4º Capítulo

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Lisandra Diaz

O dia havia amanhecido, fomos dormir ontem com Manu prestando apoio. Infelizmente, não é todo macho mil flores. Por isso, eu sou favor da extinção de cada um, lógico com exceções.

- Bom dia, Gatas. - Digo com dois corpos parecendo mortos dentro de um acordo, e a única acordada no momento sou eu.

Já tinha me levantado, feito minha higiene normalmente. Fiz o café, sem nenhum tempero especial. Estava vestindo um suéter azul claro com flores, e calça quase branca de flores. Fiz tranças no cabelo e ajeitei a franja.

Emy se levanta rapidamente, perguntando o horário. Manu ainda estava debruçada na cama dormindo, deve ter ficado tão abalada que não dormiu direito.

- Que horas são? - Emy pergunta.

- Hora da Maldade - Digo maliciosa. São 11h da manhã, já fiz o café. - Respondo

Ela ajeita o coxão que estava posto no chão, já que tínhamos combinado de dormir no quarto de Manu ontem.

Uma festa da Faculdade iria acontecer, somente porque algumas pessoas da minha sala tinha organizado. Só seria futuro médicos e médicas, embriagados e fumando. Nossa, super interessante. Chamei as meninas, porque iria ter comida. E a maioria da minha turma, são ricos que estocam comida em casa festa. Então, vi logo uma oportunidade de usufruir da incompetência matinal de lidar com todo tipo de encosto na sala.

- Você vai sair? - Emy pergunta com uma certa curiosidade por estar vestido e bem humorada, visto que isso não acontece normalmente.

- Sim. - Respondo. Vou passar na biblioteca da faculdade e pegar uns livros, depois fico na sala de informática passando algumas coisas do trabalho limpo na digitação.

- Ok. - Emy responde. A gente espera você no almoço? Ela pergunta encostada na posta com braços cruzados, analisando como se fosse aprontar algo.

- Não. - Beijos, gata! - Digo. Vou pegando minha bolsa, as chaves da casa e deixo emilly se despedindo para atrás na porta.

É bem óbvio que não iria estudar, meu espírito trabalha 24h por dia, tive uma ideia um pouco traiçoeira ontem nos meus próprios sonhos. E acredito que foi um aviso para fazer exatamente como planejado. Aliás, se não fosse para acontecer, Deus teria impedido antes.

[...]
Emy Ward

- Bom dia, flor do dia - Digo para Manu agora que está despertando, parando sentada ao lado da cama de cabeça baixa.

- Bom dia - Ela responde meio cabisbaixa. Já acordou faz muito tempo? Que horas são? - Ela pergunta tentando disfarçar sua preocupação com que precisa lidar.

- Eu acordei 11h, Lys fez café. - Digo com expressão surpresa e preocupada com esse café. Já são 12h - Respondo para ela.

Sento ao seu lado tentando prestar apoio. Mantenho minhas mãos na suas costas alisando aproximando para seu cabelo cacheado.

- Vai ficar tudo bem, não fique assim. De qualquer forma, isso é crime. Ele não pode sair espalhando suas fotos sem sair ileso. Podemos faltar aula na faculdade hoje. Eu fico com você, podemos fazer brigadeiro de panela. Não fique assim! - Digo, agora abraçando ela.

Manu concorda com tudo plenamente, mesmo com seus olhos lagrimejados.

- Eu não esperava isso da parte dele. - Ela diz cabisbaixa.

Eu concordo. Realmente, nunca sabemos do que as pessoas são capazes para infligir algo entre nós, principalmente quando tem algo que possa mexer no nosso ponto fraco e colocar isso como um ponto de destruição.

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