelhos e azuis que nunca floresceram na pele profunda de Harry.
(Os olhos de Henry estavam cinzentos. Eles estavam com medo. Foi bom.)
(Os pais de Henry também se mudaram com toda a família para longe da vizinhança na semana seguinte. Harry atribuiu isso à coincidência.)
Harry gostou muito mais da felicidade do que das tristes ou assustadas. Ele gostava de sentar no pequeno parque longe dos Dursleys e deixar as algemas longas de suas roupas de segunda mão rasgadas rasparem sob o balanço, observando as famílias felizes rirem, pularem e correrem umas com as outras sem se importar com mais nada.
Desde que Harry conseguia se lembrar, ele queria isso. Ele ansiava por isso. Ele se sentava em seu minúsculo armário na última noite de julho e implorava e implorava a quem quer que estivesse lá em cima para que alguém o encontrasse. No início, Harry desejou que alguém o levasse embora. Agora, Harry ficaria contente com alguém se aproximando dele apenas para conversar. Era um sonho rebuscado, algo com que ele só ousava sonhar na escuridão silenciosa quando fingia que seus pais não eram bêbados inúteis que se importavam mais com a mamadeira do que com o filho. Que ele tinha uma mãe que se preocupava em domar a cabeça de seu ninho de pássaro e lia para ele à noite, que ele tinha um pai que o ensinou a jogar xadrez e preparar o café da manhã para sua mãe na cama, e talvez até um tio que lhe comprou sorvetes secretos que arruinaram seu jantar e o ensinou a conversar com garotas bonitas na escola e talvez até mesmo uma irmã que ria muito alto e sorria muito e o deixava envolvê-la em cobertores macios quando ela estava com frio demais para perguntar para isso.
Mas, por enquanto, Harry se contentaria com os olhos deles.
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essa fic tem captulos bem pequenos, mas espero q gostem :))
--606 palavras
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Eyes, Bodies, and Potions (tradução)
FanfictionAs estrelas estão tão distantes. O Golden Trio sonha com mundos distantes. Eles sempre foram feitos para derrubar Voldemort. Em algumas versões, eles eram crianças na guerra lançadas indefesas na briga. Em algumas versões, eles vão sussurrar baixinh...