Capítulo sete.

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🎬- Observações da autora: Sim, é esse bendito CAP que carrega toda minha insegurança 🤡. Vale relembrar que já havia comentado aqui que de inicio "Katherine Purple" seria um livro de contos onde teria as histórias e pontos de vistas de todas as irmãs, esse cap de hoje é um pouco diferenciado e carrega uma das histórias que eu trabalharia em um dos contos, decidi traze-la aqui nesse determinado momento da história pq achei que faria sentido e será de grande influência nos próximos passos da Kath. É um capítulo delicado e eu queria transmitir toda intensidade no mesmo, porém de um jeito rápido para não fugir do foco da história e não cansar os leitores (que só querem saber da volta do Benjamin🤡). Então é isso gente... O Cap está ENORME e peço sinceras desculpas por qualquer erro e se o cap estiver uma bosta e se eu viajei muito, peço que relevem kkkkk. Bjs, tenham uma boa leitura!

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- Tínhamos cerca da idade de vocês, era fim do ensino médio e o baile de formatura estava próximo. - Começou nossa mãe sentada no sofá costumeiro alternando o olhar para cada um de nós presentes ali, até mesmo para Dylan que escutava tudo atentamente junto à minhas irmãs. - Vocês sabem... Eu vivia aqui com meus avós, pois meus pais, os avós de vocês, moravam na Inglaterra. - Sim, sabíamos, na verdade torcia para que aquilo também não fosse mentira. - Estudava no North-West College junto com toda classe alta da Califórnia e até de outros locais que mudavam só pelo estudo. - Também sabíamos daquilo, tal colégio era conhecido por ser altamente inalcançável à qualquer um que não tivesse um sobrenome chique ou enrrolado. Era uma escola de Elite e minha mãe a frequentou durante anos graças à nossos bisavóis que financiaram tudo, nunca chegamos à conhecê-los, mas nossa mãe sempre os usavam como referência quando o assunto era disciplina, pelo que ela conta, ambos eram bem rígidos.

- O pai de vocês também estudava lá, não pelo seu dinheiro ou sobrenome, ele fez por merecer seu lugar, estudava noite e dia e dependia da bolsa para manter-se no colégio. - Outro fato que também já conhecíamos, mas ninguém ousou interromper. - Todas as meninas caiam de amores por ele, o que era novidade já que qualquer uma poderia ter o príncipe da Inglaterra aos seus pés. O Júlio era bonito quando jovem, não posso negar... - Sabíamos daquilo também, havia foto e fotos deles jovens pela casa. - Mas seu pai era um próprio principe pelo que era, sempre muito simpático, tratava todos com educação e graça... Todas sonhavam com esse homem de bolsos vazios, mas de coração cheio. - Minha mãe sorriu e pôs a mão no ombro esquerdo de nosso pai o acariciando orgulhosa.

- E é agora que Shakespeare entra de paraquedas na história? - Deixei escapar já enjoada de todo aquele lenga, lenga e recebi um olhar duro de meu pai.

- Sempre fui apaixonado pela mãe de vocês, nunca foi um segredo, mas...- Começou meu pai que logo foi cortado pela mamãe.

- Eu nunca o vi de outra forma se não como bons amigos, éramos melhores amigos. Nunca havia sequer conhecido o que era o sentimento de amor ou paixão, até conhecer o pai da Beth. - Podia jurar que a sala caiu uns sete graus quando foi dita aquela última frase, vi minha irmã mais velha se contorcer na poltrona do outro lado incomodada.

- Aceitei ir ao baile com o pai de vocês, não via problema naquilo, éramos amigos, muitas meninas implorariam pelo meu acompanhante e apesar de muitos, e muitos convites, vários eram de mauricinhos que só queriam me levar para a cama.

- Eu me enchi de expectativas naquela noite. Pensei que era a minha chance...- Disse meu pai em um tom nostalgico.

- Mas eu desmaiei na frente de todos e fui imediatamente levada para o hospital. Acabei descobrindo que tinha o mesmo câncer que Karolayne. - Pela primeira vez algo que não sabíamos. Olhei para minhas irmãs e seus olhos arregalados diziam que pensavam o mesmo. - Já estava muito avançado, não tinha tempo para quimioterapias nem nada, fui para o topo da lista de transplante pulmonar na mesma noite. O problema foi que parte do prédio do hospital tinha passado por um incêndio dois dias antes, já estavam fazendo os reparos necessários e aceitando pacientes de emergência como eu. Muitos tinham sido transferidos para outros que ficaram imediatamente lotados já que o San Francisco era o hospital de referência da California. Eu tinha que ficar de observação até tempo inderminado, para ser mais exata, até chegar um pulmão compatível à mim.

Para sempre Katherine.Onde histórias criam vida. Descubra agora