— Que droga — Um garoto de longos cabelos lilases arrepiados e bagunçados, reclamava enquanto a câmera chacoalhava — Como que se coloca isso?
A palma da mão do garoto bloqueava grande parte da imagem da câmera, enquanto ela era jogada de um lado para o outro, parecendo se firmar uma vez ou outra na haste a qual um certo alguém havia tirado por achar que não era um bom lugar.
— Droga! — Riven por fim gritou, desistindo, deixando a câmera troncha pendendo para a direita, fazendo com que parecesse que ele estava de lado.
E então alguém riu ao fundo.
— É bem triste você não saber nem ajustar uma câmera — Uma voz masculina, vinda do lado esquerdo, pois era para onde Riven olhava frustrado, caçoava do garoto.
— Cala a boca Sky.
Sky riu novamente.
— Você quer ajuda ou não?
Riven revirou os olhos, frustrado, porém vencido, e recostou-se irritado na cadeira, dando espaço para um garoto com parte do rosto e dos cabelos loiros aparecendo por entres os dedos de sua mão espalmada contra a câmera, ao finalmente ajustar a imagem, o vídeo finalmente se encontrava alinhado ao garoto irritado sentado à sua frente.
Sky apareceu momentaneamente atrás de Riven dando um xauzinho.
— Oi garotas — Sky sorriu, sendo empurrado por Riven em seguida.
— Deixa eu terminar logo com isso.
— Você fala como se não tivesse pedido para ser o próximo — Sky já não estava mais aparecendo, e sua voz estava distante, mas foi perceptível o tom zombeteiro.
Riven encarava o amigo irritado e quase grunhindo. E então, com o barulho de algo deslizando, Riven voltou seu olhar para as pessoas que o assistiam, suspirando cansado, debruçando-se para a frente e olhando de forma cansado, porém sempre com aquele olhar irritado, característico do garoto. E então ele começou.
— Então, tá, vamos acabar logo com isso — Riven pigarreou — Diário de bordo 3, Riven falando...
Já faziam cerca de dois meses que seguiam coordenadas e pistas tiradas de um livro infantil. Uma lenda antiga que se misturava com um conto de ninar era o que fazia aqueles garotos continuarem sua viagem pelo espaço frio e escuro.
Riven tentava se manter ocupado. Socava uns bonecos de treino aqui, esmurrava um outro especialista ali. Mas nada parecia fazer sua mente ficar quieta.
Ele estava irritado, frustrado, cansado e impaciente com a teimosia, principalmente vinda de Timmy, que continuava a levá-los para o que parecia ser lugar nenhum. Quando ele concordou com aquilo estava sendo movido pelo luto recente, Nabu havia sido o seu amigo próximo, mais próximo até mesmo que Brandon ou Sky. O mago sabia lidar com seu temperamento estourado, sua teimosia e até mesmo com o precário relacionamento que tinha com Musa. A qual só lhe deu uma segunda chance graças aos conselhos de Nabu.
Mas agora, quase 4 meses depois, ele começava a duvidar de que houvesse a tal planta mágica, de que houvesse uma chance de trazer o amigo de volta ou de que ao menos Timmy tivesse certeza de que não estavam apenas navegando em círculos naquele vazio estúpido. Riven queria apenas voltar para casa e esmurrar algumas coisas e talvez até pessoas. Mas principalmente, voltar. Voltar para Musa.
E então nesse momento uma sirene vermelha acompanhada de um barulho estridente soou.
Com uma toalha jogada por cima da regata com poças de suor, Riven encontrou os outros no comando. Brandon, Sky e Hélia estavam sentados, cada um em frente a um monitor holográfico com coisas que ele não conseguia ler ou identificar, reconhecendo apenas, de relance, o que parecia ser uma forma oval e escura. E ao olhar para o centro da sala, encontrou Timmy.
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(Re)Lembrar
RomanceAs coisas na terra estavam finalmente voltando ao normal, a magia estava por todos os lados, as pessoas haviam voltado a acreditar em contos de fadas, e tudo parecia finalmente ter acabado. As Winx, os especialistas e as recém libertadas fadas da te...