Para sempre Katherine.

16

- Eu não estou bêbado, você ainda está perfeitamente linda e eu ainda me importo com o seu perdão mais do que com qualquer outra coisa na vida... - Diz Marcus de uma forma assustadoramente embolada enquanto conseguimos finalmente chegar até o muro da qual pulamos para entrar.

- Por que você não cala a merda da boca e entende que a Sabrina só foi distrair os velhos e não abduzi-los? Temos que ser rápidos. - Resmungo puxando algumas espreguiçadeiras próximas às piscinas para o imprestável bêbado subir. 

- Por que ela simplesmente não nos apresenta para eles e...

- Porque foi você que começou com essa ideia ridícula de invasão, temos que sair pelo lugar que entramos... Nem que eu tenha que ficar e você sair, pois é você que tem um juizado daqui a algumas semanas! Você seria o único prejudicado... - Vejo o desespero tomando conta de mim quando as palavras saem incrivelmente rápido. 

- Você faria...

- Só sobe logo! 

- Por mim...? Você faria...? - Os olhos escuros e bêbados do garoto estavam brilhando focados em mim.

- O que seu maluco? Vamos... suba.  - Puxei-o pelo pulso.

- Você ficaria aqui por mim? - Suspirei fundo.

- Não faça isso parecer um casamento... - Por fim ele subiu na espreguiçadeira gargalhando.

- Um casamento... - Marcus flexionou os braços e finalmente subiu no muro com provavelmente sua cabeça girando, meu coração disparou com a possibilidade dele cair para trás. - Vamos logo Kath aventureira, tira esses saltos e suba... - Não me dou ao trabalho de olhar para meus pés.

- Eu não estou de salto. - Retruco fazendo os mesmos movimentos que ele para subir, logo, recusando seu braço esticado para me ajudar, já podia ver ambos caindo dali. 

- Na outra vez estava. - Ficamos de frente um para o outro e vejo seu sorriso embriagado ainda me olhando, meu estômago não deixou de revirar, ele se lembrara, mesmo bêbado ele se lembrava. 

De repente barulhos de saltos ecoaram e avistamos Sabrina do outro lado da piscina acenando com os braços indicando que o tempo havia acabado. Tínhamos que descer e agora. 

Passei uma perna pelo muro mas fui burra o suficiente em não calcular o peso que havia deixado para o lado de fora, não demorou muito tempo para meu corpo fazer um barulho feio ao encontrar o chão do lado externo da casa. Ainda do chão pude ver o pulo extremamente perfeito de Marcus e ele correr até minha direção se agachando sob meu corpo e segurando minha nuca em movimentos rápidos tremendo de preocupação.

- Está tudo bem? Está doendo onde? Céus... 

- Estou bem...- Me inclinei na tentativa de me levantar, porém Marcus me conteve, olhando precisamente para mim  com seus olhos preocupados demais para um bêbado. 

- Tem certeza? - Seus lábios estavam entreabertos e próximos demais aos meus, os olhos dele estavam tão precisos em mim naquele momento que foi necessário  para não fazer besteira. Só então Marcus riu. - E eu que estou bêbado... 

- Está rindo de que? Eu disse que isso era uma péssima ideia! - Reclamo segurando minha perna. 

- Você sabe que foi divertido.  - Argumenta ainda sentado ao meu lado. 

- Vou te comprar um dicionário qualquer dia. - Cerro os olhos para ele. 

- O que? - Marcus não contém a risadinha ao questionar.

- Para você saber o significado de "divertido". - Dito isso Sabrina atravessou o muro pelo portão parecendo preocupada demais para Sabrina. Nos vendo ali no chão nos alfinetando ela se aproxima apressadamente.